UM POVO INSENSÍVEL - Exposição de Amós 4.1-12.




Um Povo Insensível
Uma exposição de Amós 4.1-12.


Texto Básico: Amós 4.1-12.
Texto Áureo: Amós 4.12. Portanto assim te farei, ó Israel, e porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus.

Introdução: Amós era pastor de ovelhas em Tecoa, pequena cidade de Judá, o Reino do Norte. Isso foi por volta do ano 750 a.C., durante o reinado próspero de Jeroboão II. A situação de Israel era muito boa, mas havia pecado também.

1. As mulheres opressoras de Samaria: Am 4.1-3.

A Ganância de Mulheres Egoístas: v.1-3. Ouçam esta palavra, vocês, vacas de Basã que estão no monte de Samaria, vocês, que oprimem os pobres e esmagam os necessitados e dizem aos senhores deles: "Tragam bebidas e vamos beber! " 2. O SENHOR Soberano jurou pela sua santidade: "Certamente vai chegar o tempo em que serão levados com ganchos, e os últimos de vocês com anzóis. 3. Cada um de vocês sairá pelas brechas no muro, e vocês serão atirados na direção do Hermom", declara o SENHOR.

Para Amós, a infidelidade de Israel era escandalosamente evidente nos males que desabrochar na sociedade urbana. Ele foi tão estarrecedor no que disse que o sacerdote Amazias considerou as profecias como traição do mais elevado grau e insistiu que “a terra não poderá sofrer todas as suas palavras” (7.10 Então Amazias, o sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: Amós tem conspirado contra ti no meio da casa de Israel; a terra não poderá suportar tedas as suas palavras).

Os sintomas da maldade se evidenciavam nas senhoras afetadas, de peles lisas e macias, a quem o profeta-pastor comparou com as vacas de Basã (1), uma região famosa pelas vacas gordas e saudáveis e pela terra produtiva (Nm 32). Amós acusou as mulheres “da alta sociedade de Samaria” (Moffatt) de pressionar os maridos a obterem riquezas. Para atender o pedido, eles oprimiam o povo. Desta forma, elas eram igualmente responsáveis. Eram constantes em pedir que seus senhores (os maridos) “arranjassem meios de libertinagem” (Dai a expressão: dai cá, e bebamos).

Os versículos 2 e 3 identificam o julgamento por causa do pecado das mulheres. De modo incomum, o versículo 2 começa com um juramento solene, fato que supõe a severidade extrema do mal.

Jurou o Senhor JEOVÁ, pela sua santidade. O Santo não pode tolerar a falta de retidão dos ricos (a opressão tirânica sobre os pobres). E pronunciado o julgamento: Dias estão para vir sobre vós, em que os inimigos vos levarão com anzóis e a vossos descendentes com anzóis de pesca.

O conquistador arrastará os cadáveres para a pilha de refugo fora da cidade, utilizando-se dos ganchos usados para jogar fora carcaças de animais mortos (costume oriental ainda em vigor). A versão Bíblica de Berkeley traduz o versículo 3 assim: “Saireis pelas brechas, cada um de vós indo avante; e sereis dirigidos para a fortaleza [ harmon ]”.

2. Transgressão sacrificial.

A Profundidade da Culpa de Israel: Amós 4.4-5. "Vão a Betel e ponham-se a pecar; vão a Gilgal e pequem ainda mais. Ofereçam os seus sacrifícios cada manhã, os seus dízimos no terceiro dia. 5. Queimem pão fermentado como oferta de gratidão e fiquem proclamando por aí suas ofertas voluntárias; anunciem-nas, israelitas, pois é isso o que gostam de fazer", declara o SENHOR Soberano.

Amós 5.3. Assim diz o Soberano SENHOR: "A cidade que mandar mil para o exército ficará com cem; e a que mandar cem ficará com dez".

A profecia volta a tratar a nação como um todo. A ironia do profeta é manifesta. ’’Continuai praticando vossas ações, sabendo muito bem o que vós estais fazendo e o que inevitavelmente significa!”.

1. O Pecado no Santuário (4.4,5)

Amós satiriza: Vinde a Betei e transgredi; a Gilgal, e multiplicai as transgressões (4). Betel era uma cidade instituída de adoração. Gilgal quer dizer “o círculo”. Este determinado local de adoração não era a cidade que ficava perto de Jericó (Js 4.19,20), nem o lugar associado a Eliseu (2 Rs 2.1; 4.38) poucos quilômetros ao norte de Betel.

Pode ter havido muitos locais chamado Gilgal que eram lugares de adoração. Poderíamos imaginar que os sacrifícios eram feitos para reconciliação, mas foram usados na adoração de ídolos, atos que ampliavam a separação entre Jeová e seu povo.

O quadro é de grande zelo, com sacrifícios a cada manhã e dízimos a cada três dias. “Todas as manhãs ofereçam sacrifícios e de três em três dias deem os seus dízimos” (NTLH). A ironia estava no fato de que, com este zelo exagerado, transformaram as tradições sagradas em adoração idólatra. Sacrifício de louvores do que é levedado (v.5) refere-se aos pães fermentados oferecidos com as ofertas de louvores (Lv 7.11 Esta é a lei do sacrifício das ofertas pacíficas que se oferecerá ao Senhor:). Estes eram usados quando se traziam os pães asmos da oferta pelo pecado.

Porque disso gostais, ó filhos de Israel, pode ser traduzido por: “Pois amais fazer isso, ó povo de Israel” (RSV). O ato de adoração se centralizava neles. Evidenciava ganância, injustiça e opressão, características que Amós denunciou com fervor. O profeta sabia que Deus se preocupava mais com o espírito dos adoradores do que com a mecânica da adoração.

3. A falha de Israel em reagir às calamidades.

Indiferença ao Castigo: Amós 4.6-12. Por isso também vos dei limpeza de dentes em todas as vossas cidades, e falta de pão em todos os vossos lugares; contudo não vos convertestes a mim, diz o Senhor. 7. Além disso, retive de vós a chuva, quando ainda faltavam três meses para a ceifa; e fiz que chovesse sobre uma cidade, e que não chovesse sobre outra cidade; sobre um campo choveu, mas o outro, sobre o qual não choveu, secou-se. 8. Andaram errantes duas ou três cidades, indo a outra cidade para beberem água, mas não se saciaram; contudo não vos convertestes a mim, diz o Senhor. 9. Feri-vos com crestamento e ferrugem; a multidão das vossas hortas, e das vossas vinhas, e das vossas figueiras, e das vossas oliveiras, foi devorada pela locusta; contudo não vos convertestes a mim, diz o Senhor. 10. Enviei a peste contra vós, à maneira de Egito; os vossos mancebos matei à espada, e os vossos cavalos deixei levar presos, e o fedor do vosso arraial fiz subir aos vossos narizes; contudo não vos convertestes a mim, diz o Senhor. 11. Subverti alguns dentre vós, como Deus subverteu a Sodoma e Gomorra, e ficastes sendo como um tição arrebatado do incêndio; contudo não vos convertestes a mim, diz o Senhor. 12. Portanto assim te farei, ó Israel, e porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus.

Cinco vezes nos versículos 6 a 11 Amós apresenta o Senhor a dizer: Contudo, não vos convertestes a mim (v.6). A frase descreve o amor contínuo de Deus diante da indiferença. O profeta detalhou os castigos do passado pelos quais o Senhor tentara restaurar seu povo ao concerto.

A falta de pão explica a limpeza de dentes (v.6). Na versão NVI é descrito de seguinte maneira: (Fui eu mesmo quem deu a vocês estômagos vazios em cada cidade e falta de alimentos em todo lugar, e ainda assim vocês não se voltaram para mim, declara o SENHOR.)

O pensamento é repetido quando Jeová reteve a chuva três meses (v.7 ) antes da colheita, para permitir que chovesse seletivamente nas cidades e nos campos. As chuvas fortes cessavam habitualmente em fevereiro. Amós interpreta que o caráter caprichoso da estação é obra de Deus que impõe a procura de água como em períodos de seca. (“Também fui eu que retive a chuva quando ainda faltavam três meses para a colheita. Mandei chuva a uma cidade, mas não a outra. Uma plantação teve chuva; outra não teve e secou.”)

Em seguida, o profeta se volta para as hortas (v.9 Muitas vezes castiguei os seus jardins e as suas vinhas, castiguei-os com pragas e ferrugem. Gafanhotos devoraram as suas figueiras e as suas oliveiras, e ainda assim vocês não se voltaram para mim", declara o SENHOR.) e as vinhas. O Senhor feriu o trigo com ferrugem; as figueiras e as oliveiras foram devoradas pelos gafanhotos. 

Em todas estas situações, Amós enumera uma série de julgamentos que eram esforços do Senhor em despertar as pessoas do engano do pecado. Mas só temos o refrão repetido: Contudo, não vos convertestes a mim. O julgamento está carregado de ternura. (Ilustração por Rabino Leon: condenação da serpente em Gn 3)

Amós repete a mesma verdade no quarto castigo: Enviei a peste contra vós, à maneira do Egito (v.10 “Enviei pragas contra vocês como fiz com o Egito. Matei os seus jovens à espada, deixei que capturassem os seus cavalos. Enchi os seus narizes com o mau cheiro dos mortos em seus acampamentos, e ainda assim vocês não se voltaram para mim, declara o SENHOR). A combinação de peste e espada (cf. Lv 26.25; Is 10.24,26) é típica de situação de guerra.

A matança de jovens na guerra à espada traria recordações dolorosas aos israelitas (cf. 2 Rs 8.12; 13.3,7). Dos homens e seus cavalos mortos provinham o fedor no acampamento. O próprio mal-cheiro era uma recompensa por seus pecados. Mesmo em face da morte, não vos convertestes a mim, disse o SENHOR.

Ao conduzi-los progressivamente a castigos maiores, agora o Senhor se refere à ruína de Israel como ocorreu com Sodoma (v.11) e Gomorra, as quais Deus destruíra por fogo nos dias de (Gn 19). Repare nesta tradução da primeira parte do versículo v.11: ’’Destruí algumas de suas cidades como fiz com Sodoma e Gomorra” (BV). 

“O verbo hebraico haphakh, ‘subverter’, também é usado para descrever a destruição ocasionada por um invasor (cf. 2 Sm 10.13), e Marti [...] pode ter razão ao argumentar que o texto diz respeito à situação crítica [...] vigente no tempo do rei Jeoacaz (2 Rs 13.7)”,quando Israel realmente era como um tição arrebatado do incêndio.

Depois de narrar todo o castigo que Israel sofrera por causa de suas transgressões, o Senhor repete sua determinação de castigar a nação com julgamento, já que não há arrependimento nacional e pessoal. Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus (12). v.12 Portanto assim te farei, ó Israel, e porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus.

Diante do que foi exposto, como seremos levados perante a sublime presença do Altíssimo? Em quais circunstancias? 1) Levados e convencidos diante das calamidades, ou 2) Espontaneamente e sensíveis ao seu chamado?

Há uma palavra de julgamento diante dos nossos ouvidos: “Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus” Estaremos diante Dele para ouvir a justa sentença. Mas temos diante nós, a oportunidade Santa de gozar dos privilégios da eternidade. Na versão King James diz: “Ora, por esses motivos ainda seguirei te castigando, ó Israel; e porque Eu farei isto contigo, prepara-te para encontrares com o teu Elohim, Deus, ó Israel!

Como Deus os ameça com juízo mais penosos do que qualquer um dos que eles já haviam sofrido: “Por tanto”, visto que até agora não mudaste pela correção, “assim te farei, ó Israel” Ele não fala como fará, mas será algo pior do que já havia sucedido, Jo 5.14. Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida. Ou, “Assim procederei contigo, enviando um juízo após outro, como as pragas do Egito, até que tenha consumado todas as coisas”.

Conclusão: Tanto Israel, como eu e você, estamos debaixo de uma advertência Divina, que para muitos não significa nada, pelo simples fato de achar que Deus é amor, esquecer que Ele é justiça. Assim o mundo estar preste a testemunhar o que os evangelhos, tem proposto através do sacrifico vigário de Jesus.




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