Texto
Básico: Salmos 21.
Texto
Devocional: Salmos 21.7. O rei confia no Senhor e pela misericórdia do Altíssimo jamais
vacilará.
Introdução:
O salmo 21 É uma sequência lógica do salmo 20 — são dois salmos
gêmeos. O primeiro trata da súplica pela vitória, e o segundo, da celebração
da vitória. Purkiser tem razão em dizer que a es trutura desse salmo
é a mesma do salmo anterior, com duas estrofes principais seguidas de uma breve
oração final, e o cenário provavelmente reflete também a liturgia do
templo/tabernáculo. Allan Harman diz que esse salmo tem fortes matizes
pactuais, conforme se pode ver no versículo 7.
Esse
salmo é o hino de louvor que Davi e seu povo cantaram depois das
vitórias que pediram a Deus no salmo anterior. Haviam orado pedindo
bênçãos específicas, e Deus as havia concedido. O hino começa e termina
com louvores pela força que Deus deu a seu rei e ao seu exército (21:1,13),
ensinando- -nos que as orações respondidas devem ser reconhecidas com fervente
louvor.
Olhando
para trás, comemorando as vitórias passa das com alegria; olhando para a
frente, aguardando vitórias futuras com inabalável certeza; e olhando para o
alto, exaltando o Senhor das vitórias com entusiasmo. Vamos adotar essa
preciosa sugestão:
I
- Olhando para trás: comemorando as vitórias passadas com alegria (21:1-7).
O
povo de Israel e Davi se unem para agradecer a Deus a
resposta às suas orações, pois oraram para irem à peleja e retornam do campo de
batalha agitando as bandeiras da vitória.
Em
primeiro lugar: A alegria da vitória conquistada
por poder sobrenatural (21:1). “Na tua força,
Senhor, o rei se alegra! E como exulta com a tua salvação!” O povo está
celebrando porque o rei saiu vitorioso de sua campanha militar, e o rei se
alegra na força do Onipotente que lhe deu consagradora vitória sobre os
inimigos, além de exultar do grande livramento que Deus deu a ele e ao
seu povo no campo de batalha. Warren Wiersbe está certo quando diz que o
termo “salvação” (21:1,5) significa, nesse con texto, livramento
e vitória.
Em
segundo lugar: A alegria da vitória obtida em
res posta às orações (21:2). “Satisfizeste-lhe o
desejo do coração e não lhe negaste as súplicas dos seus lábios.” O povo
havia pedido a Deus para atender aos desejos do rei (20:4) e
agora agradece a Deus porque a oração foi atendida.
Davi
havia
pedido a Deus que lhe poupasse a vida (20:4), e Deus o ouviu e
atendeu aos anseios de seu coração. Na verdade, essa bênção fazia parte da
aliança que Deus havia firmado com ele (2 Sm 7:16 Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre
diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre).
Spurgeon,
interpretando esse versículo, diz que o que há no poço do coração com certeza
sai pelos baldes dos lábios. Essas são as únicas e verdadeiras orações, quando
o desejo do coração vem em primeiro lugar e o pedido dos lábios vem em seguida.
Em
terceiro lugar: A alegria da recepção de suas
dádivas generosas (21:3). “Pois o supres das
bênçãos de bondade; pões-lhe na cabeça uma coroa de ouro puro.” Purkiser
diz que essa coroação sugere que a autoridade do rei era uma autoridade
delegada, ou seja, ela vinha de Deus e dependia de sua soberania.
A
monarquia hebraica nunca foi absoluta no sentido de ser independente e
autônoma, pois Deus é a fonte de todas as bênçãos e foi Ele quem
supriu o rei e seu povo com sua bondade. Depois de triunfar sobre seus inimigos,
o rei é coroado com honras e glórias — coroaram- -no com uma coroa de ouro
puro. Para Davi, essa vitória havia sido como uma segunda coroação, uma
vez que era o ungido de Deus.
Em
quarto lugar: A alegria consciente da
longevidade do rei (21:4). “Ele te pediu vida, e
tu lha deste; sim, longe vidade para todo o sempre.” Muitos reis eram
mortos em campo de batalha, mas Deus preservou Davi, que saiu
ileso do campo de guerra; Deus lhe deu vida longa e, por meio de seu
Descendente, longevidade para sempre, e isso era importante porque o rei era
visto como aquele que continuava vivendo por meio dos seus descendentes.
Warren
Wiersbe está certo quando diz que, muito embora fosse
costume atribuir vida eterna aos reis (Ne 2:3; Dn 2:4),
longevidade para todo o sempre (21:4) e bênção para sempre (21:6)
são expressões que nos fazem lembrar da aliança de Deus com Davi,
que se cumpriu definitivamente em Cristo (2Sm 7:6,13,16,29; Lc
1:30-33). Nessa mesma linha de pensamento, Purkiser diz que, no
sentido mais restrito, essas palavras se aplicam ao Filho de Davi
e nosso Salvador.
Em
quinto lugar: A alegria de glorioso livramento
e ele vada posição (21:5). “Grande lhe é a
glória da tua salvação; de esplendor e majestade o sobrevestiste."
Esta salvação aqui é a salvação dos perigos da guerra. Não apenas Davi
saiu vitorioso do campo de batalha, mas isso lhe redundou em maior prestígio,
maior reconhecimento, maior gloria.
Em
sexto lugar: a alegria de ser fonte de bênção
para os outros ao mesmo tempo que desfruta do gozo do Senhor (21:6).
“Pois o puseste por bênção para sempre e o encheste de
gozo com a tua presença." Davi era um canal de bênção para o
seu povo e, por meio dele, o povo era protegido e recebia prosperidade. Por
meio dele, fluíam benefícios materiais e espirituais para o povo, pois ele era
mediador das bênçãos divinas, e, enquanto por meio dele procedia bênçãos, ele
mesmo desfrutava do gozo inefável da presença de Deus. Jesus
disse: Jo 15.9. Como o Pai me amou, também eu
vos amei; permanecei no meu amor.
Em
sétimo lugar: a alegria da plena confiança no
Senhor (21:7). “O rei confia no Senhor e pela
misericórdia do Altíssimo jamais vacilará.” Esse versículo é o eixo
central desse salmo, é a dobradiça que liga o passado ao futuro. Porque o rei
confia no Senhor, eles celebraram vitórias passadas; porque o rei confia
no Senhor, os inimigos serão derrotados no futuro; e, enquanto os olhos
do rei estão postos em Deus, ele jamais vacilará. Nas palavras de
Spurgeon, “uma confiança santa no Senhor é a verdadeira mãe das
vitórias”
Conclusão:
Nessa mesma linha de pensamento, Allan Harman diz que o versículo 7
é o versículo-chave do salmo e aquele que relaciona os versículos de 1 a
6 com os versículos de 8 a 13. Ele está na terceira
pessoa, e não na segunda, como o restante do salmo, pois o amor pactual
demonstrado pelo Altíssimo é o fundamento de toda a relação e, portanto,
a resposta do povo tinha de ser a de confiança no Senhor.
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