O
que as Escrituras nos dizem sobre as alianças que Deus fez.
Texto
Básico: Hebreus 8.6-13.
Texto
Devocional: Lucas
22.20. Semelhantemente,
depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é a nova
aliança em meu sangue, que é derramado por vós.
Introdução:
Uma
aliança é um acordo, contrato ou compromisso que une dois partidos
de forma legal. Na Bíblia, uma aliança também une espiritualmente,
criando uma ligação especial entre as partes. A aliança define os
direitos e deveres de cada partido, as bênçãos de guardar a
aliança e os castigos de a quebrar.
ALIANÇA
EDÊNICA:
A
aliança do Éden. Gn 2.15,17.
E
tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar
e o guardar.
16.
E
ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim
comerás livremente,
17.
Mas
da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque,
no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
A
aliança realizada no Éden é a primeira das alianças gerais ou
universais. Adão é encarregado de:
1º
Povoar
a terra.
Gn
1.28.
E
Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e
enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e
sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a
terra.
2º
Sujeitar a terra Gn 1.28.
3º
Exercer
domínio sobre todos os animais
Gn
1.28.
4º
Cuidar do jardim do Éden e se deliciar com todos os seus frutos Gn
1.29.
E
disse Deus: Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que
está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há fruto de
árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento.
Gn
2.15.
E
tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar
e o guardar.
5º
E não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal sob
pena de morte
(Gn
2.16-17).
A
aliança do Éden foi rompida pela desobediência do ser humano, no
momento em que Adão e Eva comeram do fruto da árvore do
conhecimento do bem e do mal em sua morte espiritual e física. Este
erro tornou
necessário o estabelecimento de uma aliança com Adão. Gn
3.14-21.
ALIANÇA
ADÂMICA:
A
aliança com Adão. Gn 3.14-21.
A
aliança com Adão é a segundo aliança geral ou universal.
Ela poderia ser chamada de aliança com a humanidade, visto que
estabelece as condições que vigorarão até que a maldição do
pecado seja suspensa. Is
11.6-10.
E
morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará,
e o bezerro, e o filho de leão, e a nédia ovelha viverão juntos, e
um menino pequeno os guiará.
7.
A
vaca e a ursa pastarão juntas, e seus filhos juntos se deitarão; e
o leão comerá palha como o boi.
8.
E
brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e o já
desmamado meterá a mão na cova do basilisco.
9.
Não
se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade,
porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas
cobrem o mar.
10.
E
acontecerá, naquele dia, que as nações perguntarão pela raiz de
Jessé, posta por pendão dos povos, e o lugar do seu repouso será
glorioso.
Rm
8.18-23.
De
acordo com esta aliança, as condições que prevalecerão são as
seguintes:
-
A serpente, a ferramenta usada por Satanás para efetivar a queda do homem, está amaldiçoada. A maldição não afeta apenas o instrumento, a serpente, mas também aquele que a possuiu e motivou Satanás. A serpente passou por grandes mudanças físicas. Ela, aparentemente, andava ereta; agora, terá de rastejar (v.14). Ela era o mais apreciável animal de toda a criação; agora, será o mais repugnante. A visão ou a lembrança de uma serpente deveria ser o mais eficaz lembretes dos efeitos devastadores do pecado.
-
Satanás é julgado. Ele obterá um certo sucesso (“tu lhe ferirás o calcanhar”, v.15), mas, no final, será julgado (“este te ferirá a cabeça” v.12).
-
A primeira profecia da vinda do messias é proferida (v. 15).
-
Haverá aumento das dores na concepção por causa da introdução da morte na raça humana. Haverá dor no parto (v.16).
-
A mulher estará sujeita ao seu marido (v.16).
-
A terra é amaldiçoada e produzirá espinhos junto com o alimento que o homem deverá comer para o seu sustento (vs 17-19).
-
O homem também sofrerá mudanças físicas: transpirará ao trabalhar. Terá de trabalhar por toda a sua vida (v.19).
-
Por pecar, o homem morre espiritualmente e, depois, fisicamente. Sua carne se deteriorará até que retorne ao pó de onde originalmente foi tomada (v.19).
A
aliança com Noé. Gn 9.1-19.
Esta
é a terceira aliança geral ao universal. Noé acabara de passar
pelo dilúvio, no qual toda população da terra foi destruída.
A
população mundial naquele momento se constituía de oito pessoas:
Noé, sua esposa, seus três filhos e suas esposas. É possível que
Noé tenha pensado que as coisas previstas pela aliança com Adão
tinham mudado agora. Mas Deus entra em aliança com Noé para que Noé
e toda a raça humana futura pudessem saber que tudo o que havia sido
dito na aliança com Adão continuava em vigor, com uma notável
edição: o princípio do governo humano, que inclui a
responsabilidade de suprimir o florescimento do pecado e da
violência, de modo que não fosse necessário destruir novamente a
terra com um dilúvio.
Os
termos desta aliança são:
-
A responsabilidade de povoar a terra é reafirmada (v.1).
-
A sujeição do reino animal ao homem e reafirmada (v.2).
-
O homem tem permissão de comer a carne dos animais. Não deve, contudo, ingerir o sangue (vs. 3-4).
-
A sacralidade da vida humana é estabelecida. Quem quer que derrame o sangue do homem, seja homem ou animal, deverá ser morto (vs. 5-6).
-
Esta aliança é firmada com Noé, com toda a humanidade e toda criatura viva na face da terra (vs 11).
-
Na próxima vez, Deus destruirá a terra com fogo (2 Pe 3.10).
-
O arco-íris é definido como testemunho da existência desta aliança com Noé está em vigor (vs. 12-17).
Alianças
Teocráticas:
Aliança
de Deus com Abraão:
A
aliança com Abrão. Gn 12.1-3. Ora,
o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e
da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2
E
far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o
teu nome, e tu serás uma bênção.
3
E
abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te
amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
A
aliança com Abraão é a primeira das alianças teocráticas
(referente aos preceitos de Deus) Ela é incondicional, dependendo
unicamente de Deus, que obriga a si mesmo em graça, conforme uma
afirmação incondicional em tempo verbal futura, “eu farei”,
a derramar todas as bênçãos que está prometendo. A aliança com
Abrão é base para todos as alianças teocráticas, pois promete
bênçãos em três áreas:
1º
Nacional:
“de
ti farei uma grande nação”;
2º
Pessoal:
“e
te abençoarei, e te engrandecerei o teu
nome.
Sê tu uma bênção”!
3º
Universal:
“em
ti serão benditas todas as famílias da terra”.
Esta
aliança foi apresentada primeiramente em linhas gerais e,
posteriormente, confirmada a Abrão com maiores detalhes (cf. Gn
13.14-17; 15.1-7, 18-21; 17.1-8). A aliança com Abraão é um
importante ligação entre aquilo que Deus começou a fazer, o que
fez através dos tempos e o que ainda continuará a fazer até o fim
da história. Ela é o propósito único de Deus para com os homens,
em que todos os planos de Deus se encaixem.
Aliança
de Deus com Moisés:
Aliança
com Moisés. Êx 19.5-8.
A
aliança mosaica é a segunda aliança teocrática (referente aos
preceitos de Deus) e é condicional. É introduzida pela cláusula
condicional “agora,
pois, se diligentemente ouvires a minha voz...
então,
sereis a minha propriedade peculiar”.
Esta aliança foi apresentada à nação de Israel para que aqueles
que acreditavam na promessa de Deus na aliança com Abraão Gn
12.1-3.
Ora,
o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e
da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2.
E
far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o
teu nome, e tu serás uma bênção.
3. E
abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te
amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Soubessem
como deveriam se portar. Em sua totalidade, a aliança mosaica
abrangia três áreas da vida do povo:
1º
Mandamento
que governa a vida pessoal de cada um e o seu relacionamento para com
Deus Êx 20.1-26.
2º
Leis
que dirigiam a vida social de cada um e o relacionamento de uns com
os outros Êx 21.1-24,11.
3°
Ordenanças
que conduziam a vida religiosa, de modo que as pessoas soubessem como
se aproximar de Deus nos termos determinados por ele Êx 24.12-31.18.
A aliança com Moisés de forma alguma substitui a aliança com
Abraão.
A
Aliança Teocrática com Israel.
A
aliança Palestina.
Dt 29.10-15.
(30.11-20).
Este
capítulo contém um resumo dos atos de Deus desde o Êxodo até a
atua chegada de Israel às planícies de Moabe. A aliança referente
à Palavra é a terceira das alianças teocráticas (a respeito dos
preceitos de Deus). A aliança palestinas tinha dois aspectos:
1º
o
aspecto legal,
que era imediato e condicional (Dt
27-2);
2º
o
aspecto da graça,
que era futuro e incondicional (Dt
30.1-9).
A
alegria das bênçãos imediatas era introduzida por uma condição:
“Se
atentamente ouvires a voz do SENHOR, teu Deus...o SENHOR, teu Deus,
te exaltará sobre todas as nações da terra”
(Dt
28.1).
É
triste verificar que Israel não cumpriu os termos da aliança, e até
hoje sofre as consequências das maldições e punições de Deus por
sua desobediência (Dt 28.15-68).
O
aspecto incondicional da graça dentro da aliança palestina ainda
está por ser percebido. Deus reunirá novamente o povo judeu
espalhado por todo o mundo e o estabelecerá na terra que lhes
prometeu incondicionalmente. Deuteronômio conclui a aliança
palestina com uma advertência final e um desafio para que ela seja
obedecida (Dt 30.1-20).
A
Aliança de Deus com Davi.
A
aliança com Davi. 2 Sm 7.4-17.
A
aliança com Davi é o quarto pacto teocrático (referente aos
preceitos de Deus). Nesta aliança, três coisas são prometidas a
Davi.
1º
possessão eterna da terra (v.10);
2º
uma
dinastia eterna (vs.11,16);
3º
um reino eterno (vs. 13,16).
É
predito o nascimento de Salomão (v.12), o filho de Davi que seria
seu sucessor. Seu principal papel é estabelecer o trono do reino de
Davi para sempre (v.13)
Seu
trono continua, muito, embora sua semente tenha sido amaldiçoada na
pessoa de Jeconias (ou Conias), que era rei no momento em que a nação
foi levada cativa para a Babilônia. Jeremias profetizou que ninguém
que fosse descendente de Davi através de Jeconias sentaria no trono
de Davi (Jr 22.24-30).
José,
o pai legal mas não físico de Jesus, era da linhagem de Davi
através de Jeconias (Mt 1.1-17). Entretanto, Davi teve outro
filho, Natã, cuja descendência não estava amaldiçoada. Maria, a
mãe física de Jesus, tem ascendência na casa de Davi através de
Natã (Lc 3.23-38).
Note
o cuidado e o ponto a que Deus chega para manter sua palavra e
preservar sua autenticidade. O nascimento virginal era absolutamente
essencial, não apenas para assegurar a condição de livre de pecado
de Jesus, mas também para cumprir a aliança com Davi.
Jesus
recebe o “direito de sangue” ao trono de Davi através de
sua mãe terrena, Maria, e seu “direito legal” ao trono de
Davi através de seu pai adotivo terreno, José.
O
nascimento virginal garante que um dos descendentes de Davi se sente
no trono de Davi e reine para sempre e, ao mesmo tempo, preserve
intactas a maldição e a restrição dos descendentes de Jeconias.
Jesus
a Nossa Nova Aliança.
A
nova aliança. Jr 31.31-34.
Lucas
22.20. Semelhantemente,
depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é a nova
aliança em meu sangue, que é derramado por vós.
A
nova aliança é a quinta e a última das alianças teocráticas
(referentes aos preceitos de Deus). Quatro provisões são feitas
nesta aliança.
1º
regeneração: Deus colocará a sua lei no interior das pessoas e a
escreverá sem seus corações (31.33);
2º
restauração nacional: Yahweh será o seu Deus, e a nação será o
seu povo (31.33);
3º
ministério pessoal do Espírito Santo: todos serão instruídos
individualmente por Deus (31.34);
4º
justificação
completa: seus pecados serão perdoados e completamente removidos
(31.34).
A
nova aliança é assegurada pelo sangue que Jesus derramou na cruz do
calvário. Este sangue, que garante a nova aliança a Israel, também
traz o perdão dos pecados para o crente que faz parte da Igreja.
O
pagamento de Jesus pelos pecados é mais do que suficiente para pagar
os pecados de todo aquele que crê nele. A nova aliança é chamada
de “nova”, em contraste com a aliança feita com Moisés,
chamada de “antiga” (Jr 31.32; Hb
8.6-13), porque ela, na verdade, alcança o que a aliança
mosaica apenas indicava, ou seja, o filho de Deus vivendo
constantemente de acordo com o caráter de Deus.
Alguns
benefícios dessa aliança:
-
Descanso ao cansado: Mateus 11.28. Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
-
Luz ao perdido: João 8.12. Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.
-
Perdão ao culpado: Romanos 8.1,2. Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. 2 Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
-
Força ao fraco: Isaías 40.29-31. Dá vigor ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. 30 Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os jovens certamente cairão. 31 Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão.
-
Riqueza ao Pobre: 2 Coríntios 8.9. pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.
-
Saúde ao doente: Isaías 53.4. Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
-
Vitória ao derrotado: 1 Coríntios 15.57. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.
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