ANDANDO
COM DEUS EM TEMPOS CORRUPTOS, EM TEMPOS DE APOSTASIA.
Texto
Básico: 2
Coríntios 11.
Palavra
Chave: 2
Coríntios 11.2-4.
Porque
estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado
para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a
Cristo. 3
Mas
temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim
também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se
apartem da simplicidade que há em Cristo.
4 Porque,
se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou
se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho
que não abraçastes, com razão o sofrereis.
Introdução:
Havia em Corinto quem questionasse as credenciais de Paulo e
proclamasse um evangelho diferente. Mas foi a ingenuidade dos
coríntios, diante das alegações dos falsos mestres, que levou
Paulo a dizer-lhes algumas verdades, a fim de que rejeitassem a
doutrina dos tais mestres e condenassem os seus métodos.
Paulo
faz lembrar aos irmão de Corinto que o seu trabalho em cansável em
lapidar, formatar um povo para apresentar a um único Marido, Cristo.
E isto ele fez com zelo de Deus.
Vejamos.
1.
v2
Porque
estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado
para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a
Cristo.
A
“loucura” do apóstolo é estimulada pelo fato de que ele é
zeloso
(profundamente
preocupado) com eles com zelo
de Deus (Dt 5.9;
6.15). Vejamos a referência do zelo que Paulo se referi: Dt
5.9. não
as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu, o Senhor, teu Deus,
sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a
terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem. Dt
6.15.
porque
o Senhor, teu Deus, é Deus zeloso no meio de ti, para que a ira do
Senhor, teu Deus, se não acenda contra ti e te destrua de sobre a
face da terra.
Parafraseando
o texto: “Meu
zelo é como o desejo de Deus pela devoção fiel de Seu povo”.
Esta é uma expressão forte, assim como o restante das imagens dos
versículos indicados. A metáfora que Paulo emprega para explicar
ainda mais seu zelo é algo familiar nas Escrituras - porque
vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um
marido.
Deus
é muitas vezes retratado no AT como o Noivo de Israel:
Is
50.1.
Assim
diz o Senhor: Onde está a carta de divórcio de vossa mãe, pela
qual eu a repudiei? Ou quem é o meu credor, a quem eu vos tenha
vendido? Eis que por causa das vossas iniquidades é que fostes
vendidos, e por causa das vossas transgressões vossa mãe foi
repudiada.
Is
54.3-6.
Porque
transbordarás para a direita e para a esquerda; a tua posteridade
possuirá as nações e fará que se povoem as cidades assoladas.
4
Não
temas, porque não serás envergonhada; não te envergonhes, porque
não sofrerás humilhação; pois te esquecerás da vergonha da tua
mocidade e não mais te lembrarás do opróbrio da tua viuvez.
5 Porque
o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o seu nome;
e o Santo de Israel é o teu Redentor; ele é chamado o Deus de toda
a terra. 6
Porque
o Senhor te chamou como a mulher desamparada e de espírito abatido;
como a mulher da mocidade, que fora repudiada, diz o teu Deus.
Jr
3.1. Se
um homem repudiar sua mulher, e ela o deixar e tomar outro marido,
porventura, aquele tornará a ela? Não se poluiria com isso de todo
aquela terra? Ora, tu te prostituíste com muitos amantes; mas, ainda
assim, torna para mim, diz o Senhor.
Os
2.19-20.
Desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça,
e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias;
20
desposar-te-ei
comigo em fidelidade, e conhecerás ao Senhor.
Esses textos mostram a natureza da ligação entre eles.
Esta
figura, provavelmente, vem de modo mais direto do próprio Senhor
Jesus, que falou muitas vezes da consumação messiânica em termos
de uma festa de casamento (Mt
22.1-2;
De
novo, entrou Jesus a falar por parábolas, dizendo-lhes:
2 O
reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu
filho. Mt
25.1. Então,
o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas
lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo.
Ap 19.7-10.
Alegremo-nos,
exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do
Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou,
8 pois
lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro.
Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos. 9
Então,
me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à
ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras
palavras de Deus.
E de si mesmo
como o noivo (Mc
2.18-20 Ouviu-se
um clamor em Ramá, pranto, [choro] e grande lamento; era Raquel
chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existem.
19 Tendo
Herodes morrido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonho a José,
no Egito, e disse-lhe:
20 Dispõe-te,
toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; porque já
morreram os que atentavam contra a vida do menino).
Assim, a imagem que o apóstolo descreve de Cristo como o noivo, não
só de toda a igreja (Ef
5.32 Grande
é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja)
mas também de cada congregação local em particular, reforça tanto
a intimidade como a inviolabilidade da relação entre Cristo e os
coríntios.
Em
consonância com esta figura, a consumação na qual Paulo vai
apresentar os coríntios como uma
virgem pura... a Cristo é,
sem dúvida, o dia da concretização messiânica.
A preocupação
de Paulo aqui é a mesma que ele expressou muitas vezes: que seus
convertidos sejam “sinceros
e sem escândalo algum até ao Dia de Cristo”
(Fp 1.10; cf. 1 Co
1.8; Ef 5.27; Cl 1.22; 1 Ts 5.23).
A Igreja e os cristãos devem viver “até
aquele dia” com
a lealdade e a pureza de uma noiva ansiosa. A função de Paulo é
preservar essa fidelidade.
2.
A visível
preocupação de Paulo, deve ser a nossa preocupação hoje:
v3
Mas
temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim
também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se
apartem da simplicidade que há em Cristo.
Assim,
em consonância com sua responsabilidade para com eles, ele está
receoso de que eles possam ser completamente enganados (exepatesen)
por Satanás, como Eva
o foi pela
sagacidade da serpente
(3). A serpente
representa os falsos apóstolos (13-15
Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos,
transformando-se em apóstolos de Cristo.
14 E
não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo
de luz. 15
Não
é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em
ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras)
que são satânicos em seus métodos, realizando o trabalho do diabo.
A astúcia é
“uma malignidade extrema, capaz de tudo”. Para os coríntios, ser
influenciados por homens assim seria violar suas promessas de noivado
feitas a Cristo, pois seus sentidos
(pensamentos)
seriam desviados do caminho da
simplicidade (sinceridade)
que há em Cristo.
Muitos dos mais
antigos manuscritos contêm, após a palavra simplicidade,
“e da pureza”,
o que dá
continuidade à metáfora do casamento. Atos
15.1.
Alguns
homens desceram da Judéia para Antioquia e passaram a ensinar aos
irmãos: "Se vocês não forem circuncidados conforme o costume
ensinado por Moisés, não poderão ser salvos"
Seria,
então, “aquela
ideia firme
e aquela
pureza”,
conforme enfatizado pelos artigos que foram traduzida da versão
grega? Esta é a atitude que deve caracterizar a relação dos
coríntios com Cristo, e que preocupa Paulo. A versão RSV em inglês
traduz bem o significado: “Uma
devoção sincera e pura a Cristo”
vejamos isto nas Escrituras. Ef
5.24-27. Como,
porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres
sejam em tudo submissas ao seu marido.
25
Maridos,
amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se
entregou por ela,
26
para
que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água
pela palavra,
27
para
a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem
coisa semelhante, porém santa e sem defeito.
3.
v4 Porque,
se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou
se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho
que não abraçastes, com razão o sofrereis.
Aqui
o apóstolo
Paulo faz uma acusação extremamente severa e contundente. Neste
ponto vemos os crentes coríntios duvidando da autoridade de Paulo,
suportando-o com
dificuldade.
No
entanto, fácil e alegremente tinham acolhido aqueles que pregavam a
um outro Jesus, um outro evangelho, um outro espírito.
Este versículo nos
fornece detalhes
sobre qual seja exatamente a natureza da sedução em foco. Os
falsos mestres ele tem aparência de falsa piedade:
2 Tm 3.
1-5
Sabe,
porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis,
2
pois
os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes,
blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes,
3
desafeiçoados,
implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do
bem,
4
traidores,
atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus,
5
tendo
forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também
destes.
Pregavam
um Jesus
diferente
daquele que Paulo anunciava.
Bem provavelmente mesclavam o ensino sobre Jesus com os conceitos
mosaicos, o que fazia de Cristo uma outra figura, de acordo com a
natureza do cristianismo legalista (Atos
15).
Não
sabemos dizer se os elementos cristãos legalistas negavam qualquer
doutrina fundamental a respeito da pessoa de Cristo Jesus. Parece,
porém, que não o elevavam muito acima de Moisés.
E
perfeitamente possível que negassem a sua divindade, ainda que
aceitassem o seu caráter messiânico. E que o antigo conceito
judaico sobre o vindouro Messias não requeria qualquer pensamento de
divindade. Os legalistas também pregavam um evangelho
diferente,
dependente de ideias legalistas e cerimoniais, que requeria a
observância de formas externas e meros ritos do A.T, sobretudo a
circuncisão, a observância de dias, a observância da lei mosaica
em geral.
(Isso
se toma perfeitamente claro com base em Atos
15 e da epístola
aos Gálatas 2).
E possível que Paulo se referisse aos filósofos sofistas, os quais
pregavam a sabedoria humana e tentavam fazer a fé cristã
transformar-se em outra e nova filosofia.
Em comemoração aos 10 anos de Blog
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