O poder ao Nosso Alcance



O poder ao nosso alcance

Texto Básico: Tiago 5.13-18.
Texto Áureo: 1 Tm 5.17. Orai sem cessar.

Introdução:

ORAÇÃO E LOUVOR Tg 5.13 Nos versículos 7-12, o apóstolo estava exortando seus leitores em relação à conduta cristã diante da aflição. Aflito (kakopathei) aqui tem o mesmo significado de “aflição” (kakopatheias) no versículo 10.

Na provação, como em cada circunstância da vida, o dever mais elevado do cristão bem como o seu privilégio mais nobre é a comunhão com Deus.

Por isso, Tiago escreve: Está alguém entre vós aflito? Ore. Para que os seus leitores possam ter uma perspectiva correta e lembrar-se de Deus nas horas alegres, ele acrescenta: Está alguém contente? Cante louvores. O louvor deveria estar em nossos lábios quando a vida proporciona alegria; e deveria haver louvor mesmo debaixo de pressão quando nos lembramos da bondade de Deus (cf. Ef 5.18-20).

Cante louvores (“cante salmos”,KJV) é uma tradução do grego restrita demais; ela se tornou a Versão Autorizada provavelmente por causa do costume de cantar salmos na Inglaterra em 1611, quando a KJV foi escrita.

Quase todas as traduções mais modernas trazem “cante louvores”. Reicke no alerta que há lugar tanto para os cânticos evangélicos mais recentes como para os hinos cristãos tradicionais. Ele diz: “Vale salientar que aqui o cântico cristão é supostamente um meio de expressar os sentimentos alegres bem como os sentimentos mais sérios”.

Oração e Fá por Cura, 5.14-18. A oração em tempos de enfermidade é nosso dever e nosso privilégio em Cristo. Provavelmente, deveríamos observar essa prática cristã mais do que fazemos. Tiago diz: Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele.

Os presbíteros eram líderes reconhecidos ou apontados na congregação local desde os anos 40-50 d.C. (cf. At 11.30; 14.23).

Sua função era um tanto semelhante à do pastor dos nossos dias. Orar sobre ele significava orar estando em pé ao lado (“sobre”) do leito do enfermo. Um significado secundário da palavra sobre (epi) poderia ser orar junto a em vez de sobre ele.

A prática de ungir com azeite em conexão com cura é mencionada somente mais uma única vez no Novo Testamento (Mc 6.13). Para nós essa unção serve como um símbolo de obediência à admoestação da Palavra de Deus e provavelmente como uma forma de encorajamento à fé do doente.

Nos tempos do Novo Testamento, esso pode ter sido um tratamento medicinal natural usado em cooperação com a oração. Sabemos que a unção do corpo com óleo era uma prática medicinal comum na Palestina do primeiro século.

O verbo ungindo (aleipsantes) significa literalmente “tendo ungido”. Moffatt entende essa ação como untar o corpo do paciente com óleo.

Parece claro, no entanto, que se a unção era um meio natural de cura, ela também tinha um significado espiritual, porque era para ser
administrado em nome do Senhor.

Em todo caso, Tiago nos assegura que é a oração da fé (“oração oferecida com fé”, NEB) que salvará o doente, e o Senhor o levantará v. 15 e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.

A Bíblia ensina a doutrina da cura divina e cabe a nós procurar fazer a oração da fé pela cura do doente. No entanto, recursos e intervenções providenciais, quando necessários, não deveriam ser rejeitados. Aqueles que não conhecem a Cristo recorrem à medicina e cirurgia sem oração.

Nós que confiamos nEle devemos usar todos os meios salutares que a ciência moderna tem nos oferecido e ao mesmo tempo confiar a nossa cura inteiramente ao seu soberano poder.

Easton comenta: “O autor deixa essa promessa sem qualificação, embora tanto ele quanto seus leitores soubessem perfeitamente bem que nem todos os casos de enfermidade seriam curados; aqui, como em todos os casos, quando a eficácia da oração é ensinada, a condição ‘conforme a vontade de Deus’, deve ser entendida de forma implícita.

Contudo, todos sabem que quando existe uma fé viva e profunda, como era o caso na época em que Tiago foi escrito, curas extraordinárias acontecem”.

Cura e Perdão 5.15b,16a

Entre os judeus, a doença geralmente era atribuída ao pecado. Jesus rejeitou essa visão como um princípio universal (Jo 9.1-3 E passando Jesus, viu um homem cego de nascença. 2 Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? 3 Respondeu Jesus: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus), mas em outro texto sugere o que sabemos ser um fato, que em muitos casos o pecado é a causa de uma enfermidade específica (cf. Jo 5.14 Depois Jesus o encontrou no templo, e disse-lhe: Olha, já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior).

Nesses casos, presume-se que a pessoa que procura a cura também se arrependeu do seu pecado e está procurando o perdão divino. No versículo 16, a ordem da oração está invertida. v.16. Confessai, portanto, as vossas faltas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua atuação.

Aqui a pessoa é admoestada: “Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados” (v. 16, NVI, grifo do autor). Quando uma pessoa vem sinceramente a Deus com uma necessidade, receberá ajuda. Essa ajuda aumenta sua fé em Deus, e ela provavelmente também encontrará ajuda para outras necessidades.

Easton ressalta que a admoestação “Confessai as vossas culpas uns aos outros” (v. 16) não deve ser entendida como uma prática universal cristã mas, sim, ser entendida em seu contexto, ou seja, a confissão sendo feita pelo doente e a oração pelos visitantes.

Embora essa pareça uma interpretação razoável, a gramática permite uma exegese mais ampla. É certamente verdade que quando reconhecemos que agimos erradamente e oferecemos orações mútuas de intercessão, isso fortalecerá grandemente toda a vida espiritual da igreja e abrirá o caminho para bênçãos crescentes de Deus.

Oração Eficaz. 5.16b-18.

Quando devemos esperar que nossas orações sejam respondidas por Deus? Tiago deixa claro que orações desse tipo devem vir de um justo (v. 16), i.e., alguém que está num relacionamento correto com Deus e o homem.

Uma tradução da última frase do versículo 16 é a seguinte: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (ARA). A única oração de um injusto que Deus promete ouvir é a oração de arrependimento.

Baseado na palavra traduzida por “oração fervorosa” (Bíblia Viva, energoumene), Mayor escreve a sua própria interpretação: “Somos tentados a considerar como passivas as formas que geralmente são consideradas médias e dessa forma entender a força aqui de uma oração operada ou inspirada pelo Espírito, como ocorre em Romanos 8.26 Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. (Benson traz ‘inspirada’; Macknight, ‘oração entretecida’; Bassett, ‘quando ativada pelo Espírito de Deus’)”.

Cada pessoa que ora sabe que há tempos em que o Espírito Santo a ajuda em sua oração. Mas Tiago deixa claro que as pessoas que têm suas orações respondidas não precisam ser santos sobre-humanos, diferente das pessoas comuns. O autor aqui apresenta um exemplo de oração do Antigo Testamento como já tinha apresentado anterior mente exemplos de fé nos versículos 10-11. “Elias era humano como nós” (v. 17, NVI. Cf. 1 Rs 17.1; 18.1, 42-45).

Ele era um homem exatamente igual a nós — com os mesmos recursos disponíveis de Deus que estão disponíveis para nós. Todo verdadeiro cristão que serve a Deus, como os presbíteros, é encorajado a orar a oração da fé.


A admoestação de Tiago para orar por cura do doente e sua ilustração da oração de Elias por chuva nos assegura que Deus responde à oração num domínio natural. A oração não apenas nos transforma, mas por meio dela, Deus também muda as coisas.


Assim entendemos, que há poder na Oração: Vejamos alguns pontos desta questão.


1. Quando ela é feita com fé: Mc 11.22-24; Mt 21.21-22; Tg 1.5-6; 5.16.

2. Quando ela é feita em Nome de Jesus: Jo 14.13-14; 16.23-24.

3. Quando é feita sem ressentimentos e sentimentos de vingança; Mc 11.25-26; Mt 6.12; At 7.59-60.

4. Quando ela é feita por uma vida que procura viver em retidão. Sl 66.18; Is 59.1-2; Is 1.15.

5. Quando ela é feita em harmonia como vontade de Deus. Jo 5.14-15; Mt 26.39-42.

6. Quando ela é feita com propósitos elevados e puros: Tg 4.3; Mt 20.20-28.

7. Quando ela é feita com perseverança: Lc 18.1; Rm 12.12; At 1.14.

Conclusão: Cremos no poder da oração porque é com Deus que falamos; devido tantos registros, que nos fortace ao saber que muitos tiveram êxito em seu dialogo com Deus. Muitos viram as impossibilidades humadas sendo vencidas pelo poder da Oração.






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