Texto Básico: João 14
Texto Devocional: Jo 17.20. E rogo não somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim;
Introdução:
Uma advertência contra a perturbação geral que no Cristo coração faz aos (v. 1): seus “Não se turbe o vosso coração”. Agora eles começavam a se perturbar, eles estavam no início desta tentação. Aqui vemos:
A palavra grega tarassõ traduzido por turbar, significa agitar ou incitar as águas, ou seja, dificuldade.
I - Como Cristo percebeu: Talvez isto estivesse aparente na fisionomia dos discípulos. “Está escrito que os discípulos olhavam uns para os outros”, com ansiedade e preocupação, e Cristo olhou para todos eles e percebeu que eles começavam a se perturbar. Jesus conhece todas as nossas tristezas ocultas e não reveladas Lc 5.11. Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, respondeu e disse-lhes: Por que arrazoais em vossos corações? (O episódio do paralítico)
1. Cristo tinha acabado de contar-lhes sobre a crueldade que Ele sofreria de alguns deles, e isto os perturbou a todos. Pedro, sem dúvida, parecia muito pesaroso com o que Cristo lhe tinha dito. Jo 13.18 Não falo de todos vós; eu conheço aqueles que escolhi; mas para que se cumpra a escritura: O que come do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar. (Sl 41.9).
2. O Senhor tinha acabado de lhe contar sobre sua separação deles, que não somente Ele iria embora, mas iria embora em uma nuvem de sofrimento. Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Jo 13.33 Procurar-me-eis; e, como eu disse aos judeus, também a vós o digo agora: Para onde eu vou, vós não podeis ir. Logo eles o veriam sobrecarregado de acusações, e estas seriam como uma espada nos seus ossos.
3. Jesus no seu ministério terreno, ele sabia o que era sofrer Jo 13.21 Tendo Jesus dito isto, angustiou-se em espírito, e declarou: Em verdade, em verdade vos digo que um de vós me trairá. Certamente esse discurso veio como uma enxurrada de perguntas no coração dos discípulos, que cominou no capítulo 14.1. Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
Antes de tudo isto ocorrido o evangelista João descreve que Jesus inicia a palavra dizendo que: Antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, e havendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Jo 13.1. Jesus demostra segurança para os seus, uma vez que Ele não ficaria ausente das vidas dos discípulos, ou seja, após a sua morte Ele não estaria vivo nas suas memórias, mas ressurreto e vitorioso, Lc 24.25-27 Então ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram! 26 Porventura não importa que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória? 27 E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. Eles estavam com os olhos fechados para tudo aquilo que Jesus tinha dito em respeito de sua missão. Lc 24 33-34 E na mesma hora levantaram-se e voltaram para Jerusalém, e encontraram reunidos os onze e os que estavam com eles, 34 os quais diziam: Realmente o Senhor ressuscitou, e apareceu a Simão.
A palavra de ordem é “Não turbe os vossos corações”
Diante do quadro mundial precisamos ter uma visão bíblica e esperançosa. Lc 21.28. Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, exultai e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção se aproxima. É uma questão de leitura, pois contra fatos não há argumentos.
Sl 42.5. Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação que há na sua presença.
II – Quais são as rações para estarmos esperançosos, quando tudo desmoronar? Não esqueças o que o mestre falou: “credes em Deus, crede também em mim.”
1. Todas as coisas foram criadas por Ele. (Textos auxiliares: Jo 1.3,10; Cl 1.16-18; Hb 1.2, 10-12; 1 Co 8.6) Sabemos que é algo espantoso, mas aquele carpinteiro de Nazaré, filho de Maria, que morreu crucificado no Gólgota, era o Criador do universo.
E, por ter-se identificado tanto com sua criatura não foi reconhecido por elas. Mas a Bíblia afirma: “estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu” (Jo 1.10). Esta criação, como já dissemos, inclui o mundo espiritual.
Com isso Cristo é excluído da classe angélica. Em nenhum lugar das Escrituras é afirmado o poder criador dos anjos. Nem o poderoso Miguel seria capaz de trazer do nada qualquer coisa à existência.
Aqueles que não se referem a Jesus como sendo Deus. Caem na inconsistência de julgá-lo como sendo um anjo e, com isso, acabam crendo em uma espécie de semideus. Hb 1.6. E outra vez, ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.
2. Todas as coisas foram criadas Nele. (Textos auxiliares: Cl 1.16; Ef 1.23; Ef 4.10)
Tudo o que foi criado, foi criado nele. O que quer exista no universo está dentro de sua infinitude. Não há recanto no cosmo que esteja excluído da presença infinita do Filho unigênito.
“Não encho eu os céus e a terra? Diz o Senhor?” (Jr 23.24). Isto é infinitude. Logo, o universo é permeado, em toda a sua extensão, como o ser de Cristo.
Mas ainda é mais do que isso. Embora o Senhor Jesus encha os limites do universo, Ele os trespassa, de modo que não é o universo que contém a Deus. Antes, é Deus quem contém o universo.
Não é que Deus esteja no mundo, mas o mundo é que está em Deus. Ele não é contido. Ele contém. É este o sentido “foi criado Nele”.
Embora o universo seja considerado infinito, ainda assim não está fora de abrangência da natureza infinita de Cristo. Ele é o que preenche “tudo em todas as coisas” (Ef 1.23). Sim, preenche tudo. E ainda vai mais além, pois “os céus dos céus não o podem conter” (1Sm 8.27).
Assim, o Criador, que fez todas as coisas, criou tudo dentro da sua infinitude. Portanto, nada está fora da sua natureza. Ou seja, tudo fora criado Nele.
3. Todas as coisas subsistem por Ele (Textos auxiliares: Cl 1.17; Hb 1.3; Jo 1.1,3) Quando olhamos o universo, vemos uma “máquina” espantosa. São milhares de estrelas de tamanho diferente que se mantêm fixas no firmamento.
É a terra que faz seu giro milenar ao redor do sol. É a vida, em suas múltiplas formas, que se apresenta a nós todos os dias: nas flores que nascem, nos animais que se multiplica, na vegetação que seca e torna a renascer etc.
Será que existe um poder, uma força, que faz que todas estas coisas mantenham seu curso e nunca parem? Por que a vida não para de se multiplicar e o universo de se mover? Porque Cristo sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder (Hb 1.3). Ele não é só o Criador, mas também é o sustentador da sua criação. Ele se mantém firme e coesa pelo poder de Cristo.
4. Todas as coisas criadas para Ele. (Textos auxiliares: Cl 1.16; Hb 1.2; Mt 11.27; Jo 3.35; 13.3; Rm 8.17).Tudo foi criado para Ele. Aqui encontramos o motivo que levou Deus a criar o universo. O universo foi criado para o Filho.
A queda prejudicou este propósito. Por isso, a criação teve de ser redimida antes que o Herdeiro pudesse tomar posse, e a redenção de qual estamos falando foi realizada por meio do próprio Herdeiro, Jesus Cristo. Atos 20.28. Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue.
Na eternidade passada, quando a divindade planejou a criação, havia o propósito de entregar tudo ao Filho. Tudo o que existe, pertence a Cristo. Cada coisa criada traz em si a marca “para Cristo”. O homem, como “a consciência do universo”, teve em si a possibilidade de escolha de aceitar este propósito ou não.
Rejeitou-o. Hoje, a igreja, o “novo homem” (Ef 2.15), é composto por aquele que reconheceram e aceitaram este propósito de “ser para Cristo”. Por essa razão nos cremos um Cristo Glorificado, Senhor, e Deus.
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