Celebrando a Vitória Parte 02

 


Celebrando a vitória

Parte 02

 

Texto Básico: Salmos 21.

Texto Devocional: Salmos 21.7. O rei confia no Senhor e pela misericórdia do Altíssimo jamais vacilará.

 

Introdução: A ênfase agora é nas vitórias futuras que Deus dará a Davi e a Israel, pois é certo que seus inimigos serão venci dos. As vitórias de Israel não estavam apenas no passado, mas também, e sobretudo, no futuro. Deus deu muitas vitórias a Davi, e ele expandiu o seu reino. Purkiser tem razão em dizer que a vitória já conquistada é vista como a base de confiança na vitória ainda maior por vir.

 

I - Olhando para a frente: aguardando vitórias futuras com absoluta certeza (21:8-12)

 

Allan Harman acrescenta que justamente como os versículos de 2 a 7 descreveram as bênçãos de Deus outorgadas ao rei e, agora, os versículos de 8 a 12 remontam às maldições com as quais o rei castiga seus inimigos.

 

Concordo, entretanto, com Warren Wiersbe quando diz que somente o Messias pode conquistar as vitórias preditas nos versículos de 8 a 12, o que nos mostra que, sem dúvida, Davi aqui é apenas um tipo de Jesus Cristo.

 

Sobre isso, cinco verdades merecem destaque aqui.

 

Em primeiro lugar: os inimigos serão apanhados (21:8). “A tua mão alcançará todos os teus inimigos.Davi compreende que suas gramdiosas vitórias não procediam de seu engenho administrativo nem de suas estratégias de guerra, embora fosse um forte líder e um guerreiro experimentado. Em vez disso, era o próprio Deus quem alcançava os inimigos e os derrotava, indo procurá-los no seu esconderijo para destruí-los completamente. Não há quem possa escapar do Senhor. Sl 139. 7 Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?

 

Em segundo lugar: os inimigos serão consumidos (21:9). “Tu os tornarás como em fornalha ardente, quando te manifestares; o Senhor, na sua indignação, os consumirá, o fogo os devorará.” Davi deixa claro que aqueles que se levantam contra o povo de Deus são inimigos do próprio Deus, e aqueles que se insurgem contra o Todo-poderoso serão consumidos como palha na fornalha.

 

Ali, no fogo do juízo, arde a indignação de Deus, e ali também os perversos serão consumidos e devorados, como Sodoma e Gomorra arderam com fogo e enxofre. Purkiser diz que a fornalha acesa é um dos símbolos bíblicos de julgamento e da ira de Deus (Ml 4:1; Lc 16:24; Ap 20:14), fazendo-nos entender que os ímpios serão destruídos como combustível numa fornalha.

 

Em terceiro lugar: os inimigos não terão sucessão na terra (21:10). “Destruirás da terra a sua posteridade e a sua descendência, de entre os filhos dos homens.” Um dos maiores desastres que podia sobrevir no antigo Oriente era a destruição de sua posteridade, apagando o seu nome da terra.

 

Os que se levantaram contra o povo de Deus tiveram sua memória apagada da história. Onde está o poderoso e impiedoso Império Assírio? Onde está o megalomaníaco Império Babilônico? Onde está o forte Império Medo-Persa? Onde está o engenho de guerra do Império Greco-Macedônio? Onde está a glória do opulento Império Romano? Todos caíram e viraram pó diante da vitória retumbante do reino do Senhor e do seu Cristo (Dn 2:44,45; 1 Co 15:23-25).

 

Em quarto lugar: os inimigos terão seus planos frustrados (21:11). “Se contra ti intentarem o mal e urdirem intrigas, não conseguirão efetuá-los.” Os inimigos serão tidos como culpados não apenas quando agem mal, mas também quando intentam o mal, mesmo não conseguindo colocá-lo em prática.

 

Nas palavras de Spurgeon, “aquele que faria, mas não podia, é tão culpado quanto aquele que fez”, tendo em vista que Deus julga não apenas ação, mas também motivação, ou seja, quando alguém deseja o mal, é como se o tivesse de fato praticado, e este não será inocentado.

 

São oportunas as palavras de Spurgeon: “Quando hoje lemos as ameaças arrogantes dos inimigos do evangelho, podemos ter a certeza de que eles não prevalecerão. A serpente pode sibilar, mas a cabeça será esmagada. O leão pode atacar, mas não abaterá” 2 Co 4.8-9 Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados;  9 perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos;

 

Em quinto lugar: os inimigos terão que enfrentar o próprio Juiz divino (21:12). “Porquanto lhes farás voltar as costas e mirarás o rosto deles com o teu arco.” Os inimigos podem até ter algum sucesso na luta contra os justos, mas haverá um dia que terão que enfrentar o reto Juiz frente a frente e, nesse dia, eles sofrerão uma derrota acachapante e final (Ap 6:12-17). Olhando para o alto: exaltando o Senhor das vitórias com entusiasmo (21:13) O versículo apresentado enseja-nos duas verdades.

 

Em primeiro lugar: um pedido solene (21:13a). “Exalta-te, Senhor, na tua força...” O salmo 21 termina exatamente como terminou o salmo 20, isto é, o salmo 20 terminou com uma oração pela vitória do rei (20:9), e o salmo 21 ter mina com uma oração pela exaltação do próprio Deus que deu vitória ao rei.

 

Davi não lutava as batalhas nem conquis tava vitórias a fim de exaltar a si mesmo; em vez disso, seu propósito era engrandecer ao Senhor (ISm 17:36,45-47). Em segundo lugar, uma doxologia sublime (21:13b). “[...] Nós cantaremos e louvaremos o teu poder.”

 

Esse salmo termina como começou, com o Senhor. Ele começa dizendo: “Na tua força, Senhor, o rei se alegra! E como exulta com a tua salvação!” e termina dizendo: “Exalta-te, Senhor, na tua força! Nós cantaremos e louvaremos o teu poder”. Esse é o resultado da vitória retumbante do Rei dos reis, o Senhor Jesus, cujo eterno poder nós cantaremos e louvaremos por toda a eternidade.

 

 

 

 

 

 

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