O PLANO DE DEUS E A ELEIÇÃO


 
O PLANO DE DEUS E A ELEIÇÃO

Texto Áureo: Efésios 1.3-14.p

Texto Devocional: 1 Pedro 1.2. Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas.

Definição da salvação: É a aplicação por Deus da obra expiatória de Cristo na vida do (homem) que nele deposita sua confiança.

Introdução: Salvação planejada são as decisões tomadas por Deus na eternidade passada.

  1. O PLANO DE DEUS
  1. O tempo – Antes da fundação do mundo. Ef 1.3-5. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo, 4 como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, 5 e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.
  1. A Base – A presciência de Deus. 1 Pe 1.2. eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas. Deus elaborou este plano baseado em sua presciência (Presciência é o aspecto da onisciência de Deus que diz respeito ao futuro). Por sua presciência Deus sabia que o homem aceitaria a salvação por Ele oferecida. Deus planejou coisas que ainda vão acontecer por que conhece todas as coisas.
  1. O Modo - A morte de um cordeiro inocente. Ap 13.8. (A besta que subiu do mar) E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. No plano elaborado por Deus um ser inocente tinha quer morrer em lugar do pecador. Sabemos que Jesus morreu a quase dois mil anos, porém no plano de Deus Ele já estava designado para morrer. Pois o modo pelo qual Deus salvaria o pecador e continuaria sendo justo, é que alguém pagasse a pena do pecado para que o pecador pudesse ser salvo por Deus.
  1. ELEIÇÃO.

Em hebraico é báhar (rhb) significa – selecionar deliberadamente a alguém ou alguma coisa depois de considerar cuidadosamente as alternativas necessárias.

Em grego Ekaoye significa – Eleição, escolha e Ekaektoç – eleito, escolhido; seleto e superior, preeminente.

Definição: É aquele ato soberano de Deus em graça, pelo qual Ele escolheu em Jesus Cristo para a salvação todos aqueles que de antemão sabia que o aceitariam. 2 Tm 2.19 Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.

  1. Eleição é uma doutrina Bíblica.

Isto podemos ver pela quantidade de vezes em que é empregado o termo escolhido ou eleito.

Mt 24.22. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias.
Mc 13.27; Lc 18.7; Rm 8.33; Rm 15.11; Ef 1.4-5; Ef 1.11; Cl 3.12; 1 Ts 1.4; 2 Ts 2.13; 2 Tm 2.10; Tt 1.1; 1 Pe 1.2; 1 Pe 5.13; 2 Pe 1.10.

  1. A chave para compreensão da doutrina da eleição.

  1. A presciência de Deus. 1 Pe 1.2. eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas. Esta é a chave para compreendermos a doutrina da eleição. Muitos não conseguem entender ou desconhecem as decisões tomadas por Deus na eternidade passada, porque não conhecem sua presciência (onisciência). Deus não elegeu ninguém sem saber de suas decisões futuras. Deus nos elegeu por que sabia quais as nossas decisões para com Ele.

O discurso de Pedro ele declara: Atos 2.23. A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos. Este texto deixa claro que as determinações dos conselhos de Deus estão relacionadas com sua presciência.

Por sua presciência Deus sabe quem vai aceitar sua oferta de salvação e quem vai rejeitar essa oferta. É baseado em sua presciência que Deus elegeu para a salvação a todos os que sabiam que aceitariam sua oferta e perseverariam até o fim. Ap 3.10. Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.

  1. A Presciência de Deus é Total, o Determinismo não.
Vale salientar a diferença entre conhecer e determinar alguma coisa. Deus sabe todas as coisas, mas Ele não determinou todas as coisas.
Exemplo: Deus sabia que Lúcifer se rebelaria, mas não determinou que ele fizesse isso. Deus sabia que na história da humanidade haveria guerras, mas não determinou que houvesse. Deus sabia que Hitler mataria seis milhões de Judeus, mas Ele não determinou isso.

Posso continuar citando exemplos, mas creio que estes já bastam: Existem outras coisas e que não são poucas as que Deus determinou, dentre elas, uma muito especial a morte de Cristo por nós, isso sim foi determinismo de Deus.

Um exemplo disso é o juízo final At 17.31. Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos.

  1. A Eleição é de Deus.

1 Ts 1.4. Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus; Sl 100.3. Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas do seu pasto. Deus é o autor de eleição. Ele nos escolheu para si no seu tempo (Eternidade passada) e nós o escolhemos para nós em nosso tempo (Presente). Foi uma escolha mútua que difere na questão ordem e tempo. Deus nos escolheu primeiro para sempre Dele, e nós o escolhemos depois para que Ele seja o nosso Deus. Sabendo que a iniciativa é sempre de Deus, porém a resposta é um direito nosso. (1 Tm 2.4. Que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade).

  1. O propósito da Eleição.
  1. Eleitos para a salvação:

2 Ts 2.13 Mas devemos sempre dar graças a Deus, por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito e fé da verdade.
2 Pe 1.10. Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis.

Devemos mostra ao mundo que somos eleitos de Deus através de vida digna de quem foi eleito.

  1. Eleitos para a Obediência.

1 Pe 1.2. Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas.

A obediência revela a nossa eleição. Quem é desobediente não pode dizer que é eleito. Assim como um jogador de futebol é escolhido para jogar e fazer o que o treinador quer, assim os crentes foram eleitos para fazer a vontade Deus

  1. Eleitos para produzir frutos.

Jo 15.16. Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.

O desejo de Deus é quer, aquele que Ele escolheu frutifique em tudo o que é bom, e este fruto deve permanecer.

  1. A eleição, a soberania de Deus e o livre arbítrio.

Os estudiosos veem a doutrina da eleição por dois lados: O lado da soberania de Deus e o lado do livre-arbítrio humano, dependendo do princípio de onde partimos para estudar a doutrina da eleição, nossa conclusão será que a eleição é um ato em que Deus escolheu uns e rejeitou outros ou que Ele viu antecipadamente as decisões de cada um e fez a eleição baseado neste conhecimento prévio do ser humano, a onisciência de Deus.

  1. A soberania de Deus. Os estudiosos que partem da soberania de Deus chegam à conclusão de que Deus elegeu a quem quis, e nisto não há injustiça alguma, pois Ele é soberano. Eles, porém não leva em conta o livre-arbítrio do homem concedido pelo próprio Deus.

  1. O livre-arbítrio. Os estudiosos que partem do livre-arbítrio chegam a conclusão de que Deus escolheu por causa das obras dos homens, e tendem a esquecer de Deus como o livre-arbítrio do homem. Concluímos, pois que Deus em sua soberania pode eleger a quem quiser, porém em sua justiça elegeu a todos que de antemão sabia que aceitariam a sua oferta de salvação.

Conclusão. Deus em sua soberania resolveu o homem de liberdade de escolha e esta não anula sua soberania pelo contrário a enaltece ainda mais, pois Deus podendo mandar em todos e não ter problema nenhum, dá liberdade ao homem de escolher entre fazer ao não a Sua vontade. É isto que eu considero soberania. Não devemos confundir soberania com tirania. Deus em sua soberania resolveu salvar o homem perdido, Ele não tinha obrigação de salvador a ninguém, mas por seu amor resolveu salvador a todos os que de antemão sabia que aceitariam sua oferta de amor. Isto no meu entender é o que mais se harmoniza com a justiça de Deus.

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