Cristo e a Crise (Lições para nossa vida.)

 



Texto Básico: João 12


Introdução: Este se do capítulo ministério registra de Jesus a segunda de acordo maior com cria visão do apóstolo João. A primeira grande crise ocorreu quando muitos de seus discípulos desistiram de andar com ele (Jo :66), apesar de ele ser “o caminho” (Jo 14:6).


A segunda aqui, João mostra que muitos outros se recusaram a crer no Messias (Jo 12:37ss), apesar Dele ser “a verdade”. A terceira crise se dá em João 19, em que Jesus é crucificado a pedido dos líderes religiosos, apesar de ser “a vida.


João começou seu livro dizendo que Jesus “Veio para o que era seu, e os seus

não o receberam” (Jo 1:11).


Nos doze primeiros capítulos, o apóstolo apresentou uma sucessão de depoimentos e de evidências para nos convencer de que Jesus é, verdadeiramente, o Cristo, o Filho de Deus. Todas essas evidências foram testemunhadas em primeira mão pelos líderes de Israel que, no entanto, rejeitaram seu Messias. Uma vez que havia sido desprezado pela própria nação, Jesus retirou-se com seus discípulos (“os seus”, Jo 13:1), aos quais amava profundamente.


Em João 12, vemos Jesus Cristo relacionando-se com quatro grupos distintos de pessoas e, ao estudar essa seção, encontramos algumas lições para nossa vida.


Vejamos algumas lições para nossa vida.


1 . Jesus e seus amigos (Jo 12:1 -11)


Jesus sabia que os líderes judeus haviam decidido prendê-lo e matá-lo (Jo 11:53, 57), mas ainda assim voltou para Betânia, localizada a pouco mais de 3 quilômetros da fortaleza de seus inimigos. Fez isso para que pudesse passar algum tempo sossegado com seus amigos queridos, Lázaro, Marta e Maria.


Como sempre, Marta ocupou-se em servir a todos, enquanto Maria ficou aos pés de Jesus em adoração (ver Lc 10:38-42).


1. A unção de Jesus realizada por Maria


A unção de Jesus realizada por Maria também aparece em Mateus 26:6-13 e em Marcos 14:3-9. Porém, não deve ser confundida como o relato em Lucas 7:36-50, no qual uma pecadora arrependida ungiu os pés de Jesus na casa de Simão, o fariseu.


Maria era uma mulher virtuosa e ungiu os pés de Jesus na casa de Simão, um leproso que havia sido curado (Mc 14:3). Lucas 7 relata um episódio ocorrido na Galileia, enquanto neste capítulo vemos um acontecimento ocorrido na Judeia. O fato de haver um “Simão” em cada um dos relatos não deve surpreender, pois esse era um nome comum naquela época.


O amor de Maria por Jesus: Ao combinar os relatos dos três Evangelhos, vemos que Maria ungiu tanto a cabeça quanto os pés de Jesus. Foi um gesto do mais puro amor, pois ela sabia que o seu Senhor estava prestes a suportar grande sofrimento e a morrer.


Pelo fato de se assentar aos pés de Jesus e de ouvi-lo falar, Maria sabia exatamente o que ele faria. É bastante significativo que Maria de Betânia não estivesse com as outras mulheres que foram ao túmulo ungir o corpo de Jesus (Mc 16:1).


Maria não perdeu tempo: Em certo sentido, Maria demonstrava sua devoção a Jesus antes que fosse tarde demais, enquanto o Senhor ainda estava vivo.




O seu amor público a Jesus: Seu gesto de amor e de adoração foi público, espontâneo, sacrificial, generoso, pessoal e desembaraçado. Jesus chamou-o de “boa ação” (Mt 26:10; Mc 14:6), elogiando-a e defendendo-a das críticas.


O Bálsamo derramada: Um assalariado comum precisaria trabalhar um ano para comprar esse tipo de bálsamo. Assim como Davi, Maria recusou-se a dar ao Senhor o que não havia lhe custado coisa alguma (2 Sm 24:24 Mas o rei disse a Araúna: Não! Antes to comprarei pelo seu valor, porque não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada. Comprou, pois, Davi a eira e os bois por cinquenta siclos de prata.). Seu belo ato de adoração perfumou toda a casa onde estavam ceando, e a bênção desse gesto espalhou-se pelo mundo (Mt 26:13; Mc 14:9). De que forma, você e eu estamos escrevendo a nossa história de fé?


a. Você e eu, temos sido diligentes, ou temos deixado sempre para depois?

b. Estamos deixando o nosso conformo, para socorrer o nosso próximo?

c. A nossa ajuda, tem nós custado algum sacrifício?


Maria não fazia ideia de que sua demonstração de amor por Cristo naquela noite seria uma bênção para cristãos ao redor do mundo nos séculos vindouros!


Maria se coloca como escrava ao pés de Jesus: Quando se colocou aos pés de Jesus, Maria assumiu a posição de escrava. Quando soltou os cabelos (algo que as mulheres judias não faziam em público), humilhou-se e depositou sua glória aos pés de Jesus (ver1 C o 11:15).


É evidente que seu gesto foi mal interpretado e criticado, mas não é raro isso acontecer quando alguém dá o que tem de melhor ao Senhor. Mt 5.11-12 Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. 12 Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós.


v.4 Judas, o falso crente: Foi Judas quem fez a primeira crítica e, infelizmente, os outros apóstolos seguiram seu exemplo. Não sabiam que Judas era um “diabo” (Jo 6:70 Respondeu-lhes Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? Contudo um de vós é diabo) e consideraram admirável sua preocupação com os pobres.


Afinal, Judas era o tesoureiro e, especialmente na época da Páscoa, teria o desejo de compartilhar com os menos favorecidos (ver Jo 13:21-30). Até o último instante, os discípulos creram que Judas era um seguidor devoto de seu Mestre. 2 Co 11.15. Não é muito, pois, que também os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras. João 12:4 registra as primeiras palavras de Judas nos quatro Evangelhos. Suas últimas palavras encontram-se em Mateus 27:4.


Judas era infiel: Judas era um ladrão e costumava roubar da caixa de dinheiro pela qual era responsável. 1 Co 6.10. nem os ladrões, nem os cobiçosos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os que praticam a extorsão, herdarão o reino de Deus.


Sem dúvida, Judas já havia resolvido abandonar Jesus e desejava tirar o máximo de proveito do que considerava ser uma situação precária. Talvez estivesse decepcionado, pois havia esperado que Jesus derrotasse os romanos e instituísse seu reino, fazendo dele seu tesoureiro!


Maria é uma bênção para a Igreja ao redor do mundo. Seu ato de devoção no vilarejo de Betânia continua sendo bênção ao longo dos séculos. Fp 4.18. Mas tenho tudo; tenho-o até em abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus. O gesto de Maria foi uma bênção para

Jesus e para a própria vida. Também abençoou aquele lar, enchendo-o da fragrância do bálsamo.


Mas não se pode dizer o mesmo de Judas. Há muitas meninas chamadas “Maria”, mas nenhum pai em são juízo chamaria seu filho de “Judas”. Esse nome aparece no dicionário com o um verbete correspondente a “traidor”. Podemos ver Maria e Judas no contraste de Pv 10:7. A memória do justo é abençoada; mas o nome dos ímpios apodrecerá. Ec 7.1. Melhor é o bom nome do que o melhor unguento, …”

Exemplos para nós: Ao observar esse episódio, vemos algumas pessoas que servem de exemplo para nós. Marta representa o trabalho ao servir a ceia que havia preparado para o Senhor.


Seu serviço foi uma oferta de fragrância tão agradável quanto o bálsamo de Maria (Hb 13:16 Mas não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com outros, porque com tais sacrifícios Deus se agrada). Maria representa a adoração, e Lázaro representa o testemunho (Jo 11:9-11).


O povo dirigia-se a Betânia só para ver esse homem que havia sido ressuscitado! Com o mencionamos anteriormente, o Novo Testamento não registra nenhuma palavra de Lázaro, mas sua vida miraculosa foi um testemunho eficaz do poder de Jesus Cristo (João Batista, por sua vez, não realizou milagre algum, mas suas palavras conduziram o povo a Jesus; ver Jo 10:40-42).


Hoje, devemos andar “em novidade de vida” (Rm 6:4), pois fomos ressuscitados dentre os mortos (Ef 2:1-10; Cl 3:1 ss). Na verdade, a vida cristã

deve manter o equilíbrio entre esses três elementos: adoração, serviço e testemunho.


Lázaro, o milagre ambulante de Deus: Mas o fato de Lázaro ser um “milagre ambulante” colocou-o em uma situação de perigo.


Os líderes judeus resolveram matar não apenas Jesus, mas também o próprio Lázaro! (Jo 12.10. Mas os principais sacerdotes planejaram matar também a Lázaro;)Jesus estava certo quando os chamou de filhos do diabo, pois eram, de fato, assassinos (Jo 8:42-44).


Expulsaram o cego curado da sinagoga em lugar de permitir que desse testemunho de Cristo todo sábado e tentaram colocar Lázaro de volta em seu túmulo, pois estava estimulando o povo a crer em Cristo. Ao rejeitar evidências, é preciso livrar-se delas!


Os líderes judeus eles foram oposição a Jesus em seu ministério, salvo alguns que passaram a crer do Senhor. Mas mesmo assim tiveram de aprender como agora deveriam chegar até o Senhor e prestar um culto agradável ao Senhor. Atos 15.5. Mas alguns da seita dos fariseus, que tinham crido, levantaram-se dizendo que era necessário circuncidá-los e mandar-lhes observar a lei de Moisés. (v.1)


Essa noite tranquila de comunhão – apesar da crueldade com que os discípulos trataram Maria – deve ter animado e fortalecido o coração de Jesus, de maneira especial, no momento em que estava prestes a encarar os compromissos da sua última semana antes da cruz. É bom examinar nosso coração e nosso lar e verificar se alegramos o coração de Jesus com nossa maneira de adorar, servir e testemunhar.









Comentários