O Melhor Lugar da Terra



O Melhor Lugar da Terra.

Texto Básico: Isaías 49.1-16.
Texto Devocional: Isaías 49.16. Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei; os teus muros estão continuamente diante de mim.

Introdução:

A Garantia do Eterno a Sião,

1. O Advento de um Redentor: (49.1-13) Aqui o Messias é introduzido como se ele próprio estivesse falando e relatando o objetivo da sua missão, com seu trabalho amoroso perdido, seu senso de fracasso compreendido, mas confiando na recompensa divina final.

a) O Servo que fala (49.1-4). Escutai vós, povos de longe (1). O mundo inteiro está sendo convocado para ouvir o que essa Pessoa diz acerca da sua missão e destino. Assim, Ele fala como um Missionário do eterno Deus, chamado desde a sua concepção (1), estabelecido como uma espada da verdade e uma flecha afiada da convicção (2), chamado de meu servo [...] Israel, e designado para ser a fonte da glória de Deus (3). Com sua vida, integralmente sob o controle de Deus, Ele recebe a certeza de que, embora seu trabalho pareça inútil e suas forças sejam gastas vãmente, o seu galardão está com o seu Deus, em quem se pode confiar em todos os seus desígnios (4).

O retrato de Jesus dificilmente poderia ter sido antecipado com detalhes mais marcantes. Isaías fala que Ele foi chamado desde o ventre (1), indicando, dessa forma, seu nascimento miraculoso como Filho de Deus, que recebeu o nome antes do seu nascimento, de acordo com o que o mensageiro angelical anunciou aos seus pais terrenos.

Sua boca era como uma espada aguda (2) que expressa palavras inspiradas pelo Espírito Santo, palavras que tanto ferem como curam. Ele foi escondido no Egito, debaixo da sombra da mão divina, onde estava seguro da ira de Herodes. Ele foi feito como uma flecha polida quanto ao seu discernimento eficaz e hábil (o hb. usa as mesmas consoantes da palavra que significa “puro ou limpo”).

Deus o manteve próximo na sua aljava em Nazaré durante aquele período de treinamento calmo e sereno antes da apresentação divina no rio Jordão. Lá, Ele foi introduzido como Aquele que agradava a Deus, seu servo ideal, Israel, aquele por quem Deus será glorificado Mt 17.5. Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e dela saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. (v.3 e me disse: Tu és meu servo; és Israel, por quem hei de ser glorificado). No entanto, seu trabalho parecia inútil (4), como se tivesse gastado suas forças em vão. No entanto, Ele confiou seu trabalho a Deus em sua oração sacerdotal final no cenáculo (Jo 17).

b) O Soberano que fala (49.5-6). A comissão do Servo é agora vista como de alguém que é honrado (glorificado) por Deus e que o escolheu antes do nascimento (5) para ser o Restaurador de Jacó e o Redentor de Israel. No entanto, sua comissão não está limitada a uma única nação, porque seria uma obra pequena demais redimir somente as tribos de Jacó. Por isso, a promessa do Eterno é a seguinte: Sim, diz ele: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os preservados de Israel; também te porei para luz das nações, para seres a minha salvação até a extremidade da terra. v.6. O programa da salvação inclui o mundo perdido e envolve uma expiação universal.

c) Consolação diante do desprezo (49.7 v.7 Assim diz o Senhor, o Redentor de Israel, e o seu Santo, ao que é desprezado dos homens, ao que é aborrecido das nações, ao servo dos tiranos: Os reis o verão e se levantarão, como também os príncipes, e eles te adorarão, por amor do Senhor, que é fiel, e do Santo de Israel, que te escolheu). Aqui temos a palavra de encorajamento do Eterno ao seu Servo desprezado. O que foi considerado uma alma desprezível, abomina do pela sua nação, um escravo de déspotas, receberá homenagens de reis.

Ninguém foi tão rejeitado quanto Jesus de Nazaré. Ele foi condenado pela suprema corte dos seus dias; publicamente acusado pelos líderes da sua nação; e sob a instigação de uma multidão amotinada, foi executado como um criminoso comum da forma mais vergonhosa e vil conhecida (Lc 23.18-23 Mas todos clamaram à uma, dizendo: Fora com este, e solta-nos Barrabás! 19 Ora, Barrabás fora lançado na prisão por causa de uma sedição feita na cidade, e de um homicídio. 20 Mais uma vez, pois, falou-lhes Pilatos, querendo soltar a Jesus. 21 Eles, porém, bradavam, dizendo: Crucifica-o! Crucifica-o! 22 Falou-lhes, então, pela terceira vez: Pois, que mal fez ele? Não achei nele nenhuma culpa digna de morte. Castigá-lo-ei, pois, e o soltarei. 23 Mas eles instavam com grandes brados, pedindo que fosse crucificado. E prevaleceram seus clamores e os dos principais sacerdotes.). O nome comum pelo qual é conhecido nos escritos judaicos é Tolvi — “o crucificado”, e entre pecadores judeus e gentios nada levanta mais polêmica do que o pensamento de que eles e todos os outros somente podem ser salvos pelos méritos do “Crucificado”. Mas Deus, que é fiel no cumprimento das suas promessas, escolheu esse Servo e por meio dele proveu a salvação (At 4.12 E não há salvação em nenhum outro; porque nenhum outro nome há debaixo do céu, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.) Que irônico, de quem mais eles repudiavam, vem a salvação! Mt 11.6. E bem-aventurado é aquele que não se escandalizar em mim.

d) Comissionado como Salvador (49.8-12). Nessa passagem, é anunciado um tempo de perdão através da atuação do Servo a quem Deus preparou como um Mediador da aliança com o povo. Certamente será o dia da salvação (v. 8 Assim diz o Senhor: No tempo aceitável te ouvi, e no dia da salvação te ajudei; e te guardarei, e te darei por pacto do povo, para restaurares a terra, e lhe dares em herança as herdades assoladas;). O país devastado será restaurado e as terras confiscadas distribuídas novamente. Homens que estão presos na escuridão serão postos em liberdade. Eles novamente verão a luz enquanto o Servo anuncia a eles “um novo êxodo” (v. 9a para dizeres aos presos: Saí; e aos que estão em trevas: Aparecei;). Foi por meio de uma garantia como essa que o Servo divino recebeu confiança e força. Mt 28.18. E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.

Assim, o misericordioso pastor lê as promessas de Deus para os que estão voltando para a sua pátria. Eles encontrarão pasto abundante nos lugares altos. Eles serão protegidos do sol e de ventos quentes. Eles serão guiados aos mananciais das águas. Os montes serão para eles como caminhos, enquanto voltam para casa do Norte e do Sul, do Ocidente e do Oriente até o distante país da China (9b-12) para dizeres aos presos: Saí; e aos que estão em trevas: Aparecei; eles pastarão nos caminhos, e em todos os altos desnudados haverá o seu pasto. 10 Nunca terão fome nem sede; não os afligirá nem a calma nem o sol; porque o que se compadece deles os guiará, e os conduzirá mansamente aos mananciais das águas. 11 Farei de todos os meus montes um caminho; e as minhas estradas serão exaltadas. 12 Eis que estes virão de longe, e eis que aqueles do Norte e do Ocidente, e aqueles outros da terra de Sinim).

e) Exultação em decorrência da consolação (49.13 v.13 Cantai, ó céus, e exulta, ó terra, e vós, montes, estalai de júbilo, porque o Senhor consolou o seu povo, e se compadeceu dos seus aflitos.). “Aqui, mais uma vez, a liberdade gloriosa dos filhos de Deus aparece como o centro e foco através da qual o mundo todo é glorificado”. Esses interlúdios de exultação são característicos de Isaías, como vimos anteriormente.

Gritem de alegria, ó céus, regozije-se ó terra!
Irrompam em canção, ó montes!
Pois o S e n h o r consola o seu povo
E terá compaixão de seus afligidos (NVI).

2. A Certeza da Redenção (49.14-26) Isaías está bastante seguro de que Deus não se esqueceu de Sião, por isso, ela não deve lamentar como se fosse uma esposa abandonada pelo seu marido ou como uma mãe privada de filhos.

a) Sião não foi esquecida (49.14-18). Como uma mãe não pode se esquecer do seu bebê que ainda mama (v.15 Pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti), assim Deus não se esquecerá da imagem de Sião gravada na palma das suas mãos (v.16 Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei; os teus muros estão continuamente diante de mim). Certamente chegou o tempo em que os construtores expulsarão os seus destruidores (v.17 Os teus filhos pressurosamente virão; mas os teus destruidores e os teus assoladores sairão do meio de ti). Sião será adornada com novos moradores como uma noiva ornamentada (v.18 Levanta os teus olhos ao redor, e olha; todos estes que se ajuntam vêm ter contigo. Vivo eu, diz o Senhor, que de todos estes te vestirás, como dum ornamento, e te cingirás deles como a noiva). Deus nunca esquece! A queixa de Sião suscitou a amorosa repreensão do Senhor. Mesmo que uma mãe possa se esquecer do seu filho, Deus tem gravado os muros de Sião na palma das suas mãos (v.16). Desta forma, o tempo de reconstrução chegou, e o plano para os seus muros está completo.

b) A terra desolada será repovoada (49.19-21). Na verdade, as bênçãos de Deus serão um embaraço para Sião. Porque essas bênçãos serão tão abundantes que ela não conseguirá contê-las nem explicá-las. A terra (v.19 Pois quanto aos teus desertos, e lugares desolados, e à tua terra destruída, serás agora estreita demais para os moradores, e os que te devoravam se afastarão para longe de ti.) renascida estará logo superpovoada com filhos nascidos no tempo da sua privação. A cidade de Sião já não estará sozinha nem será estéril.

Essa profecia está agora sendo cumprida, porque os moradores do Israel moderno estão cientes de que a terra é pequena demais para eles (20 quilômetros no seu ponto mais estreito, v. 20 Os filhos de que foste privada ainda dirão aos teus ouvidos: Muito estreito é para mim este lugar; dá-me espaço em que eu habite.), enquanto a afluência de imigrantes tem sido um embaraço constante para essa pequena nação.

c) Filhos da realeza (49.22-23). Isaías garante ao seu país despovoado que o Eterno sinalizará às novas gerações que ocupem o lugar daqueles que estão irremediavelmente perdidos. Eles retornarão debaixo da honra e proteção de criados reais, que agora beijarão os pés dos seus antigos escravos (limpando o pó que os cobria), como uma evidência certa da fidelidade do Senhor. Deus prepara para o Israel espiritual uma incontável posteridade. Diante do sinal divino, eles serão cuidados com reverência e congregados com afeto — muitos filhos de muitos países. Porque todo aquele que olhar para o Senhor jamais será desapontado.

d) A presa resgatada do tirano (49.24-26). Deus é mais forte do que o tirano e sabe como libertar os seus cativos. A estratégia divina simplesmente é colocar os seus inimigos uns contra os outros, e arrancar seu povo das mãos do tirano. Isso provará que Ele é o Salvador eterno e poderoso Redentor da humanidade. Ninguém debaterá o livramento miraculoso operado pela intervenção divina.

Conclusão:

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