O Perfeito Estado Eterno.

 


 

Texto Básico: Cantares de Salomão. 2.11-13.

Texto Devocional: Jo 14.1-2. Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.  2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar.

 

Introdução: A palavra “lugar”, como referência ao céu, foi usada por Jesus, quando disse em João 14:2: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar”.

 

Por que o coração dos discípulos estava perturbado? Cristo dissera-lhes que os deixaria (13:33), que um deles o trairia, e que Pedro o trairia (13:36-38). Sem dúvida, isso perturbou a todos, pois viam Pedro como líder.

 

I - Um lugar preparado para os seus. Jo 14.1-6.

 

Cristo fala do céu como um lugar real, não apenas como um estado mental. Ele retrata o céu como um lugar adorável em que o Pai habita. Na verdade, a palavra "casa", em grego, significa "lugar de moradia", o que se refere à perpetuidade de nossa casa celestial. O céu é um lugar preparado para pessoas preparadas.

 

Como um habilidoso carpinteiro que Jesus é, Ele não somente foi construir, como também deixou o seu Santo Espírito na preparação da sua igreja. Cada dia aprendemos a ética do Reino de Deus, ou seja, estamos sendo preparados para assumir o céu por herança.

 

Cristo, o Carpinteiro (Mc 6:3), está construindo uma casa celeste para todos os que creem nele. E ele retornará a fim de receber os seus para ele mesmo. Mais tarde, em 1 Tessalonicenses 4:13-18, Paulo explica com detalhes essa noção "Ausentes do corpo, presentes com o Senhor." Cristo não poderia preparar a casa celestial para os seus se ficasse na terra.

 

Como os pecadores podem ter esperança de ir para o céu? Por intermédio de Cristo. Leia Lucas 15:11-24, a história do filho pródigo, ligando-a a João 14:6. Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.

 

O rapaz, como o pecador, estava perdido (15:24), era ignorante (15:17 — "caindo em si") e estava morto (15:24).

 

Todavia, ele foi até o pai (15:20)! Ele estava perdido, mas Cristo é o Caminho; ele era ignorante, porém Cristo é a Verdade; e ele estava morto (espiritualmente), todavia Cristo é a Vida! E ele chegou à casa do Pai quando se arrependeu e retornou para lá.

 

A Bíblia declara que Deus habita no terceiro céu. Não devemos, entretanto, pensar em distância, em termos de espaço físico, como se o futuro lar dos remidos estivesse além do Sol ou das estrelas, como em geral se canta nas igrejas, e como creem alguns povos muçulmanos que usam a expressão “atrás do Sol” para morte.

 

A Bíblia diz apenas que esse lar-estado fica além do véu. O crente transpõe esse véu e entra no gozo do seu Senhor, na habitação eterna dos remidos de todas as idades.

 

O Véu. Hb 6.19.  a qual temos como âncora da alma segura e firme e que penetra até ao interior do véu, Para o crente, o véu que faz a separação entre o presente estado e o estado eterno é a morte física ou a transformação em vida por ocasião do arrebatamento. O conceito cristão de morte inclui a morte física. Esta, como separação da alma e do corpo, é considerada o último acontecimento na vida terrena do indivíduo.

 

A Bíblia ensina que “aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo depois disso o juízo” (Hebreus 9:27)

 

Os outros tipos de morte mencionados na Bíblia são:

 

a) a morte espiritual, como separação de Deus, conforme Efésios 2:1: “Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados”;

 

b) morte eterna, ou segunda morte, que vem a ser a separação final e irrevogável da presença de Deus, de forma a não haver mais possibilidade de vivificação, conforme Apocalipse 21:8. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte.

 

O salário do pecado

A morte, tanto física como espiritual, é recompensa do pecado. Em certo sentido, Adão morreu duplamente no dia em que pecou, tendo sido de imediato separado de Deus por causa do pecado e, mais adiante, aos 912 anos de idade, separado do corpo através da morte física, tudo isso no mesmo “dia”, considerando que, para Deus, um dia é como mil anos (Génesis 2:17; Ezequiel 18:20; Romanos 6:23; Salmos 90:4; e 2 Pedro 3:8).

 

Cristo aboliu a pena da morte

 

Essa abolição, na sua suficiência, é de caráter universal, pois é ela capaz de salvar a todos; porém, é restrita na sua eficiência, pois opera somente para quem está em Cristo.

 

João 3:36. Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.

Romanos 8:1. Portanto, agora, nenhuma condenação    para os que  estão  em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.

 

A abolição da penalidade da morte é, por sua vez, condicional e gradual. Condicional porque depende da nossa fé em Cristo; gradual, porque esperamos ansiosa­mente o dia em que todo rastro de morte será removido do Universo criado por Deus (1 Coríntios 13:10; 2 Coríntios 5:1-5). Para o cristão, a morte física está agora transfigurada em simples partida desta vida para a outra (2 Coríntios 5:8).

 

A imortalidade do homem

 

A vida humana jamais cessa (Eclesiastes 3:21). A sepultura é apenas o túmulo pelo qual se passa para chegar à vida eterna ou à morte eterna. Além da intuição fundamental possuída pelos homens de que são imortais, existem argumentos que apoiam a imortalidade:

 

Argumento psicológico: a alma é essência imaterial, indivisível e, portanto, indestrutível. 

 

Argumento teleológico: a alma humana não completa nem pode completar a sua finalidade neste mundo, precisando, portanto, de outro mundo e de existência continuada para alcançar plena realização ou felicidade.

 

Argumento moral; o homem neste mundo nem sempre recebe justiça, daí ser a aniquilação inaceitável, pois não permite graus de castigo correspondentes a diferentes graus de culpabilidade.

A bem-aventurança dos salvos Mesmo que neste mundo não seja possível conhecer a natureza da plena bem-aventurança futura, a Bíblia dá diversas amostras do que será o gozo preparado por Deus para os seus filhos.

 

O céu é um lugar onde não entrará nem pecado nem injustiça.

 

E não entrará nela coisa alguma impura, nem o que pratica abominação ou mentira, mas somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro” (Apocalipse 21:27). Nada do que seja imundo entrará ali, nem quaisquer consequências do pecado: Deus enxugará de seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, pois já as primeiras coisas são passadas (Apocalipse 21:4).

 

No céu se gozará a posse de todo o bem positivo Ali nunca mais haverá maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão, e verão a sua face, e na sua testa estará o seu nome. Ali não haverá mais noite. Não necessitarão de luz de lâmpada, nem da luz do sol, pois o Senhor Deus os iluminará. E reinarão para todo o sempre (Apocalipse 22:3-5)

 

O céu será, dessa maneira, a resposta perfeita a todo desejo santo. Para os cansados, o descanso eterno; para os tristes, o lugar onde Deus enxugará toda lágrima; para os que sofrem, o lugar em que não haverá dor; para os erros e as faltas de um serviço sincero ainda que imperfeito, o trono de Deus estará ali, e seus servos o servirão — toda a obra feita em sua presença e sob a aprovação de seu sorriso; para os que estão perplexos e confusos por incertezas e desenganos da vida, promete-se que não haverá ali mais noite, porque Deus lhes dá luz, e reinarão com Ele para sempre.

 

O céu é um lugar de comunhão perfeita uns com os outros Passagens como Hebreus 12:22-23 e Mateus 8:11 afirmam que será inviolável a personalidade de cada remido. Os instintos sociais que nos caracterizam aqui não serão removidos, mas intensificados. Reconheceremos uns aos outros e nos misturaremos com os que, como nós, foram lavados no sangue do Cordeiro e amaram a Deus acima de todas as coisas. 1 Coríntios 13:12 nos garante que no céu conheceremos de um modo perfeito, assim como Deus nos conhece. 1 Co 13.12. Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido.

 

O céu é a casa do Pai e a Nova Jerusalém O autor da Carta aos Hebreus (11:10) afirma que os santos do Antigo Testamento esperavam, pela fé, a “cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e construtor. O apóstolo João viu essa cidade santa, “que de Deus descia do céu, ataviada como uma noiva para o seu noivo. Ela brilhava com a glória de Deus, e o seu brilho era semelhante a uma pedra preciosíssima, como o jaspe cristalino. As nações andarão na sua luz, e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra” (Apocalipse 21:7,11,24).

 

Deus habitará com os glorificados Eis a promessa dEle: “Como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome” (Isaías 66:22). “Deus habitará com eles, e eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles, e será o seu Deus” (Apocalipse 21:3) Em se tratando da Nova Jerusalém, não devemos nos esquecer de que outros santos, além da Igreja, habitarão nela.

 

Os santos do Antigo Testamento anteviram pela fé essa cidade e a desejaram. A Bíblia diz que Abraão esperava um a cidade que tem fundamentos, cujo arquiteto e construtor é Deus (Hebreus 11:10). O apóstolo Paulo, ao fazer um contraste entre a Jerusalém terrena e a celestial (Gálatas 4), dizendo daquela que é escrava com seus filhos, confirma a promessa de um a cidade melhor, a morada dos remidos. Afirma ele: “Mas a Jerusalém de cima, que é a mãe de todos nós, é livre” (Gálatas 4:26).

 

 

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