“Em reforma”
Texto Devocional: v17. visto que a justiça de Deus se revela no Evangelho, uma
justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: “O justo viverá
pela fé”. (Romanos, 1)
Introdução: Não podemos falar da reforma sem o precursor
dela, Jonh Huss, foi um teólogo e reformador do final do século XVI e início do
século XVI.
Huss nasceu em Husinec,
Boêmia atualmente parte da República Tcheca, e
estudou Teologia na Universidade de Pragal. Professor e pregador, foi ferrenho
critico a corrupção na Igreja católica e defendendo a tradução da Bíblia para o
idioma local.
O anseio do Povo: Suas ideias
foram bem recebidas pelo povo, mas ele foi excomungado pelo Papa em 1410
e condenado à morte por heresia em 1451. Ele foi queimado vivo na fogueira
em 6 de julho de 1451.
O papa que condenou o Jonh
Huss a fogueira foi Gregório XII, era o papa romano reconhecido pela
Igreja Católica como o legítimo sucessor de Pedro, mas havia outo
papa e eles eram rivais devido ao Crisma do Ocidente (1378-1417). O papa
João XXIII, também conhecido como Antipara João XXIII foi eleito pelo
concílio de Pisa em 1410 e foi considerado um antipapa.
A Reforma Luterana:
A Reforma Protestante começou no século
XVI, em 1517, quando o monge agostiniano Martinho Lutero publicou
suas "95 Teses" em Wittenberg, na Alemanha.
Essas teses criticavam várias práticas da Igreja Católica, especialmente
a venda de indulgências.
O que é indulgências: Define a
Igreja como indulgência. A indulgência é a remissão da pena temporal devida
pelos pecados já perdoados quanto à culpa, remissão que a Igreja concede fora
do sacramento da penitência (“Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã”, Editora
Vera Cruz Ltda., 1ª edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 793, p. 145).
Ensinando que o papa é o Vigário
de Cristo e o Cabeça da Igreja, pode ele sacar do Tesouro da
Igreja os bens de que a Igreja é depositária. Ela constrói a sua
doutrina sobre Mateus 16.19, onde se lê: E eu te darei
as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra, será ligado nos
céus; e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.
O papa sustenta que tem poder de
outorgar qualquer destas indulgências e toda a Igreja ou a qualquer membro da
Igreja, individualmente. Papa Pio X em 1903, delegou
autoridade a outros sacerdotes, permitindo cardeais outorgarem
indulgência por 200 dias, cada um em sua própria diocese; aos arcebispos
por cem dias; aos bispos por 50 dias, cada um em sua própria diocese.
1. Os Tipos de Indulgência
Existem modalidades
diferentes de indulgências: quanto ao tempo de duração e quanto ao lugar.
Quanto ao tempo de duração, existem as indulgências plenárias ou completas e as
indulgências parciais.
Nas indulgências plenárias ou
completas, o pecador é isento das penalidades desta vida e da que há de vir no purgatório.
O ensino católico sobre as
indulgências plenárias é: A indulgência plenária é a que perdoa toda a
pena temporal devida pelos nossos pecados.
Por isso, se alguém morresse depois
de ter recebido esta indulgência, iria logo para o céu, inteiramente isento das
penas do Purgatório (“Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã”, Editora Vera Cruz
Ltda., 1a edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 798, p. 146).
Nas indulgências parciais, a
isenção das penas é dada por um tempo determinado de dez, vinte ou trinta dias.
Quanto ao lugar, as indulgências
universais são para uso de todas as Igrejas em toda parte. As indulgências
particulares são para uso da igreja específica ou de relicários.
Aqui estão alguns dos
principais eventos que levaram à Reforma Protestante:
1. Corrupção eclesiástica: A
Igreja Católica estava enfrentando problemas de corrupção, com muitos líderes
eclesiásticos mais preocupados com poder e riqueza do que com a
espiritualidade.
2. Desenvolvimento da imprensa:
A invenção da imprensa por Johannes Gutenberg permitiu a disseminação rápida de
ideias, facilitando a propagação das críticas de Lutero.
3. Renascimento humanista: O
Renascimento resgatou o pensamento clássico grego e romano, incentivando a
crítica e a reflexão.
4. Nacionalismo: Os estados
europeus estavam se fortalecendo, e alguns líderes viram a Reforma como
oportunidade para se opor ao poder papal.
5. Teologia de Lutero:
Lutero defendia a justificação pela fé, a autoridade da Bíblia e a negação da
autoridade papal.
A Reforma Protestante teve um
impacto profundo na história europeia, levando à divisão da cristandade
ocidental em católicos e protestantes, e influenciando a formação de novas
seitas e igrejas.
Resposta Apologética:
Os cinco pilares da Reforma
Protestante: Esses pilares são:
1. Sola Scriptura (Somente
as Escrituras): A Bíblia é a autoridade suprema para a fé e prática cristã.
Somente as escrituras, tem autoridade
do Pai, para nos direcionar no caminho certo e Bendito do Senhor. O
pregador seja ele quem for, não poderá falar em nome de Deus fora das Escrituras.
v2. Porquanto decidi nada saber entre vós, a não ser
Jesus Cristo, e este, crucificado. (1 Coríntios, 2)
2. Sola Fide (Somente
pela Fé): A salvação vem apenas pela fé em Jesus Cristo, não por
obras.
3. Sola Gratia (Somente
pela Graça): A salvação é um dom de Deus, concedido gratuitamente. v8-9.
Porquanto, pela graça sois salvos, por meio da fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus; 9. não vem
por intermédio das obras, a fim de que ninguém venha a se orgulhar por esse
motivo. (Efésios, 2)
4. Solus Christus (Somente
Cristo): Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens. v16.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna. (João, 3)
5. Soli Deo Gloria (Glória
Somente a Deus): Toda glória pertence apenas a Deus. v8. Eu Sou Yahweh, o SENHOR; este é o meu Nome! Não dividirei a
minha glória a nenhum outro ser, tampouco entregarei o meu louvor às imagens
esculpidas. (Isaías, 42)
Esses pilares foram formulados por
teólogos protestantes, como Martinho Lutero e João Calvino, e são fundamentais
para a teologia protestante.
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