O Almejado Reino Vindouro.
Texto
Básico: 1 Co 15.48-58.
Texto Básico: Ap 20.6.
Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte
na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda
morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele
durante os mil anos.
Introdução:
A palavra “milênio”, registrada seis vezes o capítulo 20
de Apocalipse, significa “mil anos” e corresponde ao tempo do
reinado de Cristo aqui na Terra. Embora alguns procurem negar esse
ensino bíblico, ele tem raízes profundas na palavra de Deus, como
veremos a seguir na análise das dispensações e dos pactos.
Várias
teorias negadoras do Milênio podem ser refutadas com apenas este
versículos: Bem-aventurado e santo é aquele
que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder
a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e
reinarão com ele durante os mil anos.
Ap 20.6.
1.
Teoria: A
primeira teoria eliminada por este texto
é a de que os mil anos serão para os anjos, e não para os remidos.
Onde provar, nas Escrituras, uma ressurreição de anjos? Mesmo que o
termo aqui usado como ressurreição fosse entendido como
“regeneração”,
ele não poderia ser aplicado aos anjos, pois a Bíblia não faz
nenhuma referência à regeneração da anjos. Portanto, os que
reinarão com Cristo serão os crentes, os santos, os que forem
ressuscitados na primeira ressurreição e os que forem transformados
por ocasião do arrebatamento da Igreja.
2.
Teoria: A
segunda teoria refutada é a que coloca o Milênio no passado, na
Idade Média, por exemplo, quando o papado reinou com grande poderio.
Ao afirmar que os santos reinarão com
cristo durante mil anos, a Bíblia ensina que tais santos possuirão
corpos glorificados, pois é impossível, na presente dispensação,
que alguém possa viver mil anos.
E
se o texto bíblico refere-se a pessoas
com corpos glorificados, o tempo desse reinado só poderá ser depois
da primeira ressurreição. 1 Co
15.50. Mas
digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de
Deus; nem a corrupção herda a incorrupção.
51.
Eis que vos digo um mistério: Nem todos
dormiremos mas todos seremos transformados,
52 num
momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta;
porque a trombeta soará, os mortos serão ressuscitados
incorruptíveis, e nós seremos transformados.
53
Porque é necessário que isto que é
corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é
mortal se revista da imortalidade. 54
Mas, quando isto que é corruptível se
revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da
imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita:
Tragada foi a morte na vitória. 55
Onde está, ó morte, a tua vitória?
Onde está, ó cova, o teu aguilhão?
Torna-se
evidente, também, que o Milênio não terá lugar antes do retorno
de Cristo. Está escrito que somente receberemos a coroa de glória
quando aparecer nosso Sumo Pastor 1 Pe 5.4. E,
quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa
da glória. E ninguém recebe coroa depois de reinar, mas sim,
para reinar.
3.
Teoria: Não apoiada pela Bíblia é a que considera o Milênio
como um fato presente, como Jesus assentado e reinando no seu trono
de glória. As Escrituras ensinam claramente que Jesus está hoje
assentado à destra do Pai, aguardando o momento de sua volta. Ele se
assentará no trono de Davi somente depois que seus inimigos forem
colocados por escabelos de seus pés Salmos 110.1. Disse
o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu
ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. Zc 8.3.
Assim diz o Senhor: Voltarei para Sião, e
habitarei no meio de Jerusalém; e Jerusalém chamar-se-á a cidade
da verdade, e o monte do Senhor dos exércitos o monte santo.
Ap 20.7-14.
4.
Teoria: Ensina que o Milênio será no céu e não na terra. A
Palavra de Deus é clara: Ap 5.10. “E
para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão
sobre a terra” .Ap 2.26. Ao que
vencer e guardar as minhas obras até o fim, eu lhe darei poder sobre
as nações,
Na
profecia dos reinos mundiais, a Pedra cortada sem mãos feriu a
estátua nos pés, de sorte que esta foi esmiuçada, mas a Pedra “se
fez um grande monte, e encheu toda a terra” Dn 2.35.
Então
foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o
ouro, os quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o
vento os levou, e não se podia achar nenhum vestígio deles; a
pedra, porém, que feriu a estátua se tornou uma grande montanha, e
encheu toda a terra.
O Milênio terá fim, mas os
novos céus e a nova terra jamais acabarão, e durarão por toda a
eternidade.
Eventos
precursores do milênio:
Três
grandes eventos, entre outros, hão de preceder o estabelecimento
do reino milenial na terra:
Em
primeiro lugar: O
arrebatamento da Igreja, a restauração de israel e o julgamento das
nações. O primeiro desses importantes acontecimentos ou seja, a
glorificação da igreja, ocorrerá sete anos antes do retorno de
Cristo em Glória. Esses
sete anos correspondem à última semana de Daniel, durante a qual se
manifestará o anticisto
em toda o seu poderio, levando
o mundo a profundo caos que culminará na batalha do Armagedom.
Enquanto
essas coisas estiverem acontecendo aqui na terra, os crentes passarão
pelo Tribunal de Cristo para receberem a sua recompensa e
participarão das bodas do Cordeiro, a grande festa do casamento de
Jesus coma Igreja trunfante. 2 Co 5.10.
Porque
é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal
de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo,
segundo o que praticou, o bem ou o mal.
1
Pe 4.17. Porque
já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se começa
por nós, qual será o fim daqueles que desobedecem ao evangelho de
Deus?
Ap
19.7-9. Regozijemo-nos,
e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do
Cordeiro, e já a sua noiva se preparou,
8 e
foi-lhe permitido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro;
pois o linho fino são as obras justas dos santos.
9 E
disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia
das bodas do Cordeiro. Disse-me ainda: Estas são as verdadeiras
palavras de Deus.
A plena
restauração do povo de Israel ocorrerá no auge da sua aflição,
quando tudo parecer perdido diante de inimigos humanamente
invencíveis. As pressões mundiais contra os judeus, cada vez mais
forte, se encarregarão de unir esse povo, não apenas em trono de
suas milenares tradições, mas principalmente, em trono das
misericórdias divinas e das promessas de Deus relativas a Terra
Santa. Israel, que desde o arrebatamento da igreja será o alvo das
atenções e bençãos divinas, compreenderá as razões de seu
regresso à Palestina e se converterá como nação ao Senhor.
Essa
conversão por que passará o povo judeu terá início entre as
nações “em lugar remoto” Zc 10.8-10.
Eu
lhes assobiarei, e os ajuntarei, porque os tenho remido; e
multiplicar-se-ão como dantes se multiplicavam.
9 Ainda
que os espalhei entre os povos, eles se lembrarão de mim em terras
remotas; e, com seus filhos, viverão e voltarão.
10 Pois
eu os farei voltar da terra do Egito, e os congregarei da Assíria; e
trálos-ei à terra de Gileade e do Líbano; e não se achará lugar
bastante para eles.
E
se consumará na Palestina, quando Jesus descer sobre o Monte das
Oliveiras com poder e grande glória. Como
a Pedra cortada sem mãos, que feriu a estátua nos pés e a destruiu
totalmente Dn 2.34-35, 45.
Assim
Jesus “desfará pelo assopro da sua boca”
o anticristo e todos os
reinos deste mundo,
inaugurando então um reino que “será estabelecido para sempre”
v44. Mas,
nos dias desses reis, o Deus do céu suscitará um reino que não
será jamais destruído; nem passará a soberania deste reino a outro
povo; mas esmiuçará e consumirá todos esses reinos, e subsistirá
para sempre.
O
Terceiro grande
evento pré-milenial será o julgamento das nações. Jesus
assentar-se-á no seu trono de glória. No Vale de Josafá, tendo
todas as nações diante dEle reunidas Jl 3.12-14.
Suscitem-se
as nações, e subam ao vale de Jeosafá; pois ali me assentarei,
para julgar todas as nações em redor.
13 Lançai
a foice, porque já está madura a seara; vinde, descei, porque o
lagar está cheio, os vasos dos lagares trasbordam, porquanto a sua
malícia é grande. 14
Multidões,
multidões no vale da decisão! Porque o dia do Senhor está perto,
no vale da decisão.
Mt 24.30-31. Então
aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da
terra se lamentarão, e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens
do céu, com poder e grande glória. 31 E
ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais
lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra
extremidade dos céus.
É
evidente dente que essas
nações ali estarão representadas por seus ministros e exércitos.
As nações serão julgadas coletivamente, pela maneira como trataram
o povo de Israel. A base desse julgamento está em Gn 12.3.
Abençoarei
aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e
em ti serão benditas todas as famílias da terra.
A
dispensação do Reino.
A Bíblia
fala de sete dispensações, das quais cinco já passaram:
a. Inocência
- o homem inocente, colocado num ambiente ideal, sujeito a uma prova
simples. Gn 1.28.
b.
Consciência - com a queda, o homem passou a possuir um
conhecimento pessoal e experimental do bem e do mal, assumindo,
então, a responsabilidade da prática do mal. Gn 3.23.
c. Governo
humano – com o fracasso do homem durante a segunda dispensação,
e depois do juízo do Dilúvio, Deus faz um pacto com Noé,
instituindo o governo do homem. Gn 8.21.
d. Promessa
– esta dispensação Gn 12.1, de caráter puramente israelita,
estende-se de Gn 12.1 até Êx 19.8, quando, então se inicia a
dispensação da Lei.
e. Lei –
que durou do Sinai ao Calvário.
A sexta
dispensação, denomina da Graça de Deus Jo 1.17., e o tempo
presente, quando a bondade de Deus se manifesta em favor de todos os
homens através de Cristo Tt 3.4-5.
A Graça
se expressa constantemente em contraste com a Lei ordena
ao homem que obtenha a benção como uma recompensa, a Graça
é uma dádiva divina estendida gratuitamente ao pecador Dt 28.1-6;
Ef 2.8.
Finalmente, a
sétima e última dispensação é a do Reino de Cristo aqui
na Terra Ef 1.10., conforme foi solenemente pactuado com Davi:
Sl
89.35-37. Uma vez para sempre jurei por
minha santidade; não mentirei a Davi. 36 A
sua descendência subsistirá para sempre, e o seu trono será como o
sol diante de mim; 37 será
estabelecido para sempre como a lua, e ficará firme enquanto o céu
durar. 2 Sm 7.8-17; Ez 37.24-28; Zc 12.8; Lc 1.31-33.; 1 Co
15.24-25.
Nesse
glorioso reino de Cristo, terá terminado definitivamente o tempo da
opressão e do governo humano: Is 11.3-4. E
deleitar-se-á no temor do Senhor; e não julgará segundo a vista
dos seus olhos, nem decidirá segundo o ouvir dos seus ouvidos; 4
mas julgará com justiça os pobres, e decidirá
com equidade em defesa dos mansos da terra; e ferirá a terra com a
vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio.
O Milênio,
como a última época divinamente ordenada para a provação humana
aqui na terra, terminará em juízo Mt 25.31-46; Atos 16.30-31; Ap
20.7-15.
Pela última
vez o homem estará sendo posto à prova, sob condições as mais
favoráveis possíveis, quando o tempo de duro trabalho termina em
descanso e galardão. 2 Ts 1.6-7. se de
fato é justo diante de Deus que ele dê em paga tribulação aos que
vos atribulam, 7 e a vós, que
sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se
manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder em chama de fogo,
Quando o
sofrimento dá lugar à glória Rm 8.17-18. e,
se filhos, também herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com
Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele
sejamos glorificados. 18 Pois
tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem
comparar com a glória que em nós há de ser revelada.
Quando a
cegueira espiritual e o castigo terminam em restauração e conversão
Rm 11.25-27. Ez 39.28-29;
Quando os
tempos dos gentios terminam coma destruição da imagem e do
estabelecimento do reino dos céus Dn 2.34-35; Ap 19.15-21.
Quando a
servidão da criação termina na sua libertação e na manifestação
dos filhos de Deus Gn 3.17; Is 11.6-8; Rm 8.19-21.
A Aliança
do Reino de Cristo.
O milênio
será também o cumprimento do pacto que Deus fez com Davi, de que
não faltaria herdeiro deste no trono de Israel. A Bíblia fala de
oito pactos ou alianças:
a. A
aliança edênica – regulou a vida humana em seu estado de
inocência. Gn 1.26-28.
b. A
aliança adâmica – contém as normas de vida para o homem
caído e promete a vinda do Redentor, Gn 3.14-19.
c. A
aliança noélica – estabelece, com Noé, o princípio do
governo humano.
d. A
aliança abraâmica - estabelece a nação isralita e confirma a
promessa adâmica de redenção. Gn 15.18.
e. A
aliança mosaica – condena todos os homens como pecadores. Êx
19.25.
f. A
aliança palestínica – garante a restauração e a conversão
final de Israel e sobre todos os povos durante o milênio Zc 18.8;
Atos 15.14-17.
g. A
sétima aliança - foi feita com Davi e estabelece a
perpetuidade da família e do reino de Davi. Cristo é o Rei que
reinará sobre Israel e sobre todos os povos durante o milênio.
h. A
oitava aliança – também chamada nova aliança Jr 31.31; Hb
8.8,12. está baseada no sacrifício de Cristo e garante a benção
eterna a todo aquele que crê 1 Co 11.25. Essa aliança é o
cumprimento daquele feito com Abraão Gl 3.13-19.
É uma
aliança incondicional e de caráter final e irrevogável: Jo 3.36.
Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que,
porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele
permanece a ira de Deus.
Convém
salientar que a pessoa de Cristo é proeminente em todas essas
alianças: Na aliança edênica, Ele é o último Adão (1 Co
15:45-47 Assim também está escrito: O
primeiro homem, Adão, tornou-se alma vivente; o último Adão,
espírito vivificante. 46 Mas não
é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois o espiritual.
47 O primeiro homem, é da terra,
terreno; o segundo homem é o Senhor do céu.), que assume o
lugar de supremacia sobre todas as coisas perdidas pelo nosso
primeiro pai; na segunda aliança, Ele é a “semente” da
mulher que cumpre as condições de trabalho e obediência impostas
ao homem.
Gênesis
3:15. Porei inimizade entre ti e a mulher, e
entre a tua descendência e o descendente dela; este te ferirá a
cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
Marcos 6:3.
Não é este o carpinteiro, filho de Maria,
irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E não estão aqui
entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se dele.
João 12:31.
Agora é o juízo deste mundo; agora será
expulso o príncipe deste mundo.
Gálatas
4:4-5. mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus
enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei, 5
para resgatar os que estavam debaixo de
lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.
Na
terceira aliança, Jesus é o maior dentre os descendentes de Sem
(Gênesis 9:1; Cl 2:9);
Na
quarta, é a semente de Abraão, obediente até a morte, e o
objeto das promessas divinas (Génesis 22:18; Gálatas 3:16;
Filipenses 2:8).
Na quinta
aliança, Cristo viveu sem pecado debaixo da aliança mosaica e
levou sobre si mesmo a maldição da Lei (Gálatas 3:10-13);
Na
sexta, Ele viveu obedientemente como um judeu na Palestina,
debaixo da aliança cujas promessas de bênçãos se cumprirão no
futuro (Deuteronômio 28:1-30);
Na
sétima aliança, Ele é o rebento e renovo do trono de Jessé, o
herdeiro e o Rei (Isaías 11:1; Lucas 1:31-33).
Na oitava
e última aliança, Jesus é o “Cordeiro de Deus que tira o pecado
do mundo” (João 1:29).
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