Tu és o Deus que me ver.
Texto Bíblico: Gêneses 16.1-13.
Texto Devocional: Gn 16.13. Este foi o nome que ela deu ao Senhor que lhe havia falado: “Tu és o Deus que me vê”, pois dissera: “Teria eu visto Aquele que me vê?”.
Introdução: Nos versículos (v.7-14) Agar teve de se submeter ao Senhor. É nessa passagem que. aparece, pela primeira vez nas Escrituras, o Anjo do Senhor, geralmente identificado com Jesus Cristo.
Em Gênesis 16:10, o anjo prometeu fazer aquilo que somente Deus pode fazer, e, no versículo 13, Agar chamou o anjo de “Deus”.
Essas visitas de Jesus Cristo à Terra em sua forma preencarnada tinham por finalidade ir ao encontro de necessidades específicas ou realizar tarefas especiais, ou seja, Ele é o Deus que nos ver!
Vejamos o que diz as Escrituras:
Jesus revela o seu amor por uma serva: O fato de o Filho de Deus ter assumido temporariamente uma forma física, deixado o céu e descido para ajudar uma serva rejeitada certamente revela sua graça e seu amor.
Seus servos Abraão e Sara haviam pecado contra o Senhor e contra Agar, mas o Senhor não os abandonou.
Aqui o Senhor chama Agar no v7. “ Então o anjo do Senhor, achando-a junto a uma fonte no deserto, …” Em sua fuga, era tudo que ela precisava no momento; água para continuara sua jornada, mas o Senhor entra em sena para nos ensinar que em nossa caminhada desse mundo, nada que temos pode nos trazer a real solução para as nossas vidas. Só Jesus pode nos satisfazer.
Bíblia Arqueológica: O privilégio de gerar um filho era visto, de forma muito apropriada, como algo que estava nas mãos de Deus. De modo inverso, a incapacidade de gerar um filho era vista como castigo divino. Os povos antigos consideravam a mulher estéril amaldiçoada e, em alguns casos, sua condição servia como fundamento para o divórcio.
Jesus veio ao encontro dela: Ele é o Deus que nos ver!
a. Por isso, somo socorridos pelo poder: Hb 2.18. Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.
b. Fortalecidos pelo poder: Fp 4.13. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.
c. Preservados pelo poder: Lc 21.18. Mas não se perderá um único cabelo da vossa cabeça
d. Transformado pelo poder: Fp 3.20-21 Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo, 21 que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória, segundo o seu eficaz poder de até sujeitar a si todas as coisas.
Isso tudo é possível, porque nós servimos a um Deus Onisciente, o rei Davi aconselhando Salomão para que ele conheça ao Senhor a fundo. 1 Cr 28.9. E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai, e serve-o com coração perfeito e espírito voluntário; porque o Senhor esquadrinha todos os corações, e penetra todos os desígnios e pensamentos. Se o buscares, será achado de ti; porém, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre.
A Onisciência é um atributo incomunicável de Deus, O Senhor não dividi esse atributo conosco, é exclusivo Dele. Onisciência é capacidade de Deus saber todas as coisas, sem conhecer limites de nada. “… Senhor, tu sabes todas as coisas; …” Jo 21.17c.
De acordo com o comentário do amigo de Jó, Eliú em Jó 34.21-22. Porém, Eliú cometeu o erro de destacar e enfatizar apenas um atributo divino – a justiça de Deus –, quando, na verdade, Deus também é amoroso e bondoso (Bildade cometera o mesmo erro em seus discursos).
Agar e sua fuga: Somos tendenciosos a dar um veredito baseado em especulações, princialmente ouvindo um relato de maus-tratos de uma escrava que se encontrava grávida do seu patrão.
Se por ventura alguém encontra Agar durante a sua fuga, provavelmente seria solicito a sua situação, mesmo ouvindo apenas um lado da história, e o julgamento seria favorável para a fugitiva e desprezada serva de Sarai. Mas, veja o que o Senhor diz para ela: v9 Disse-lhe o anjo do Senhor: Torna-te para tua senhora, e humilha-te debaixo das suas mãos.
Mas Deus é onisciente e vê todas as coisas! Um juiz humano, com suas limitações, ouve uma causa e toma a melhor decisão possível e, por vezes, comete erros. v10 Disse-lhe mais o anjo do Senhor: Multiplicarei sobremaneira a tua descendência, de modo que não será contada, por numerosa que será. Acredito que Agar não esperava receber uma palavra desse nível; Deus é especialista em transforma situações, que humanamente era impossível contornar sem consequências.
*(O retorno de Agar não seria bem-visto pelos outros servos)
Não devemos esquecer, Deus sabe tudo, ver tudo, conhece tudo; por esse motivo podemos espera dele a qualquer momento uma intervenção poderosa. Amém.
v.11-12. Disse-lhe ainda o anjo do Senhor: Eis que concebeste, e terás um filho, a quem chamarás Ismael; porquanto o Senhor ouviu a tua aflição. 12 Ele será como um jumento selvagem entre os homens; a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos.
Ainda que não fosse o herdeiro de Abraão na aliança, desfrutaria as bênçãos de Deus, uma vez que era filho de Abraão.
Ismael, o pai dos Árabes: Deus prometeu multiplicar os descendentes de Ismael e transformá-los numa grande nação (Gn 21:18; 25:12-18), e assim o fez, pois de Ismael originaram-se os povos árabes.
Ismael seria “como um jumento selvagem” (Gn 16:12), uma descrição não muito lisonjeira. Ela o identificava com o deserto onde viveu usando de sua grande habilidade como flecheiro (Gn 21:20, 21; Jó 24:5). Também revelava sua natureza independente e belicosa (destemido).
Seria um homem odiado, vivendo “fronteiro a todos os seus irmãos” (Gn 16:12). Não devemos aplicar essas características a todos os descendentes de Ismael, mas as hostilidades entre judeus e árabes ao longo dos séculos são por demais conhecidas para ser ignoradas. As nações árabes são povos independentes que habitam nas terras do deserto e resistem à intromissão de
outras nações, especialmente Israel e seus aliados.
Agar, face a face com Deus: A experiência de Agar no deserto colocou-a face a face com Deus e ensinou-lhe algumas verdades importantes sobre o Senhor.
Ela aprendeu que ele é o Deus vivo, que nos vê e ouve nosso clamor quando sofremos. O nome do poço onde Agar encontrou-se com o anjo é “Beer-Laai-Roi”, que significa “o poço daquele que vive e me vê”. Ele é um Deus pessoal, que se preocupa com as vítimas de abuso e com bebês ainda não nascidos. Conhece o futuro e cuida daqueles que nele confiam.
Agar voltou e submeteu-se a Sara. Certamente, pediu perdão por ser arrogante, por desprezar sua senhora e por fugir. Confiou em Deus para protegê-la e a seu filho e para cuidar deles nos anos vindouros.
Conclusão:
Jamais
resolvemos os problemas da vida fugindo deles. As coisas cooperam
para o nosso bem e para a glória de Deus quando nos submetemos ao
Senhor e confiamos nele.
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