Texto Básico: João 1. 19-29
Texto Devocional: 29 No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Introdução: Eu fico me perguntando; quando compreendermos o significado do Cordeiro de Deus, nunca mais seremos os mesmos. Pois o nosso serviço mudará, nossa adoração mudará, nossa contribuição não será a mesma.
João Batista não estava usando um pronome demostrativo apenas para apresentar alguém, mais muito além disso. Porque Jesus é apresentado como cordeiro por João para os seus ouvires, é que agora ninguém precisaria sacrificar um bezerro ou cabrito, pois Deus enviou o seu Filho perfeito.
Em Primeiro Lugar: João Batista apresenta o Cordeiro. “… Eis o Cordeiro de Deus…”
Em Êxodo 12, Deus institui a páscoa, orientando Moisés que o povo deveria escolher no meio dos rebanho o melhor animal para essa celebração. O animal escolhido deveria preencher alguns pré requezito, ex: macho de um ano, perfeito e sem machas.
Assim o Deus estabeleceu um padrão aceitável para que o povo aproximar-se Dele mediante a morte do cordeiro. Êx 12.3,5 Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa. v5 O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras.
A exigência do sacrifício no Velho Testamento:
A qualidade do cordeiro era indispensável, pois esse animal deveria está enquadrado segundo as exigências do Senhor. Devido instituição da páscoa em Êxodo 12, Ninguém poderia apresentar qualquer cordeiro, tinha que ser o melhor do rebanho. Ml 1.8 Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? – diz o Senhor dos Exércitos.
A negligência na escolha não era tolerada por Deus; temos a mania de achar que Deus é brasileiro para fazer vista grossa, isso não funciona. O Senhor protestou contra aqueles que levava animal cego ou doente “Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal?…”
A nossa disposição de ofertar, revela o que está no porão da nossa alma: Essa oferta demostrava o raio-X do adorador, o que estava na sua alma refletiu na qualidade do coreiro doente; esse adorador estava doente da alma e do espírito, oferecendo assim um animal de péssima qualidade. Ml 1.9 Agora, pois, suplicai o favor de Deus, que nos conceda a sua graça; mas, com tais ofertas nas vossas mãos, aceitará ele a vossa pessoa? – diz o Senhor dos Exércitos.
Muitos de nos estamos oferecendo a Deus o pior de nosso tempo, a sobra de tudo; o que não serve para nós, queremos oferecer a Deus com a pretensa desculpa: “Deus deseja o nosso coração, até porque o que vale é a intenção!!”
Até quando achamos que está tudo bem? Nós prestamos um culto questionável, em vez de prestarmos um culto racional, que agrade ao Senhor, nós exigimos um culto que venha nos afagar. Ml 1.10. 10 Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, para que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a oferta.
Em Segundo Lugar: João Batista revela a origem do Cordeiro. “… o Cordeiro de Deus…”
João Batista não diz: Eis o cordeiro de Fulano, Beltrano e Sicrano, mas ele diz que o Cordeiro de Deus. A informação de onde veria o Salvador tem tirado o sono do rei Herodes a respeito de onde veria o Rei dos Judeus. Mt 2.1-3 Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. 2 E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. 3 Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém;
Enquanto os principais sacerdotes davam enformações precisas sobre o nascimento do Cristo (Messias) Mt 2.4-6 então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. 5 Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: 6 E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel.
Eles não estavam errado sobre o nascimento do Messias, mas eles não sabiam que o Messias estava vindo de Deus. Jo 1.15. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. Ninguém poderia fazer as maravinha que Jesus fez e ainda faz se Ele não vindo do Pai.
1. Paulo falou: “… e isto não vem de vós; é dom de Deus; “ Ef 2.8b
2. João 1.1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
3. João 1.18 Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.
Jesus veio do Pai e nos revelou toda a verdade:
Se esperava muito em qualidade de um animal que seria apresentado em sacrifício em lugar de pecadores, pois Cristo veio de Deus de forma perfeito, perfeito no seu nascimento, perfeito em conduta, o perfeito Filho do Homem.
Será que Jesus pode me ajudar em minhas fraquezas? A resposta é sim, Ele é Deus forte. Is 9.6b “… Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;” Jesus é suficientemente poderoso para nos salvar.
Em Terceiro Lugar: João Batista revela a eficiência do Cordeiro “… que tira o pecado do mundo”
O pecado entrou pousa de uma desobediência, mas a salvação veio por meio da obediência do Filho de Deus. A matéria de estudo o pecado chama-se “Hamartiologia”
Definição da Hamartologia: Hamartiologia é um vocábulo que se deriva do grego HAMARTIA. Na junção deste termo com “logos”, que significa estudo, tratado, fica assim definida: estudo sobre a doutrina do Pecado; O estudo sistemático da doutrina do pecado percebe que ele se manifesta de diversas formas: tanto no ato quanto no sentimento. Estudar essas diferentes manifestações serve para que entendamos a gravidade do pecado.
1. Onde surgiu o pecado
Ele tem seu início no universo e depois adentra o mundo humano através da desobediência do homem. Em termos geográficos, o pecado nasce no Céu. Isso serve para evidenciar que nem sempre o ambiente determina o resultado das ações. O pecado é introduzido entre os homens a partir dos eventos da Queda narrados no livro de Gênesis.
2. A resolução do pecado
Esse problema encontra sua solução na pessoa de Jesus Cristo no Calvário, um lugar de maldição. Aqui se percebe o contraste entre a origem do problema do pecado e sua resolução: a desobediência surge em um ambiente puro e é resolvida em um ambiente impuro.
3. O diabo e o pecado
A diferença de posição entre o homem e o diabo se dá porque a corrupção de Lúcifer parte de dentro para fora enquanto a tentação do homem – resultado direto de suas ações – apresenta um caráter de corrupção de fora para dentro.
A eficiência do Cordeiro:
Foi voluntária – Livre escolha e não por compulsão, (compulsão: Obrigar alguém a comparecer em juízo). Jesus se entregou de forma espontânea e vontade própria. Jo 10.17-18; Jo 2.19-22. Jesus não foi um mártir, sua morte não foi uma fatalidade, foi por sua livre escolha. Ninguém podia matá-lo, Ele si deu a Deus por amor a nós. Assim Jesus vez um único sacrifício, para evitar a repetição.
Foi vicária – Uma substituição. Vicária é um apalavra que vem de vigário e significa um substituto, alguém que toma o lugar de outrem e age como se fosse ele. No Antigo Testamento vemos isto como sombra cuja realidade se encontra na morte de Cristo.
Expiação (Expiar é anular a culpa por meio de uma interposição meritória). O significado de interposição: intercessão, interferência, intermédio.
Foi propiciatória (Propiciar significa literalmente cobrir ou coberta) Propiciar vem do nome de uma peça do Tabernáculo, cobertura da arca da aliança era sobre esta peça que o sacerdote aspergia o sangue do animal imolado. A peça chamava-se Propiciatório. Êx 37.6-9; Êx 39.35. Lv 16.14. Tomará do sangue do novilho e, com o dedo, o aspergirá sobre a frente do propiciatório; e, diante do propiciatório, aspergirá sete vezes do sangue, com o dedo.
A morte de Jesus é propiciatória porque é uma satisfação a Deus por sua lei que o homem transgrediu. Quando no dia da expiação o sacerdote sacrificava o animal, tomava o sangue numa bacia e aspergia sobre o propiciatório que estava sobre a arca que continha a lei de Deus dando assim uma satisfação a Deus e a sua lei.
O sangue aspergido era uma satisfação a Lei de Deus que havia sido quebrada. Como já sabemos a quem foi pago o resgate, passaremos a responder a pergunta. De que fomos libertos?
Fomos libertos da escravidão do pecado: Rm 6.18. e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça (1 Co 7.22).
Fomos libertos da maldição da Lei: Gl 3.13. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro),
Do corpo mortal: Rm 8.23. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. (Este evento ainda é futura, mas o preço já foi pago).
Paulo diz que aguardamos a redenção do nosso corpo. Cristo transformará o nosso corpo de humilhação para ser conforme o seu corpo glorioso. Fl 3.20-21. Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, 21 o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.
Foi uma reconciliação. Era necessária por causa da inimizada entre Deus e o homem por causa do pecado. Tg 4.4. Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
Reconciliação é obra de Deus: 2 Co 5.18-20. (O homem é o ofensor, mas Deus deseja e promove a reconciliação).
Fomos reconciliados com Deus mediante a morte de seu filho: Rm 5.1-10. (Somente o grande amor de Deus é capaz de tamanha façanha).
O sangue de Jesus é o preço da reconciliação. Cl 1.20-22. (A barreira existente entre o homem e Deus é o pecado. Is 59.2. Pelo sangue esta barreira foi removida e nós fomos reconciliados com Deus).
Por quem Cristo morreu? Podemos responder assim:
A morte de Cristo é suficiente para todos; porém só é eficiente para quem crê:1 Jo 2.2; Jo 3.16-21.
Potencialmente é ilimitado; porém sua aplicação é limitada a quem crê: 1 Tm 4.10; 1 Co 4.2.
Conclusão: A morte de Cristo é sem igual, não tem paralelo na história. Ela traz alegria em vez de tristeza, começa uma nova história em vez de ser o fim, como as outras. A morte não foi o fim para nosso Senhor. Podemos dizer como Jó: “Eu sei que o meu Redentor vive!” Jó 19.25.
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