Passará a Igreja Pela Grande
Tribulação?
Deus
purifica os crentes, não através do Jogo da
sua
ira, mas através do sangue de Jesus.
Texto
Básico: Ap 3.7-10.
Texto
Devocional: porque eles mesmos anunciam de nós
qual a entrada que tivemos entre vós, e como vos convertestes dos
ídolos a Deus, para servirdes ao Deus vivo e verdadeiro, 10
e esperardes dos céus a seu Filho, a quem ele
ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira
vindoura. 1 Ts 1.9-10.
Introdução:
O
argumento do arrebatamento parcial.
Esse argumento afirma: “Como
parte da Igreja não está preparada para o arrebatamento, subirão
com Cristo apenas os crentes ressuscitados e os que estiverem
realmente prontos. Os outros terão de passar pela tribulação, a
fim de serem provados e purificados mediante grandes sofrimentos”.
Esse
ensino parece ter sido influenciado pela doutrina católica do
purgatório, segundo a qual o sofrimento pode purgar pecados. A
Bíblia, porém, afirma que só Cristo remove os pecados: “No
dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29).
“E
jamais me lembrarei dos seus pecados e das suas iniquidades”
(Hebreus 10:17). O argumento do arrebatamento parcial perde a sua
força também quando consideramos a Igreja como o corpo de Cristo. A
Bíblia afirma em 1 Co 12:13,20: “Pois
todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um só corpo,
quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos nós
foi dado beber de um só Espírito. Pois há muitos membros, mas um
só corpo”.
O
mesmo apóstolo Paulo afirma, em Efésios 5:27, que Jesus vai
apresentar a Igreja a si mesmo como um a “Igreja
gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e
irrepreensível”
A
figura de uma noiva perfeita rejeita a hipótese de um rapto parcial.
Que noivo gostaria de receber um a noiva incompleta?
O
argumento pós-tribulacionista.
Os
dois sentidos de tribulação na Bíblia. Esse argumento está
baseado nas Palavras de Jesus em João 15:18-19: “Se
o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim.
Se fôsseis do m undo, o mundo amaria o que era seu. Mas como não
sois do mundo, antes, dele vos escolhi, é por isso que o mundo vos
odeia”, e também em João 16:33: “Disse-vos
estas coisas para que em mim tenhais paz. No mundo tereis aflições.
Mas tende bom ânimo! Eu venci o mundo”.
Outras
passagens, citadas pelos que defendem essa hipótese, são: Ap
7:14: “Respondi-lhe: Senhor, tu o sabes.
Disse-me ele: Estes são os que vieram da grande tribulação, e
lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro”
e 1 Co15:52: “Num momento, num abrir e
fechar de olhos, ao soar a última trombeta. Pois a trombeta soará,
e os mortos ressurgirão incorruptíveis, e nós seremos
transformados”.
A
Bíblia não apoia esse ponto de vista.
A palavra tribulação é usada em dois sentidos na Bíblia: como
provação, aflição, pelo fato do crente estar no mundo, conforme
Rm
5:3. “Não
somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo
que a tribulação produz perseverança”.
A palavra “tribulações” é sinônimo
de sofrimentos, como aliás aparece na NIV.
O
sofrimento resultante da fúria satânica contra nós, dentro dos
limites da permissão divina, só pode fortalecer a nossa fé e nos
levar à maturidade espiritual, pois “todas
as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que
são chamados segundo o seu propósito”
(Rm
8:28)
É
nesse sentido que o apóstolo Paulo afirma mais adiante na mesma
Carta aos Romanos, “que
somos mais do que vencedores em todas estas coisas: tribulação,
angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada”
(Rm
8:35-37).
O
outro sentido em que a palavra tribulação é usada na Bíblia é
que se refere de fato a um período distinto de castigo, quando a ira
divina será derramada sobre a Terra. Os salvos não estão debaixo
da ira divina.
Todos
os que creram em Cristo e estão firmados nEle,
estão debaixo da graça e não da ira, pois essa ira divina Jesus
recebeu em nosso lugar, na cruz. É por
isso
que a Bíblia afirma: “Portanto,
agora nenhum a condenação há para os que estão em Cristo Jesus,
que não andam segundo a carne, m as segundo o Espírito”
(Rm
8:1).
Deus
purifica os crentes, não através do fogo da sua ira, mas através
do sangue de Jesus, como afirma a Palavra de Deus em 1 João
1:7-9 mas,
se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os
outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado.
8 Se
dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e
a verdade não está em nós.
9 Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar
os pecados e nos purificar de toda injustiça.
A
multidão dos salvos de Ap 7.14
não é a Igreja.
As
distinções são diversas, como podemos ver a seguir. Há distinção
entre judeus e gentios, ao passo que na Igreja não existe tal
distinção, conforme Ef 2:14:
“Pois
ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um, e destruiu a
parede de separação, a barreira de inimizade que estava no meio,
desfazendo na sua carne”.
Esses
salvos não são coroados, enquanto que a igreja sim, conforme
Apocalipse 4:4: “Ao
redor do trono também havia vinte e quatro tronos, e vi assentados
sobre os tronos vinte e quatro anciãos, vestidos de branco, que
tinham nas suas cabeças coroas de ouro”
Em
Apocalipse 7:15, vemos referência a dia e noite, ao passo que no céu
essas coisas não existem mais, conforme Ap 22:5:
“Ali
não haverá mais noite. Não necessitarão de luz de lâmpada, nem
da luz do sol, pois o Senhor Deus os iluminará. E reinarão para
todo o sempre”.
Servem
no Templo (v. 15),
o que é outro sinal de que pertencem à terra e não ao céu. A
Igreja não serve no Templo, como é o templo do Senhor. Eis as
passagens bíblicas:
(João
2:21); “Mas
ele falava do templo do seu corpo”
(1
Coríntios 3:17); “Se
alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; pois o
santuário de Deus, que sois vós, é sagrado”
(1Co
6:19); “Ou
não sabeis que o nosso corpo é santuário do Espírito Santo, que
habita em vós, proveniente de Deus?
Não
sois de vós mesmos”,
1
Coríntios 12:13,27. “Pois
todos nós fomos batizados em um só Espírito, formando um só
corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos
nós foi dado beber de um só Espírito. Ora, vós sois o corpo de
Cristo e, individualmente, membros desse corpo”.
Sombra ou templo indicam a terra (v. 15).
Os
anciãos e as criaturas viventes do capítulo 5 não tomam parte no
louvor. Fome, sede, sol, falam de condições terrenas. Há que
considerar, ainda, a presença do número quatro, que é favorito
nesse capítulo. Menciona-se quatro anjos, quatro ângulos, quatro
ventos (v. 1), 144.000 selados, ou seja 4 x 3.600 (v. 4); a grande
multidão é classificada em quatro grupos distintos (nações,
tribos, povos e línguas) (v. 9); há ainda quatro seres viventes
(v.11), e a menção de que quatro bênçãos serão dadas aos
redimidos: não terão fome, sede, o sol não cairá sobre eles nem
calor algum (v. 16).
O
número quatro relaciona-se sempre com os mistérios de Deus em
relação à terra. No Éden havia quatro rios (Gê 2:10),
e no mobiliário do tabernáculo esse número aparece cerca de uma
dezena de vezes. Há quatro reinos mundiais simbolizados por quatro
animais, e há quatro metais diferentes na profecia do capítulo dois
de Daniel. Esses fatos, e muitos outros, reforçam o argumento de que
os salvos no período de tribulação não são a Igreja.
Quem
serão então esse convertidos?
Serão
aqueles que acolherem o testemunho dos missionários israelitas e se
converterem. Serão chamados de ovelhas, em contraste com os bodes,
conforme Mt 25:33:
“Ele
porá as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda”. Em
nenhum lugar da Bíblia é dito que eles entrarão no céu...”
Esses
convertidos serão, no milênio,
como os levitas do Antigo Testamento, que serviam ao sacerdócio. A
Bíblia diz em 1 Pe 2:9
que a Igreja é um sacerdócio: “Mas
vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o
povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”
Scofield é da mesma opinião: “Estes não pertencem ao sacerdócio,
à Igreja, com o qual parecem ter um a relação semelhante a dos
levitas com os sacerdotes, debaixo do Pacto Mosaico”.
Assim
como no tempo da vigência da lei mosaica havia quatro grupos
distintos de povos, assim também ocorrerá no milênio.
a.
Os sacerdotes tipificam a
Igreja, os levitas tipificavam os convertidos no período de
tribulação e os santos do Antigo Testamento, o restante da nação
de Israel tipificava todo o Israel que se converterá por ocasião do
retorno de Cristo, e os gentios em geral tipificavam as nações que
participarão do reino milenial.
O
duplo significa d o das trombetas.
Os que argumentam que a Igreja
passará por todo o período de tribulação se servem da expressão
última trombeta, de 1Co 15:52, alegando que essa trombeta
anuncia o fim da tribulação e o início do reinado de Cristo no
milênio, conforme Ap 11:15. E tocou o
sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que
diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu
Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.
Mas as trombetas soavam em Israel
com finalidade totalmente oposta, que era a de reunir o povo de Deus
para o culto ou para a defesa militar. Nesse sentido, o soar da
trombeta para a Igreja significa que estaremos para sem pre com o
Senhor, conforme 1 Ts 4:17. Depois
nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles,
nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para
sempre com o Senhor.
O
argumento da meia-tribulação.
Esse argumento é bem parecido com
o anterior no que diz respeito à necessidade de se preparar para o
arrebatamento sob o governo do anticristo. Os que defendem essa
hipótese afirmam que a tribulação propriamente dita tem a duração
de apenas três anos e meio.
De fato, a última metade da semana
de tribulação será de sofrimento muito mais intenso, do que a
primeira parte, mas isso não quer dizer que todo o período não
seja de juízo divino. O “dia da vingança do
nosso Deus”, como profetizou Isaías (61:2), cobre todo o
período de sete anos.
O
argumento pré-tribulacionista.
A igreja será tirada antes.
Essa interpretação é hoje a mais aceita, e é a que está mais bem
fundamentada no contexto profético da Bíblia. O justo é levado
antes do mal:
Perece o
justo, e não há quem considere isso em meu coração: os homens
compassivos são retirados, sem que alguém considere que o justo é
levado antes que venha o mal” (Isaías 57:1). “Vigiai
em todo o tempo, e orai para que sejais havidos por dignos de escapar
de todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante
do Filho do homem” (Lucas 21:36).
O caso de Coré e seus
seguidores: O modo de Deus agir no passado mostra que da mesma
maneira Ele agirá no futuro. Vejamos o caso de Coré e seus
seguidores: Leia Nm 16.21-27. Apartai-vos
do meio desta congregação, para que eu, num momento, os possa
consumir. 22
Mas eles caíram com os rostos em terra, e disseram: Ó Deus, Deus
dos espíritos de toda a carne, pecará um só homem, e
indignar-te-ás tu contra toda esta congregação? 23
Respondeu o Senhor a Moisés: 24
Fala a toda esta congregação, dizendo: Subi do derredor da
habitação de Corá, Datã e Abirão. 25
Então Moisés levantou-se, e foi ter com Datã e Abirão; e
seguiram-nos os anciãos de Israel. 26
E falou à congregação, dizendo: Retirai-vos, peço-vos, das tendas
desses homens ímpios, e não toqueis nada do que é seu, para que
não pereçais em todos os seus pecados. 27
Subiram, pois, do derredor da habitação de Corá, Datã e Abirão.
E Datã e Abirão saíram, e se puseram à porta das suas tendas,
juntamente com suas mulheres, e seus filhos e seus pequeninos.
Noé é
guardado antes do diluvio: A Escritura Sagrada ensina que o
Dilúvio veio sobre a terra somente depois de Noé e sua família se
encontrarem abrigados dentro da arca, cuja porta foi logo fechada
pelo próprio Deus (Gê 7:1-16).
O juízo
sobre Sodoma e Gomorra: O castigo sobre Sodoma e Gomorra só veio
depois de Ló e seus familiares terem abandonado essas cidades (Gê
19:15-22). Assim, de modo semelhante, os terríveis juízos divinos
só virão sobre este mundo depois da transladação de todos os
crentes.
Em se
tratando da manifestação da ira divina, esta não poderá atingir a
Igreja, que foi redimida pelo precioso sangue de Cristo. Para os
crentes cessou o motivo da ira de Deus, por isso que nenhum a
condenação há para os que estão em Cristo Jesus Rm
8:1. Agora, pois, nenhuma condenação há
para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne,
mas segundo o Espírito.
O missionário
Eurico Bergstén escreveu: “O que a Palavra de Deus diz é que nós
seremos salvos da ira futurá (1 Ts 1:10) e que Deus não nos
destinou à ira,
mas à
aquisição da salvação (1 Ts 5:9-10).
A grande
tribulação é, na palavra profética, figurada como a noite (1 Ts
5:4-6 Mas vós, irmãos, não estais em trevas,
para que aquele dia, como ladrão, vos surpreenda; 5
porque todos vós sois filhos da luz e filhos
do dia; nós não somos da noite nem das trevas; 6 não
durmamos, pois, como os demais, antes vigiemos e sejamos sóbrios).
Mas a mesma
passagem diz que os crentes não são da noite, mas filhos do dia,
filhos da luz. “Nós, portanto, não esperamos o anticristo, mas a
Cristo. “Nós não esperamos a grande tribulação (a noite), mas a
vinda de Jesus” 2 Pedro 1:19. Temos,
assim, uma palavra profética tanto mais firme, à qual fazeis bem em
atendê-la, como a uma luz que brilha em lugar escuro, até que o dia
amanheça e a estrela da alva apareça em vossos corações;
Apocalipse
22:16. Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos
testificar estas coisas a favor das igrejas. Eu sou a raiz e a
geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã.
A Palavra de
Deus nos dá a promessa de podermos escapar dessas coisas (Lucas
21:36). Lemos em Isaías 57:1. que o “justo é
levado antes do mal”. Graças a Deus. A Igreja fiel,
representada na terra pela igreja de Filadélfia, Je sus disse:
“Porque guardaste a palavra da minha
paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de
vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra”
(Apocalipse 3.10).
O mesmo Jesus
advertiu seus discípulos: “Ora, quando estas
coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas
cabeças, porque a vossa redenção está próxima” (Lucas
21.28). O modo de Deus agir no passado mostra claramente que a
Igreja não estará neste mundo durante a grande tribulação, mas
será tirada antes.
Autor: Pr
Abarão de Almeida.
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