"Romanos 2" Os críticos moralistas sob julgamento - Parte 01

 


Os críticos moralistas sob julgamento

Parte 01 – Romanos 2.1-16

 

Texto Básico: Romanos 2.1-16.

Texto Devocional: v16 no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.

Introdução: A TESE DEFENDIDA pelo apóstolo Paulo nos três primeiros capítulos da carta aos Romanos é que tanto os gentios como os judeus são culpados diante de Deus em virtude da revelação que receberam.

A especial revelação ao Judeus: De 2:1 a 3:8, Paulo volta o holofote para o seu povo, os judeus, e mostra que eles também são pecadores diante de Deus. Os judeus receberam a revelação especial, as Escrituras; e os gentios, a revelação natural. Por não viverem de acordo com a revelação recebida, ambos são indesculpáveis perante Deus.

Os gentios: No capítulo anterior vimos que os gentios são indesculpáveis porque, mesmo conhecendo a Deus, não o glorificaram como Deus nem lhe deram graças, antes desprezaram esse conhecimento, tornando-se nulos em seu raciocínio e loucos em suas atitudes. Como consequência, Deus os entregou aos desatinos de sua vontade pervertida.

I. O julgamento segundo a verdade de Deus (2:1-5)

No capítulo 1, talvez o judeu, à medida que lia a acusação de Paulo ao "pagão", sorrisse e pensasse: "Isso se encaixa muito bem a eles!". A atitude deles deve ter sido igual à do fariseu de Lucas 18:9-14: "Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens". Contudo, Paulo joga sobre eles exatamente o julga mento que faziam dos gentios: "És indesculpável [...] pois praticas as próprias coisas que condenas".

Deus não julga segundo especulações: O julgamento de Deus não é segundo os rumores, as fofocas, o bom conceito que temos de nós mesmos ou a avaliação do homem, mas "segundo a verdade" (v. 2 E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais  coisas  fazem).

A hipocrisia dos judeus: Algumas pessoas costumam dizer que odeiam as próprias faltas, principalmente quando a veem nos outros. É muito fácil as pessoas de hoje, como as da época de Paulo, condenarem os outros pelos mesmos pecados que cometem.

A dureza do coração dos Judeus: Talvez os judeus pudessem argumentar: "Com certeza, Deus não nos julga com a mesma verdade que aplica aos gentios! Veja, como Deus tem sido bom com Israel!".

A bondade de Deus: No entanto, eles ignoravam o objetivo que Deus tinha em mente quando derramou sua bondade sobre Israel e esperou com tanta paciência que seu povo obedecesse: era de supor que sua bondade os levaria ao arrependimento.

Corações endurecidos: Em vez disso, eles endureceram o coração e, assim, armazenaram mais ira por parte de Deus para o dia em que Cristo julgará o perdido (Ap 20).

Você certamente já ouviu o pecador perdido de hoje dizer: "Tenho certeza de que Deus não me mandará para o inferno, pois ele já fez tantas coisas boas para mim". Esses pecadores não percebem que a bondade de Deus é a preparação para a graça dele; assim, endurecem o coração e cometem mais pecados, pois pensam que o Senhor os ama tanto que não pode condená-los, em vez de se curvarem em humilde gratidão.

Muitos e até alguns grupos que se denominam cristãs, tem pregado uma doutrina que se chama “Hiper graça” Ignorando que o Deus de Graça e amor também é fogo consumidor. Muitos se arriscam em defender que no final todos seremos salvos? Será?

Note que Paulo alertou os religiosos que conheciam a verdade da Lei (revelação especial) mas desprezavam a Lei do Senhor: Jesus os chamou de hipócritas em Mt 15.7-10 Hipócritas! Bem profetizou Isaías sobre vós, denunciando: 8. ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 9. Em vão me adoram; pois ensinam doutrinas que não passam de regras criadas por homens’. 10. Então, Jesus conclamou a multidão a aproximar-se e pregou: “Ouvi e entendei!

As mesmas desculpas: Ainda hoje, ouvimos estas duas mesmas "desculpas" que os judeus usaram nos dias de Paulo:

(1) "Eu não preciso de Cristo porque sou melhor que os outros";

(2) "Com certeza, Deus nunca me condena rá, pois é tão bom comigo". Toda via, o julgamento final de Deus será segundo a verdade, não segundo a opinião e a avaliação do homem.

II. O julgamento segundo a obra da pessoa (2:6-16)

Os judeus não percebiam que uma coisa é ser um ouvinte da Lei e outra, bem diferente, um praticante (v. 13 Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados).

Por isso, pensavam que tinham a posição mais alta entre o povo do Senhor. Lembre-se que esses versículos não dizem como ser salvo, mas descrevem como Deus julga a humanidade segundo as obras realizadas no curso da vida.

Os versículos 7-8 falam do propósito e dos desígnios totais da vida da pessoa, não de ações ocasionais, como William Newell define: a "escolha de vida". As pessoas não conseguem a vida eterna por meio da busca paciente por ela; porém, se procuram vida, a encontram em Cristo.

"Cada [homem]" (v. 6), "toda alma" (v. 9, ARC), "a todos" (v. 10) — essas frases mostram que Deus não poupa as pessoas, mas julga a todas segundo a vida que levaram. Alguém pode perguntar: "Mas Deus é justo ao julgar os homens dessa forma? Afinal, os judeus receberam a Lei, e os gentios, não".

Sim, como os versículos 12-15 explicam, Deus é justo. O Senhor julgará as pessoas à luz do que receberam. Todavia, não pense que os gentios (que desconheciam Moisés) viviam à parte da lei, pois tinham a lei moral de Deus escrita no coração (veja 1:19).

Dan Crawford, missionário veterano na África, disse isto quando saiu da selva: "Os pagãos pecam contra a inundação de luz". O dr. Roy Laurin escreveu: "As Escrituras deixam evidente que os homens serão julgados de acordo com o conhecimento de Deus que possuem, e não conforme algum padrão superior que não possuem".

Os judeus serão julgados de forma mais severa, porque ou viram a Lei e se recusaram a obedecer. O mesmo acontecerá com os pecadores de hoje que ouvem a Palavra de Deus, mas não prestam atenção a ela. Jo 15. 22 Se eu não viera, nem lhes houvera falado, não teriam pecado, mas, agora, não têm desculpa do seu pecado.

Fonte de pesquisa: Comentário Bíblico Expositivo do Novo Testamento - Warren W. Wiersbe; Bíblia Arqueológica; Bíblia de Estudo NVI.

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