Sete
promessas de Deus no Evangelho segundo João.
Texto
Básico: Isaías 1.19. Se
vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os melhores frutos
desta terra;
Introdução:
1.
Não
devemos se perder:
Jo 3.16-17. Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17
Porque
Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas
para que o mundo fosse salvo por ele.
Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna (16).
Esta é a primeira menção ao amor de Deus neste Evangelho. E um
tema dominante no livro, embora
pouco se fale até o capítulo 13.
Deus
amou o mundo de tal maneira. Aqui, novamente, está a ideia
do alcance universal. O evangelho é para todos os homens. Nenhum
deles está excluído. Isto descreve por que Deus fez o que fez.
Ele
amou! A palavra em grego é egapesen. Este é o amor que se move
pelos interesses do outro, sem pensar nos próprios interesses. E um
amor que deseja arriscar tudo por alguma vantagem para outra pessoa,
que não considera nenhum preço muito alto se outra pessoa puder
receber algum benefício. O tempo aoristo do verbo indica que o ato
de amor de Deus não é limitado pelo tempo e simultaneamente é
único e completo. E o amor absoluto!
Deu
o seu Filho unigênito.
Embora este ato seja muito mais frequentemente
descrito pelo verbo “enviar”
(e.g., 3.17,34; 6.29,38-40), aqui a ideia
enfatizada é a do presente de Deus para o homem (cf. 4.10). Outra
vez, o tempo do verbo dar se refere a um ato absoluto e completo (cf.
Hb 10.14). Ele deu o seu Filho unigênito,
ou seja, a Dádiva que era mais preciosa, e “o título ‘unigênito’
é acrescentado para destacar este conceito”.
...
Todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
As alternativas estão definidas. Elas são a vida e a morte! A
Dádiva de Deus tornou possível que o homem faça a escolha, a
resposta da fé. Os verbos perecer
e
ter
estão em tempos diferentes no original. O primeiro está em aoristo
e significa “de
uma vez por todas”,
expulso para a escuridão exterior. O último está no presente,
indicando uma vida eterna presente e duradoura.
2.
Não
temos ter mais sede:
Jo 4.14.
mas
aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo
contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água
que jorre para a vida eterna.
O
contraste entre a moda antiga, representada pela fonte de Jacó, e a
nova, a
água que eu lhe der
(14), é vívido e claro nas palavras de Jesus à mulher. A moda
antiga, da lei, dos profetas e especificamente a ênfase da
samaritana no Pentateuco não eram suficientes para satisfazer as
necessidades mais profundas dos homens. Qualquer
que beber desta água tornará a ter sede
(13). A mulher samaritana sabia muito bem que Jesus estava falando a
verdade a respeito dela.
Não
era apenas que ela vinha diariamente, durante anos, até a fonte de
Jacó para buscar água; o verdadeiro problema era que durante toda a
sua vida a sua religião não tinha matado a sede da sua alma
enfraquecida. Ela
continuava com sede mesmo bebendo dessa água (vida religiosa).
Muitas
pessoas fazem tudo o que a sua religião exige, mas, não tendo nunca
bebido daquele que é a Água Viva, sua vida não se modifica, e
assim continuam secas e infrutíferas.
A
promessa que Jesus faz à mulher é universal: Aquele
que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água
que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida
eterna
(14). Aqui está! O superlativo da vida oferecido a uma criatura
pecadora, necessitada, ignorante.
A
forma exterior é substituída por uma nova fonte interior. Os
tanques estagnados da alma são transformados em um poço que jorra
água em
um manancial.
A
alma enfraquecida e morta do homem passa a participar da “vida
eterna”.
A mulher pouco entendeu sobre a importância dessa promessa. Ainda
pensando em termos do seu monótono e morto mundo materialista, ela
respondeu: Senhor,
dá-me dessa água, para que não mais tenha sede e não venha aqui
tirá-la
(15). Ela teve um vislumbre de luz.
A
expressão para que não tenha mais sede pode ter sido mais do que
uma descrição de uma necessidade física de água. Jesus
estava dizendo apara aquela mulher é para a igreja de hoje; você
não precisará voltar a esse poço por causa da dua sede, pois eu
sou o rio que sai do trono de Deus.
3.
Não
entrarão em juízo:
Jo 5.24. Em
verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê
naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas
já passou da morte para a vida.
Estas
profundas ponderações teológicas são seguidas por um apelo
caloroso e pessoal: Na
verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê
naquele que me enviou tem a vida eterna
(24).
Os
três verbos estão no presente: ouve,
crê,
tem,
todos apresentam uma realidade presente. A vida eterna começa quando
se
ouve
e se
crê
(cf. 20.31 estes,
porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o
Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome).
Além
disso, devido à união descrita acima, crer no Pai, que enviou o
Filho, é equivalente a crer no Filho (cf. 3.16; 6.29).
Já
passamos da morte para vida, pois estamos sobre os cuidados do Deus
da vida (1.4.
Nele
estava a vida, e a vida era a luz dos homens;)
O
apóstolo
Paulo de forma ousada pelo Espírito Santo de Deus diz: 1
Co 15. Onde
está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó cova, o teu aguilhão?
56
O
aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
57
Mas
graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso
Senhor Jesus Cristo.
4.
Nunca
mais terão fome:
Jo 6.35. Declarou-lhes
Jesus: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum
terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede.
(v.31
Nossos
pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer
pão do céu.)
Aqui
Jesus corrige a impressão deles.
Até mesmo as dádivas, como por exemplo o maná da antiga aliança,
não vieram de Moisés, mas sim de Deus — Moisés
não vos deu o pão do céu
(32 Respondeu-lhes
Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu
o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.).
E
mesmo as dádivas de Deus da antiga aliança, como o maná, não
tinham outra intenção senão a de anunciar o verdadeiro pão (cf.
Hb
10.1
Porque
a lei, tendo a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das
coisas, não pode nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente
se oferecem de ano em ano, aperfeiçoar os que se chegam a Deus).
v.33
Porque
o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo
(cf. 4.14). Assim como a samaritana havia pedido, “Senhor,
dá-me dessa água, para que não mais tenha sede e não venha aqui
tirá-la”
(4.15), estas pessoas disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão
(v.34
Disse-lhes
Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e
completar a sua obra.)
Jesus
agora lhes declarou abertamente aquilo que ficara oculto no sinal e
no simbolismo. Se realmente quisessem o pão que Ele lhes daria,
precisariam saber que Ele era aquele pão. Eu
sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê
em mim nunca terá sede
v.35.
5.
Não
estão mais nas trevas:
Jo 8.12. Então
Jesus tornou a falar-lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me
segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida.
Os
escribas e os fariseus saíram rapidamente do Templo, enquanto Jesus
continuou a ensinar ali. Ele disse: Eu
sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a
luz da vida
(v.12).
Nesta ocasião, a sua afirmação de ser a luz do mundo é melhor
compreendida quando lembramos que os grandes candelabros eram acesos
no Templo durante a Festa dos Tabernáculos.
Isto
era feito para lembrar a coluna de fogo que orientou os filhos de
Israel durante a noite nas suas peregrinações no deserto (Ex
13.21).
luz
se manifestou na pessoa de Jesus Cristo. Ele é a Luz na qual vemos a
luz... Assim, quando João fala da luz vinda ao mundo, ele está
sempre pensando na aparição de Jesus Cristo na história”. Quem
me segue não andará em trevas
[i.e., na ignorância, no pecado, na limitação, e na morte], mas
terá a luz da vida.
A luz e a vida andam juntas (cf. 1.4) e é a vida eterna o que Ele
veio trazer aos homens (3.16; 20.31).
Da
mesma maneira como Jeová era o seu Guia e Iluminador naquela
ocasião, assim também Jesus é o Eu sou, sempre presente, sempre
iluminando, dispersando a escuridão (cf. 1.5,9; 3.19; 9.5; 12.46;
também 4.26; 6.35,48; 10.7-9; 11.25; 13.19; 14.6; 15.1; 18.5-6,8).
C. H. Dodd diz: “O fato determinante do Evangelho... é que o
arquétipo da
6.
Não
perecerão:
Jo 10.28.
eu
lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará
da minha mão.
Aquelas
que ouvem, aquelas com quem Ele tem um relacionamento pessoal, e a
quem Ele
dá a vida eterna, nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará
das suas mãos
(v.28).
Alguns assumiram que isto significa que uma pessoa está eternamente
segura, independentemente do que faz a respeito do seu relacionamento
com Deus.
Mas
a garantia de segurança — que é uma promessa magnífica e
adequada — é que nada exterior ao homem pode destruí-lo, enquanto
ele estiver depositando a sua fé em Deus. Westcott diz: “Se o
homem peca, em qualquer estágio da sua vida espiritual, não é
devido à vontade da graça divina, nem ao poder opressor dos
adversários, mas pela sua negligência em usar o que pode usar ou
não. Não podemos ser protegidos contra nós mesmos, apesar de nós
mesmos”.
Esta
garantia para aquele que tem fé se baseia na própria natureza de
Deus, pois
Jesus
disse: Meu
Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las
das mãos de meu Pai
(v.29).
Existe um problema textual na versão KJV quanto à tradução da
primeira parte do versículo 29.
O
texto que representa a autoridade mais antiga diz: “Aquilo que o
Pai me deu” que é a versão preferida por alguns comentaristas. A
mesma ideia
é expressa em 6.39
e 17.2.
No entanto, as duas leituras transmitem a mesma ideia
básica. “O
Pai é a única fonte de segurança dos crentes em Jesus. Eles
pertencem a Jesus porque foram dados a Ele pelo Pai”.
Além
disso, a garantia do crente está baseada no relacionamento entre o
Pai e Jesus, porque Ele disse: Eu e o Pai somos um (v.30).
Qual é a natureza deste relacionamento? Em que sentido o Pai e o
Filho são um? Uma tradução literal seria: “Eu e o Pai, nós
somos um”. Westcott diz: “Todas as palavras desta frase tão
importante estão repletas de significado.
A
palavra é Eu, e não o Filho\ o Pai, e não meu Pai; uma essência,
e não apenas uma pessoa; somos, e não sou. A revelação é a
natureza de Cristo na totalidade da sua natureza dupla, do Filho
encarnado na plenitude do seu ser manifestado, e em relação com o
Pai, com Deus, pois Ele é, ao mesmo tempo, Pai do Filho, e Pai dos
homens”.
Como
todo Pai amoroso deseja que os seus filhos nunca se perca em sua
caminha para o sucesso
7.
Nunca
mais morrerão:
Jo 11.26. e
todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês isto?
A
questão primordial para Marta, agora, não era se Jesus podia fazer
alguma coisa, mas se ela realmente sabia quem Ele era. Assim, Ele
perguntou: Crês
tu isso?
(v.26)
Este é um novo teste para a fé dela, um exame da sua reação
intelectual. A sua resposta foi rápida e direta. Sim,
Senhor,
creio
que
tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo
v.27.
Natanael
disse: Jo 1.49
Respondeu-lhe
Natanael: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és rei de Israel;
Os
discípulos disseram: Jo 6.69;
E
nós temos crido e bem sabemos que tu és o Cristo, o Filho do Deus
vivo.
Pedro
disse: Mt
16.16. E
Simão Pedro, respondendo-lhe, disse: Tu és o Cristo, o Filho do
Deus vivo.
Jesus
pergunta aos seus: Mc
8.29.
Então
lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro
lhe disse: Tu és o Cristo.
Não
é exato falar de uma fé cega ou ignorante. Tais expressões
facilmente desculpam mentes preguiçosas e inteligências
entorpecidas. O crente precisa ter familiaridade com o objeto da sua
fé.
Aquilo
que se chama frequentemente de fé é simplesmente uma confiança mal
colocada, ou um palpite tolo. Paulo disse, “eu
sei em quem tenho crido”
(2
Tm 1.12).
Paulo
é um exemplo para nós nas Escrituras, pois diante de momentos não
difíceis, ele demostrou com atitudes que quem realmente conhecia ao
Senhor.
Conclusão:
Bendito seja o Senhor dos céus e da terra e tudo o que existe;
bendito seja o seu nome para todo o sempre.
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