Texto Básico: Salmos 37.1-5.
Texto Devocional: Salmos 37.5. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará.
Introdução: O Salmo 37 foi escrito quando o rei já era um homem maduro (v. 25) e, nele, discute um problema de longa data: por que os justos sofrem, enquanto os perversos parecem prosperar. E possível que este salmo fizesse parte da preparação de Salomão por Davi para subir ao trono de Israel (1 Rs 2:3; ver Pv 23:17, 18; 24:19, 20).
Os ateus e agnósticos sinceros não precisam tratar desse problema, pois sua filosofia relativista não lhes permite usar termos como bom, mau, justo e perverso. Porém, aqueles que crêem em Deus, por vezes, se perguntam por que ele permite que os perversos sejam bem-sucedidos, enquanto os justos sofrem. No original, o termo equivalente a "perverso" é usado 14 vezes neste salmo, sendo traduzido também por "malfeitores" e "ímpios".
O fundamento teológico para o salmo é a aliança de Deus com Israel, registrada em Levítico 26 e Deuteronômio 27 a 30.
Davi apresenta uma instrução negativa expressa em três imperativos: “Não te indignes”, “não te irrites” e “não te impacientes” (v. 1,7,8 respectivamente).
E quatro instruções positivas: "Confia no Se nhor" (v. 3), “Agrada-te do Senhor” (v.4), “Entrega o teu caminho ao Senhor” ( v v . 5, 6) e “Descansa no Senhor” (v.7).
Assim vejamos:
“Não te indignes” (v. 1,2). O termo traduzido por “indignar-se” significa “arder, acalorar”. A mensagem de Davi é: “Esfriem a cabeça, mantenham a calma!” Quando vemos o mal no mundo, devemos sentir uma ira santa contra o pecado (Ef 4:26 Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira), mas invejar os perversos causa apenas cólera, e esta, por sua vez, desperta a ira v.8 Deixa a ira, abandona o furor; não te impacientes; certamente, isso acabará mal.
De acordo com sua argumentação, os ímpios são temporários e, um dia, desaparecerão (9, 22, 28, 34, 38). São como a erva que murcha ou é cortada e queimada. No Oriente, a vegetação logo depois das estações da chuva é abundante, mas desaparece rapidamente quando o ar perde sua umidade. (ver 90:5, 6; 102:11; 103:15, 16; Is 40:6- 8; Tg 1:10, 11; 1 Pe 1:24).
“Confia no Senhor” (v.3). Um coração indignado não é um coração confiante, pois lhe falta alegria e paz Rm 15:13. E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.
A fé e as obras andam juntas, de modo que também devemos fazer o bem enquanto esperamos no Senhor (34:14; Lc 6:35; Gl 6:10).
Alguns do povo de Deus foram tentados a deixar sua terra, o que era o mesmo que dizer que Deus não era fiel e nem digno de confiança.
No caso de Rt 1, a fome estava assolando Judá. Rt 1.1. Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos.
1 Sm 26:19. Saul, outra vez, se reconcilia com Davi. Davi clama para o seu sangue não seja derramado. Mas, logo depois Saul tenta outra vez contra Davi.
Essas coisas chegando na vida de alguns cristãos, tem potencial poder de influenciar a nossa vida para deixarmos de confiar no Senhor, uma vês que deixamos de confiar logo também deixar de andar com Ele. Devemos estar atentos, pois são os coisados da vida, assim como bem falou Jesus. Lc 21.34 Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as consequências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço.
Porém, Davi instruiu os a permanecer na terra e a confiar que Deus supriria suas necessidades (v. 27). Cada tribo, clã e família de Israel possuía sua respectiva herança, que não devia mudar de mãos, e o Senhor prometeu cuidar da terra daqueles que fossem fiéis (v. 9,11, 22, 29, 34).
A promessa no versículo 3 é traduzida de várias formas: “desfrutará segurança” (nvi), “alimenta-te da verdade” (ara) ou “alimentarás em segurança” (vr). Se formos fiéis a Deus, ele será fiel a nós. A confiança em Deus é o tema central deste salmo (v. 4,5,7,34,39).
“Agrada-te do Senhor” (v. 4). O termo traduzido por “agrada-te” vem de um radical que significa “ser criado em meio ao luxo, ser mimado”. Refere-se à abundância de bênçãos que temos no próprio Senhor, sem considerar aquilo que ele nos dá.
Desfrutar as bênçãos e esquecer aquele que as concede é idolatria. Em Jesus Cristo, temos todos os tesouros de Deus e não precisamos de qualquer outra coisa. Se, verdadeiramente, nos agradarmos do Senhor, o maior desejo de nosso coração será conhecê-lo melhor para que possamos ter ainda mais prazer nele - e o Senhor satisfará esse desejo! Não se trata de uma promessa para quem quer “coisas”, mas sim para os que desejam mais de Deus em sua vida.
“Entrega o teu caminho ao Senhor” (v 5-6). O verbo quer dizer “deixar seu fardo” (1 Pe 5:7 lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós). Deus não carrega nossos fardos para que nos tornemos irresponsáveis, mas sim para que possamos lhe servir melhor.
Por vezes, a ausência de preocupação nos torna descuidados e mais susceptíveis ao fracasso. Uma das coisas que ele “fará” será a justificação de seus servos difamados pelos inimigos de Deus (v. 6; v.28, 32, 33).
“Descansa no Senhor” (v. 7-11). Esse verbo quer dizer “calar, aquietar”. Descreve uma entrega tranquila de nosso ser ao Senhor (62:5 Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança).
Hoje em dia, o silêncio criativo é um bem precioso, até mesmo nos cultos. As pessoas não suportam o silêncio. Um rádio ou aparelho de TV não fica desligado por muito tempo. Mas, a menos que aprendamos a esperar silenciosamente no Senhor, jamais experimentaremos sua paz. Deixar que as tramas perversas dos ímpios nos revoltem é duvidar da bondade e justiça de Deus. “Mansidão” não é o mesmo que “fraqueza”. Antes, se refere à força sob o controle da fé (v. 7,12,32).
Moisés era manso (Nm 12:3), mas também era um homem de grande poder. Jesus citou o versículo 11 (Mt 5:5 Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra). “Herdar a terra” (v. 9,11,22,29) é uma referência à segurança das gerações futuras na Terra Prometida, de acordo com a aliança de Deus (Gn 12:1-3; 13:14-18; 15:7-17), pois o Senhor tinha uma grande obra a ser realizada por seu remanescente fiel, a qual culminou com a vinda do Messias.
Conclusão: Uma vez que Deus é confiável, não devemos nos indignar e, já que Deus compreende nossa situação, não devemos temer. Os perversos tramam contra os pobres e necessitados (v. 12; ver vv. 7, 32) e agem como animais selvagens prestes a devorá-los (o verbo “abater”, no v. 14, refere-se a matar um animal para consumi-lo, como faz um açougueiro), mas o Senhor se ri dos perversos (ver 2:4), pois sabe que seu julgamento está a caminho
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