A NOVA ALIANÇA



A Nova Aliança Teocrática.

Texto Básico: Jr 31.31-34.
Texto Áureo: Hebreus 9.11-15.

A nova aliança. Jr 31.31-34.

A nova aliança é a quinta e a última das alianças teocráticas (referentes aos preceitos de Deus). Quatro provisões são feitas nesta aliança.

Regeneração: Deus colocará a sua lei no interior das pessoas e a escreverá sem seus corações (31.33);

Restauração nacional: Yahweh será o seu Deus, e a nação será o seu povo (31.33);

Ministério pessoal do Espírito Santo: todos serão instruídos individualmente por Deus (31.34);

Justificação completa: seus pecados serão perdoados e completamente removidos (31.34).

A nova aliança é assegurada pelo sangue que Jesus derramou na cruz do calvário. Este sangue, que garante a nova aliança a Israel, também traz o perdão dos pecados para o crente que faz parte da Igreja.

O pagamento de Jesus pelos pecados é mais do que suficiente para pagar os pecados de todo aquele que crê nele. A nova aliança é chamada de “nova”, em contraste com a aliança feita com Moisés, chamada de “antiga” (Jr 31.32; Hb 8.6-13), porque ela, na verdade, alcança o que a aliança mosaica apenas indicava, ou seja, o filho de Deus vivendo constantemente de acordo com o caráter de Deus.

O antigo concerto foi inaugurado (oficial, plena e conclusivamente) por Moisés (9.19,20); o novo, por Cristo. O conceito do concerto humano-divino (diatheke) não é tão complexo para ser prontamente entendido.

É um relacionamento que Deus inicia com seu povo, mas que o povo deve ratificar. E um relacionamento especial, separando o povo do concerto de todos os outros, possibilitando a Deus dizer: eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo (10). Isto envolve da parte do povo não somente certos privilégios mas obrigações definidas, que eles aceitam.

Deus promete certas bênçãos, mas de acordo com termos específicos; assim, o concerto assume (somente em um sentido deduzível) a natureza de um contrato, concordado e assumido mutuamente (veja comentários em 7.20-22 e 9.15,16).

O Serviço Contrastante em Cristo

a) Sua ação contrastante (9.11-15). Mas vindo Cristo — é Ele que faz a grande diferença, tanto no contraste da sua ação como na superioridade da sua pessoa. Ele tinha vindo como o sumo sacerdote dos bens futuros. Seu serviço divino como sacerdote é diferente do serviço levítico, tanto no que diz respeito ao lugar como no sangue sacrificial usado.

Em relação ao lugar (o primeiro ponto de contraste), seu ministério ocorre em um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos (v.11 Mas Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens vindouros, por meio de um maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta criação),).

Imediatamente, segue-se o comentário explanatório: isto é, não desta criação. O santuário com o qual Cristo e seus filhos têm de lidar não é material, visível, local e destrutível; ele, na verdade, é de uma ordem espiritual.

Embora a morte de Cristo fosse física e visível, seu significado interior era relevante para uma estrutura invisível de realidade, o Reino de Deus. Este é mais perfeito em muitos sentidos, mas certamente não menos importantes são sua permanência e acessibilidade universal.

O segundo ponto de contraste é o sangue que foi usado — não de bodes e bezerros, mas [...] seu próprio sangue (12). Aqui também encontramos um terceiro contraste na sua natureza e suficiência definitivas da sua entrada singular — entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. Mueller traduz: “Tendo revelado uma redenção eterna”. A redenção eterna não é obtida incondicionalmente, mas tornada possível.

b) O benefício contrastante (9.13,14). Não há apenas os quatro pontos de contraste observados até aqui, mas há também o contraste infinito entre a eficácia do sangue de Cristo em comparação ao dos animais (quinto ponto). 

O valor inerente do sangue de animais seria virtualmente nulo, mas o valor inerente do sangue de Cristo, o imaculado Deus-homem, seria incalculável. No entanto, este quase desprezível sangue de animais assegurava aos adoradores do AT alguns benefícios — os santificam, quanto à purificação da carne (v.13 Porque, se o sangue de bodes e de touros, e das cinzas duma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne,). 

Esta santificação era uma restauração da sua “pureza exterior” (NEB) e sua aceitabilidade formal por Deus. Eles eram novamente membros sem dolo de uma raça santa, povo escolhido e consagrado a Deus. 1 Pe 2.9. Mas vós sois uma geração eleita, um sacerdócio real, uma nação santa, um povo peculiar, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;

Mesmo esta consequência não era devida ao sangue usado, mas ocorria por intermédio do ato de penitência, adoração e obediência em buscar a reconciliação por meio dos sacrifícios prescritos. Portanto, a lógica é: Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos (13; cf. Lv 16.3,14,15; Nm 19.9,17) cumprirão está tão grande bênção, quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? v.14.

A frase quanto mais é medida pela distância qualitativa entre criaturas malcheirosas e estúpidas e o próprio Deus, seu Criador. Este sangue sagrado de Jesus Cristo Homem foi elevado a um valor infinito pelo fato dEle ter realizado sua ação pelo Espírito eterno, não o Espírito Santo, mas seu próprio espírito, o Filho eterno.

c) O escopo contrastante (9.15ab). Um concerto completamente novo foi instituído para que fosse possível uma purificação profunda. E, por isso, é Mediador de um novo testamento (15). Nesta nova ordem das coisas, a morte de Cristo provê redenção para todas as transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, cancelando, desta forma, sua reivindicação sobre elas e, por meio disso, justificando seu fim. Os chamados, e, aqueles que ouvem o evangelho e obedecem, podem, desta forma, escapar da escravidão da ordem antiga e compartilhar com os gentios crentes a promessa da vida eterna.

É altamente significativo que a morte de Cristo era para as transgressões cometidas debaixo do antigo concerto. Um aspecto disso é visto por Robertson: “Aqui, há uma declaração definitiva de que o valor real dos sacrifícios típicos, debaixo do sistema do AT, estava na sua realização na morte de Cristo.

Assim, Cristo construiu a nova aliança. Mt 26.28. pois isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, o qual é derramado em favor de muitos para remissão dos pecados. Hb 12.24 e a Jesus, o mediador da nova Aliança, e ao sangue da aspersão, que fala coisas melhores do que o de Abel. Enquanto o sangue de Abel exige reparação, o sangue de Cristo promove reconciliação com Deus.

Esta aliança foi realizada mediante o derramar do sangue do cordeiro de Deus, assim se abriram enumeras bençãos, nas diversas áreas da vida do crente. Esta aliança tem como ponto central a glória do Nome de Senhor e por sua vez garantir benefícios ao seu povo.

Vejamos:

1.Agora pertencemos a Deus: 1 Tm 3.15.
2. Cristo é o seu fundamento. Mt 16.18.
3. Comprados pelo sangue de Cristo. At 20.28.
4. Santificada e purificada por Cristo. Ef 5.25-27.
5. Sujeita a Cristo. Rm 7.4; Ef 5.24.
6. Transmite a sabedoria de Deus. Ef 3.10.
7. Deus a defende. Mt 16.18; Is 59.19.
8. Através da aliança Deus nomeou ministros. Ef 4.11-12.
9. A nova aliança consolida a nossa eleição. 1 Pe 2.9.
10. Aliança de Deus nos deu a graça de sermos tesouros dEle. Ml 3.17.


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