Não há porta que Deus não abra

 



 Texto BásicoSalmos 107.15-16.  Rendam graças ao Senhor por sua bondade e por suas maravilhas para com os filhos dos homens!  16 Pois arrombou as portas de bronze e quebrou as trancas de ferro.

 

Introdução: A ênfase do Salmo 105 é sobre o êxodo de Israel do Egito, enquanto o Salmo 106 enfatiza o cuidado longânimo de Deus para com seu povo. Este salmo concentra-se na redenção oferecida pelo Senhor a sua nação que se encontra no cativeiro babilônio (vv. 2-3). Apesar de as circunstâncias descritas neste salmo não serem incomuns, aplicam-se de maneira mais específica àquilo que o povo de Israel teve de suportar no cativeiro.

 

O salmista descreve a situação do povo: observe os termos que descrevem a situação do povo: “mão do inimigo” e “adversidade” (vv. 2, 39), “angústia e tribulações” (vv. 6, 13, 19, 28), “aflição” (vv. 10, 17), “trabalho” (v. 12), “opressão” (vv. 39, 41) e “sofrimento” (v. 39).


1. Quando se perde o rumo: (107.4-9)

 

Era uma viagem longa da Babilônia a Judá, e não faltavam perigos pelo caminho, mas o Senhor levou seu povo de volta para casa em segurança (Ed 1 - 2; Is 41:14-20; 43:1-21).

 

Em meio a sua necessidade, o povo clamou ao Senhor (vv. 6, 13, 1 9, 28) e ele os tirou do cativeiro, guiou pelo deserto e os levou para sua terra, onde encontraram cidades para habitar. Durante a jornada, Deus lhes proveu água e comida (ver Lc 1:53; Jr 31:25). Sem dúvida, desejariam dar graças ao Senhor por tudo o que ele havia feito por eles (vv. 8, 15, 21, 31).

 

2. Quando se perde a liberdade (107.10-16)

 

Essas pessoas estavam presas (vv. 10, 14, 1 7), pois haviam se rebelado contra o Senhor; uma boa descrição do povo de Judá exilado na Babilônia (2 Cr 36:15-23). Haviam transgredido a aliança com o Senhor, e ele teve de discipliná-los (Lv 26:33; Dt 28:47-48).

Deus usou Ciro, um rei pagão, para libertar seu povo (Is 45:1-7; observar também 45:2 e 107:16). Todo aquele que rejeita a mensagem de vida oferecida por Deus em Cristo é prisioneiro do pecado, e somente Jesus pode conceder a liberdade (Lc 1:79; 4:1 8ss).

 

3. Quando se perde a saúde (107.17-22)

 

Mais uma vez, vemos insensatos rebeldes que desobedeceram deliberadamente à lei de Deus e sofreram as consequências de sua insensatez. As “portas da morte” (v. 18) levavam ao sheol, o reino dos mortos (9:13; Jó 1 7:16; 38:1 7; Is 38:10).

 

O Senhor ouviu seus clamores e os deteve nessas portas, permitindo que vivessem. Não mereciam essa bênção, mas assim é a misericórdia do Senhor. Nas Escrituras, a enfermidade é usada com frequência como retrato do pecado e de suas consequências dolorosas, mas nem toda doença é decorrente de algum pecado (Jo 9:1-3; 2 Co 12:7-10).

 

Uma vez que o Senhor curou esses rebeldes arrependidos, deveriam louvá-lo, entoar-lhe cânticos e levar suas ofertas de ação de graças. No versículo 20, a Palavra de Deus é comparada a um remédio administrado por Deus para curar essa gente.

 

Isso nos traz à memória as três pessoas que Jesus curou á distância: o servo do centurião (Mt 8:5-13), a menina endemoninhada (Mt 15:21-28) e o filho do oficial do rei (Jo 4:46-54).

 

4. Quando se perde a esperança (107-23-32)

 

Para os exilados, estar longe de casa e vivendo no cativeiro da Babilônia era como estar numa embarcação em meio a uma tempestade terrível (ver Is 54:11). O povo de Israel não era tão ligado ao mar como os fenícios, mas, ainda assim, Salomão promoveu um comércio marítimo bastante rentável (1 Rs 9:26-27).

 

Nas duas imagens anteriores (vv. 10-22), as pessoas ficaram em dificuldades porque haviam pecado contra o Senhor, mas esses marinheiros não causaram a tempestade que quase os afogou. Trata-se de uma das descrições mais intensas de uma tempestade em alto-mar encontrada em qualquer obra da literatura.

 

A tripulação havia usado, sem qualquer sucesso, todos os recursos que conhecia para salvar o navio e, por fim, clamaram ao Senhor pedindo socorro.

 

Ele não apenas acalmou a tempestade (ver Lc 8:22-25), como também os guiou até o porto certo (Jo 6:21). Esse livramento maravilhoso deveria levar os marinheiros a agradecer ao Senhor pessoalmente, a exaltá-lo no culto no santuário e a dar testemunho aos líderes do povo.

 

As ações de graças vão se propagando! Aos olhos de Deus, não existem situações desesperadoras, pois ele pode fazer o impossível. Ninguém além da tripulação e do Senhor testemunhou o milagre, de modo que cabia aos marinheiros agradecidos proclamar esse grande feito de Deus e dar glória ao Senhor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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