Texto
Básico: Êxodo 6.1-13.
Texto
Devocional: Êxodo 6.3. Apareci
a Abraão, a Isaque e a Jacó como o Deus Todo-poderoso, mas pelo meu
nome, o Senhor, não me revelei a eles.
Introdução:
Deus
não deixou Moisés na mão. A demora na libertação não
significava renúncia da promessa. Deus estava trabalhando em seus
propósitos. Smith-Goodspeed traduz o versículo 1 assim: “Agora
verás o que farei a Faraó; forçado por um grandioso poder ele não
só os deixará ir, mas os expulsará da terra”.
Outras dificuldades tinham de vir sobre Israel (5.19), mas a promessa
de Deus ainda era certa. O
valor da promessa estava no fato de Deus endossá-la: Eu sou o
SENHOR.
Os
antepassados
de Israel conheciam o Deus
Todo-poderoso
(3), o Deus de poder e “força
dominante”.
“Aqui a ideia
primária de Jeová concentra-se, pelo contrário, em sua existência
absoluta, eterna, incondicional e independente.”Ambos os nomes eram
muito antigos e amplamente conhecidos (Gn
4.26; 12.8; 17.1; 28.3),
mas Deus se manifestou principalmente pelo nome de El Shaddai, Deus
Todo-poderoso.
Para este grande livramento, o próprio Deus revelou o pleno
significado de Yahweh, “o
Senhor”.
Esta não é outra narrativa do chamado de Moisés, diferente da
anterior, como advogam muitos estudiosos liberais, mas trata-se de
uma renovação das promessas a Moisés com maior destaque a um povo
desanimado.
Deus
(heb. Elohim) Nomeia o Criador transcendente a tudo que existe (Gn
1.2).
Deus
Altíssimo (heb. El-Elyort) Indica a posição superior de Deus
acima de todos os deuses das outras nações (Gn 14.18 -20).
Senhor
(heb. YHWH ou Yahwett) Nomeia o "Eu Sou” , o Deus da
sarça ardente (Êx 3.14-15). 0 nome está associado à
aliança firmada entre Deus e Israel e fala de seu caráter pessoal e
de sua natureza relacionai.
Senhor
(heb. Adona!) Revela Deus com o dono e senhor de toda sua criação
(Js 3.11).
Deus
todo-poderoso (heb. El-Shaddai) Aponta para o poder de Deus
criando e sustentando toda a vida (Gn 17.1).
Deus
Eterno (heb. El-Olam) Enfatiza a imensidão e a eternidade de
Deus (Gn 21.33).
Deus,
Aquele que vê (heb. El-Roeh) Revela a beneficente onisciência
de Deus, que vê a necessidade de seu povo e se importa com ele o
bastante para socorrê-lo e libertá-lo (Gn 16.13).
Deus,
o Deus de Israel (heb. El Elohe Israel) A testa o poder suprem o
e providencial de Deus, que vigia e cuida de Israel, seu povo eleito
(Gn 33.19-20).
0
Senhor da nossa provisão (heb. YHWH/Yahweh-Jireh ou Jeová-Jireh)
Testemunha a capacidade de Deus de sustentar o fiel em provações e
tentações (Gn 22.13-14).
Senhor
dos Exércitos (heb. YHWH/Yahweh-Sabaot) Designa Deus com o
criador e líder do exército celestial (1 Sm 17-45).
A
nova revelação neste nome retratava que Deus se ligara com seu povo
por concerto (4). Este concerto começou com os patriarcas e incluía
a promessa da terra de Canaã, por onde, durante muitos anos,
vaguearam como peregrinos e estrangeiros (Gn 15.18). Deus se lembrou
do concerto quando ouviu o gemido dos filhos de Israel por causa da
escravidão (5). Ele não esqueceu; somente esperara até que os
filhos estivessem prontos para cumprir sua parte no concerto.
O
nome que o Senhor recebeu em ocasiões bem peculiares, quando Ele
agia de forma maravilhosa favorecendo sempre o seu povo. Se não
vejamos o que diz nas santas letras:
1.
Jeovah-Rafa: O Senhor que cura. Êx 15.6.
dizendo-lhes:
“Se
vocês derem atenção ao Senhor, ao seu Deus e fizerem o que ele
aprova, se derem ouvidos aos seus mandamentos e obedecerem a todos os
seus decretos, não trarei sobre vocês nenhuma das doenças que eu
trouxe sobre os egípcios, pois eu sou o Senhor que os cura”.
Assim como Deus curou as águas amargas de Mara, assim Ele curaria
Israel satisfazendo-lhes as necessidades físicas e, mais importante
que tudo, curando o povo de sua natureza corrompida. Deus queria
tirar o espírito de murmuração do meio do povo e lhe dar uma fé
forte. Um fé inabalável.
2.
Jeovh-Nissi: O Senhor é
nossa bandeira. Êx 17.8-15.
Moisés
construiu um altar e chamou-lhe "o
Senhor é minha bandeira".
Este
seria um sinal de que os amalequitas, que tinham posto “uma mão na
bandeira do Senhor” (16, RSV), estariam sob julgamento de Deus até
serem destruídos.
O
povo de Deus fora atacado por um inimigo de Deus; portanto, guerra
ininterrupta seria a sentença dessa gente. O rei Saul foi punido
porque não executou a ordem de Deus para destruir os amalequitas (1
Sm 15).
A total aniquilação deste povo ocorreu nos dias de Ezequias (1
Cr 4.41-43).
Na presciência de Deus, vemos a impenitência contínua deste povo
violento e bélico. A rivalidade das nações resulta em julgamento
feito pelo Único que redunda em seu louvor a ira do homem (SI
76.10 Até
a tua ira contra os homens redundará em teu louvor, e os
sobreviventes da tua ira se refrearão)
Repetidas vezes nas Escrituras, verificamos que o pecado — quer
pessoal ou nacional — é autodestrutivo.
3.
Jeovah-Shalom:
O Senhor é nossa paz. Jz
6.24.
Gideão
construiu ali um altar em honra do Senhor e lhe deu este nome: O
Senhor é Paz. Até hoje o altar está em Ofra dos abiezritas.
O
memorial dessa visão que Gideão ergueu era um monumento em forma de
altar, provavelmente por que foi em um tipo de sacrifícios sobre uma
penha, sem a solenidade de um altar era desnecessário (o cajado do
anjo foi
suficiente para santificar o presente sem um altar), mas agora era
melhor preservar a lembrança da visão, que foi realizada no nome
que Gideão deu a esse memorial: Jeovah-Shalom.
Diante
de uma chamada desafiadora de Gedeão, uma, coisa era certa além da
vitória, ele não morreria por conta dessa crise v.23
Disse-lhe,
porém, o Senhor: "Paz seja com você! Não tenha medo. Você
não morrerá".
O
texto se refere pelo fato de Gedeão esteve diante do Senhor e sua
vida foi poupada. Diante
de uma eminente guerra o Senhor é nossa Paz. O
apóstolo
Paulo bem sabia do fato ocorrido Ef
2.14.
Pois
ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o
muro de inimizade,
4.
Jeovah-Ra-ah:
O
Senhor é meu Pastor. Sl
23.1.
O
Senhor é o meu pastor; de nada terei falta.
Davi
podia escrever a partir da sua rica experiência pessoal com as
ovelhas: O Senhor é o meu pastor; nada me faltará (isto é, não
sentirei falta de qualquer coisa indispensável). Existem “sete
provisões”
que o Pastor supre para as suas ovelhas:
a)
“Não
me faltará completa satisfação”
(23.2a).
Deitar-me faz em verdes pastos fala, literalmente, de pastos de capim
macio e novo. Dizem que as ovelhas nunca se deitam, até que estejam
satisfeitas. Cada necessidade espiritual é suprida. Afigura
transmite um completo descanso na satisfação proporcionada pelo
cuidado vigilante do grande Pastor. Que contraste com a agitação do
mundo!
b)
“Não
me faltará orientação”
(23.2b).
Guia-me mansamente a águas tranquilas,
ou “águas
de descanso”.
Continuando a ideia
de provisão para as necessidades do rebanho, o poeta acrescenta o
pensamento de orientação. O pastor oriental não empurra ou impele,
ele sempre guia suas ovelhas. Esse pensamento é recordado no hino
evangélico:
Hino
413. Meu Pastor.
Meu
pastor é Jesus Cristo
Nele
quero confiar;
Com
Jesus, não tenho falta,
Junto
a Ele eu quero andar;
Me
conduz ao bom descanso;
Para
o campo verde em flor,
Refrigera,
sim, minh’alma,
Saciando-me
de amor.
c)
“Não me faltará restauração” (23.3a). Refrigera
a minha alma, isto é, Ele me aviva, renova e refresca. Esse é um
tema recorrente do NT: “O interior, contudo,
se renova de dia em dia” (2 Co 4.16); “E
vos renoveis no espírito do vosso sentido” (Ef 4.23);
“E vos vestistes do novo, que se renova para
o conhecimento” (Cl 3.10). Essa é a graça que
sustenta a alma.
d)
“Não me faltará instrução da justiça” (23.3b).
Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. As veredas da
justiça são caminhos planos. Uma das funções das Escrituras é
“instruir em justiça” (2 Tm 3.16 Toda
a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção e para a instrução na justiça,).
Deus não somente adverte contra o mal; Ele nos guia nos caminhos da
justiça. Isso ocorre por amor do seu nome, provando o tipo de Deus
que Ele é. O Deus, cujo nome é santo (Sl 111.9. Ele
trouxe redenção ao seu povo e firmou a sua aliança para sempre.
Santo e temível é o seu nome!
Mt 6.9), quer que seu povo também
seja santo (Lv 19.2; 1 Pe 1.14-16).
e)
“Não me faltará coragem diante do perigo” (23.4a).
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra (hb., escuridão profunda e
mortal) da morte, não temerei mal algum. Aqui está a certeza da
ajuda no momento mais difícil da vida. A morte não é um adversário
desprezível. Ela é o nosso último grande inimigo a ser vencido (1
Co 15.26 O
último inimigo a ser destruído é a morte).
Se Deus pode nos dar coragem nesse momento, como tem dado a tantos
outros, Ele pode nos ajudar em qualquer lugar. Mal (ra) é um
termo amplo para qualquer tipo de dano ou perigo que possa nos
sobrevir.
f)
“Não me faltará a Presença Divina” (23.4b).
Porque tu estás comigo. Esse é o motivo principal para toda a
confiança do salmista. O Senhor não o deixará nem o desamparará
(Êx 33.14; Dt 31.6-8; Js 1.5-9 etc.). Nessa Presença há força,
conforto, descanso e esperança. Nesse ponto significativo a
descrição (2-3) dá lugar, à adoração.
g)
“Não me faltará conforto na tristeza” (23.4c). A
tua vara e o teu cajado me consolam. O cajado do pastor tem duas
funções: ele é uma vara de proteção e um cajado no qual o pastor
se apoia, servindo para o seu conforto. “O homem de dores” sabe
melhor do que ninguém como atender as necessidades do coração
abatido. Is 53.3. Era
desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado
nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era
desprezado, e não fizemos dele caso algum.
5.
Jeovah-Tsidkenu:
O
Senhor é nossa justiça. Jr
23.6.
Em
seus dias Judá será salva, Israel viverá em segurança, e este é
o nome pelo qual será chamado: O Senhor é a Nossa Justiça.
É
a vinda de um Rei ideal: Levantarei a Davi um Renovo justo (tsemach
tsaddiq) (5); [...] este será o nome com que o nomearão: O Senhor,
Justiça Nossa (Yahweh tsidhqenu); “nossa
salvação,
ou livramento”
(6). Os reis de Judá tinham feito o seu estrago. Agora virá um Rei
que reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na
terra, e sob o seu governo Judá será salvo, e Israel habitará
seguro. O termo Renovo (tsemach) também pode ser traduzido por
“rebento” ou “broto”. “A figura sugerida é de um toco de
uma árvore [...] que subitamente mostra vida nova”.
A
árvore de Davi, cortada até o chão pela queda da monarquia,
brotará novamente, e aparecerá um novo “Rebento”. Esse novo Rei
da linhagem de Davi representa todos os anelos insatisfeitos dos
homens por um governante ideal. A Igreja sempre viu nesse texto a
figura de Cristo, o Rei Messiânico (também cf. 30.9; Is 11.1; 53.2;
Ez 34.23-24; 37.24; Zc 3.8; 6 .12).
O
Senhor
Justiça Nossa. Um jogo com o nome de Zedequias. Embora Zedequias não
tenha vivido o significado do seu nome, “o Senhor é minha
justiça”, o Messias, Jesus, foi justiça em tudo o que realizou
(v.5)
"Dias
virão", declara o Senhor, "em que levantarei para Davi um
Renovo justo, um rei que reinará com sabedoria e fará o que é
justo e certo na terra.
6.
Jeovah-Jireh:
O Senhor que provê. Gn
22.14.
Abraão
deu àquele lugar o nome de "O Senhor proverá". Por isso
até hoje se diz: "No monte do Senhor se proverá".
Para
Abraão, o monte Moriá era um novo lugar. Em honra da revelação da
graça de Deus na hora da provação, deu ao lugar outro nome, O
SENHOR proverá (14,
Jeová-Jiré,
que significa “o Senhor vê” e proverá). Podemos estar certos de
que a volta para casa foi bem diferente da viagem ao monte Moriá.
Abraão enfrentou a ameaça devastadora da morte e venceu seu poder
pela confiança plena na integridade de Deus. Por outro lado, Deus
demonstrou claramente que o sacrifício que Ele deseja é inteireza
de coração, rendição às suas ordens.
Em
22.1-14,
vemos “O
Teste da Fé”.
1)
O verdadeiro teste, 1,2; 2)
A resposta da confiança, 3-10; 3)
A recompensa da obediência, 11-14.
Ele
providenciou uma solução para o pecado, quando enviou o seu Filho
Unigênito. Devemo
estar diante do altar da providência
divina.
7.
Jeova-Shammah:
O
Senhor está aqui.
Ez
48.34-35.
"No
lado oeste, que tem dois mil e duzentos e cinquenta
metros de comprimento, haverá três portas: a porta de Gade, a porta
de Aser e a porta de Naftali.
35
"A
distância total ao redor será de nove quilômetros. E daquele
momento em diante, o nome da cidade será: O SENHOR ESTÁ AQUI. "
O
nome dado a esta cidade: A partir desse dias, quando ela será
erguida novamente conforme este modelo, o nome dela não será, como
antes, Jerusalém – A visão da paz, mas aquele do qual se
originou,
que é mais do que equivalente a isso: Jeovah
Shamá – O Senhor está ali, v.35.
Isto indicava:
Que
os cativos após seu retorno, teriam sinais claros da presença de
Deus junto a si e da sua habitação entre si, tanto nos regulamento
com nas providências
dele. Eles não terão razões para perguntar, como fizeram seus
pais: Está o Senhor no meio de nós, ou não? Pois verdadeiramente
verão e dirão que Ele está entre eles. Jo
20.19.
Chegada,
pois, a tarde, naquele dia, o primeiro da semana, e estando os
discípulos reunidos com as portas cerradas por medo dos judeus,
chegou Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco.
O
Senhor
prometeu a Salomão, que estaria no meio do seu povo, 2 Cr 7.14-se
o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a
minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei,
perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra.
15
De
hoje em diante os meus olhos estarão abertos e os meus ouvidos
atentos às orações feitas neste lugar.
16
Escolhi
e consagrei este templo para que o meu nome esteja nele para sempre.
Meus olhos e meu coração nele sempre estarão.
Conclusão:
Não um nome acima desse Nome, Nome de poder e glória. Assim temos
diante de nós um desafio de andar com ele em todo tempo dando lhe
graças por tudo.
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