GUIA DO CRISTÃO PARA A NOVA VIDA.



 
GUIA DO CRISTÃO PARA A NOVA VIDA.


O Início da Nova Vida.

Sinopse

A humanidade é pecadora por natureza e precisa da justiça de Deus. Devemos nos afastar do pecado e ser separados para a justiça. Se vamos nos aproximar de Deus, precisamos fazê-lo segundo os termos dele: devemos ter uma nova vida na qual, nossos pecados tenham sido perdoados e removidos.

Uma coisa é estarmos convencidos da necessidade de uma nova vida, mas outra completamente diferente é obter a nova vida. Ao sermos “salvos”, dizemos que somos novas criaturas (2 Co 5.17); que passamos da morte para a vida (Jo 5.2); que fomos libertos do império da morte e transportados para o Reino do Filho de Deus (Cl 1.13); que nascemos de novo (Jo 3.3) e que fomos adotados por Deus (Gl 4.4-5). Estas coisas maravilhosas, que advêm com a nova vida, são oferecidas gratuitamente a todo aquele que confia em Cristo para sua salvação.

Um dos benefícios mais empolgantes da nova vida em Cristo é a vida eterna. Iniciamos um relacionamento novo e pessoal com Deus, que nos dá vitalidade espiritual em abundância; essa nova vida é um presente que nunca se perderá. Deus pode realizar uma mudança completa na vida de todos aqueles que realmente crerem em Cristo.

Esquema.

  1. Necessidade de uma nova vida.

Santidade de Deus: Is 6.3. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.

Nosso maior problema é não perceber quem é Deus e como é o seu caráter. Deus NÃO é humano. Ele é Deus, e isto faz com que exista um abismo enorme entre aquilo que há de mais alto em nós e o que há de mais baixo em Deus. A distância entre Deus e nós não pode ser preenchida por nossa iniciativa.

Se a distância deve ser preenchida, Ele o é a partir de Deus, pois Ele é santo. Ser santo significa “Ser separado”. Deus está separado do poder, da prática e da presença do pecado, e isto para a absoluta justiça e bondade. Não há pecado em Deus, e Deus não tem nada a ver com o pecado. Se quisermos nos aproximar de Deus, isso precisa ser feito segundo as condições colocadas por Deus.

Conhecendo a vontade de Deus através da submissão ao Espírito.

No momento em que um pecador arrependido recebe Cristo em seu coração pela fé, o Espírito Santo faz cinco coisas:

  1. Regenera o crente, ou seja, dá a ele uma nova natureza (Jo 3.5-6; Tt 3.5).
     
  2. Batiza o crente no corpo de Cristo (1 Co 12.13).

  3. Habita no crente (Rm 8.9; 1 Co 6.19).

  4. Sela o crente (Ef 1.134.30).

  5. Preenche o crente (At 2.4;At 4.8; At 7.55; At13.2).

Todos estes cinco ministérios acontecem no ato da conversão. O quinto ministério, porém, precisa ser pedido (Ef 5.18; Gl 5.16).


O pecado de Adão.

Gn 3.6-7. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. 7. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueiras e fizeram cintas para si.
Visto da perspectiva humana, o pecado de Adão não parece ser tão grande. Tudo o que ele fez foi dar uma mordida numa fruta. O pecado de Adão se torna grave quando verificamos que aquela era a fruta da árvore do conhecimento do bem e do mal, sobre a qual Deus os alertara, proibindo-os de comer o seu fruto, sob pena de morte (G 2.17).

Até esse momento, Adão era moralmente inocente. Quando pecou, tornou-se pecador por natureza. Por causa disso, ele morreu. Morreu espiritualmente naquele exato momento e começou a morre também biologicamente. Adão foi o primeiro homem a viver sobre a face da terra.

De Adão e Eva vieram todos os outros seres humanos que já habitaram a terra. Dessa forma, Adão é o “pai legal” de todos os outros homens que vieram depois dele. Semelhantes geram semelhantes. Maçãs geram maçãs; cães geram cães; seres humanos geram seres humanos.

Visto que Adão se tornou pecador antes de Eva gerar um filho, todos os seres humanos que descendem deles são pecadores como ele, exceto Cristo. Por causa do pecado de Adão, a morte acomete a raça humana (Rm 5.12-14). Todo ser humano precisa de uma nova vida. Ec 7.20: Pecado individual.

O pecado individual:


Ec 7.20. Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque.

Cada indivíduo, homem, mulher ou criança, que compõe a raça humana é um pecador. Paulo destaca o seguinte em Rm 3.13-16: “A garganta deles é sepulcro aberto...veneno de víbora está nos seus lábios, a boca, eles a têm cheia de maldição e da amargura; são os seus pés velozes para derramar sangue [considere a alta incidência de crimes violentos, assassinatos e abortos que assolam nossa sociedade], nos seus caminhos, há destruição e miséria [o homem corrompe tudo aquilo em que toca].

Tudo isso nos mostra que não há ninguém que busque a Deus e ninguém que faça o que é certo (Rm 3.10-11). Cada pessoa precisa individualmente da justiça de Deus. Sem ela, ninguém pode chegar à presença de Deus. Está claro que todos os seres humanos precisam de uma nova vida pelo fato de serem pecadores (Rm 6.23).

  1. Caminho para a nova vida.

Nova vida: Dom gratuito.

Rm 6.23. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Podemos trabalhar para o pecado, mas ele é um senhor cruel. Quando ele nos paga, seu salário é a morte. Separação de Deus para sempre. Em contrapartida, Deus não paga salário.

Ele tem um dom gratuito a oferecer. Vida eterna. Não há nada que possamos fazer para merecer esse dom - se pudéssemos merecê-lo, não seria um dom. Há três tipos de vida mencionada na vida: (1) vida física, união da alma com o corpo; (2) vida espiritual, união da alma com Deus; e (3) vida eterna, união da alma com Deus.

Jesus disse, “As minhas ovelhas ouvem a minha voz...Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão”(Jo 10.27-28).

O dom de Deus é a vida eterna. Recebemos este dom quando cremos em Jesus como nosso salvador pessoal. Tendo a vida eterna, não perecemos (Cl 1.22).

Nova vida: Baseada na morte de Cristo.

Cl 1.22. Agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis.

A salvação é gratuita, mas não é barata. A salvação é um dom e não me custa nada, mas custou tudo a Deus, Ele custou à vida de Jesus. O salário do pecado é a morte (separação de Deus).

O dom de Deus é a vida eterna (união da alma com Deus). Isto é possível por causa de Jesus na Cruz do Calvário (Rm 6.23). Jesus, de fato, levou toda a penalidade do pecado de cada homem, mulher e criança sobre si, de todos que já viveram ou que viverão. Quando estava dependurado na cruz, ele clamou: “Eli, Eli, lamá sabactâni?” Sua interpretação seria: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46).

Jesus foi separado de Deus, o Pai que você e eu não tivéssemos de ser separados. Este é o cerne da expiação. A maravilha disso tudo é que ele fez isso enquanto ainda éramos seus inimigos: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” Rm 5.8 (At 16.31).

Nova vida: recebida pela fé.

At 16.31. Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.

As palavras faladas ao guarda filipense são a melhor notícia que os ouvidos humanos jamais poderiam ouvir, porque claramente falam como recebemos o dom de Deus, a vida eterna. Quando recebemos o dom de Deus da vida eterna, falamos que somos “salvos”.

O conceito básico da “salvação” ou de “ser salvo” é a libertação. Somos libertos da pena do pecado (morte, separação de Deus) e do poder do pecado. Seremos principalmente libertos da presença do pecado e seremos levados à presença de Deus. Recebemos nova vida pela fé.

Crendo que Jesus morreu por nossos pecados, que sua morte foi em nosso lugar, e que seu pagamento por nossos pecados foi totalmente aceito a vista de Deus. Devemos deixar tudo (arrepender-se dos pecados) para trás e recebê-lo (pela fé, voltarmos- nos a Deus para obter salvação) At 20.21.

  1. Resultados da nova vida.
    Vida eterna.

Jo 5.24. Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.
Um dos benefícios de se ter nova vida em Cristo é chamado na Bíblia de “Vida eterna”. O caráter desta grande realidade pode ser resumido quando analisamos cada palavra separadamente.

A palavra vida enfatiza a qualidade deste novo relacionamento com Deus (Jo 10.10). Não significa, obviamente, que estamos mortos fisicamente antes da salvação; simplesmente enfatiza o fato de que entramos num relacionamento novo e pessoal com Deus, que nos dá vitalidade espiritual total que antes não possuímos Jo 17.3.

A palavra eterna enfatiza a vida sem fim. Embora não seja totalmente completa até nossa futura redenção do corpo (Veja Rm 8.23), é algo que já possuímos e que nunca perecerá (Jo 10.28).

A vida eterna não deve ser entendida como algo que possuiremos exclusivamente no futuro. E, na verdade, algo que pode ser claramente visto em nossos atos.

Assim, “todo assassino não tem a vida eterna permanente em si” (1 Jo 3.15). Na verdade, o amor é a evidência que confirma que possuímos de fato a vida eterna (1 Jo 3.14).

A grandeza desta realidade espiritual constitui um maravilhoso incentivo para proclamação vigorosa do evangelho àqueles que ainda estão “mortos em delitos e pecados” (Ef 2.1). 2 Co 5.17.

Nova natureza.

2 Co 5.17. E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.

O termo nova natureza se refere à transformação espiritual que ocorre no interior do homem quando ele crê em Cristo como Salvador. O cristão é agora novo homem em contrastes com o velho homem que era antes de se tornar cristão (Rm 6.6; EF 2.15; Ef 4.22-24; Cl 3.9-10).

Este conceito de novidade pode ser explicado através da importante escolha entre duas palavras gregas significando “novo”. Um dos conceitos da palavra significa “novo” no sentido de renovação (consertar), e o outro no sentido de nova existência. É a última que é usada para descrever o cristão. Ele não é o velho homem renovado; ele é um homem novo em folha com uma família, novos valores, novas motivações e novas posses.

O velho homem está ainda presente na nova vida e se expressa desprezando ação como mentir (Ef .22; Cl 3.9). O novo homem, para ser visível, deve ser vestido assim como se veste uma nova roupa (Cl 3.10). Em outras palavras, a nova natureza deve ser cultivada ou nutrida por uma decisão espiritual de crescer em Cristo. Não devemos voltar a vestir a velha roupa da antiga vida; ao invés disto, devemos continuar a crescer nesta nova vida (Ef 5.8).

A mensagem da nova natureza é uma mensagem de esperança suprema: o Espírito de Deus pode realizar uma transformação de mudança de vida para todos os que crerem somente em Cristo (Is 61.10).

A justiça de Cristo.

Is 61.10. Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com o manto de justiça, como novo que se adorna de turbantes, como noiva que se enfeita com as suas jóias.

Um dos mais impressionantes requisitos de Deus para os homens e mulheres é que eles sejam justos, ou seja, que estejam de acordo com os padrões divinos de ética e de moral (Sl 15.2; Mq 6.8).

Visto que Deus é santo, Ele não pode permitir que pecadores fiquem em sua presença (Is 6.3-5). Já que todas as pessoas são pecadoras, ninguém poderia ser salvo sem a intervenção sobrenatural de Deus (Rm 3.10-23). As exigências de Justiça por Deus e a incapacidade do homem em satisfazê-las compõem um dilema insolúvel.

O próprio Deus, entretanto, resolveu graciosamente este problema. Ele enviou Cristo, que nunca pecou, para morrer por nossos pecados e assim satisfazer a ira de Deus contra nós. Colocando as coisas de modo simples, isto significa que Deus tratou a Jesus, quando este na cruz, como se Ele tivesse cometido nossos pecados, muito embora Ele mesmo fosse justo. Por outro lado, quando cremos em Cristo, Ele nos trata como se nós fossemos justos com Cristo (2 Co 5.21). A Bíblia chama isso de “justiça atribuída”(Rm 4.6).

Isto quer dizer, simplesmente, que Deus coloca em nossa conta espiritual o valor do próprio Jesus, como um banqueiro que fizesse um depósito inexaurível em nossa conta-corrente. É triste perceber que ainda há pessoas que se recusam a crer que uma bênção tão abundante como esta possa ser alcançada gratuitamente (Ef 2.8-9).

Apesar disso, a Bíblia claramente pede a todos os seres humanos que creiam em Jesus Cristo como Salvador e sejam, assim, considerados justos diante de Deus (Rm 4.24) 1 Jo 3.2.

Introduzido na família de Deus.

1 Jo 3.2. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.
Num sentido geral, todos os homens e mulheres são filhos de Deus no que concerne à Criação (At 17.28-29). Esse relacionamento, entretanto, não é suficiente para compensar o preço do pecado, porque todos são pecadores e separados de Deus (Rm 3.23). Assim, para um pecador ser tornar um filho de Deus, Uma transformação milagrosa acontece. A Bíblia se refere a essa mudança como “nascer de novo” (Jo 3.3).

Quando um indivíduo coloca sua fé em Cristo como Salvador, nasce de novo num novo relacionamento familiar e espiritual com Deus (Gl 3.26). Ele passa a ter Deus como Pai (Ef 4.6) e outros cristãos como irmãos e irmãs (Hb 3.1).

É importante notar que o termo “amor fraternal”, que os cristãos precisam ter uns para com outros (Hb 13), nunca é usado na língua grega ser referindo a amar os outros como se fossem irmãos. Ao contrário, ele é sempre usado significando amar aqueles que, realmente, são nossos irmãos. Assim é na fé cristão: realmente somos irmãos e irmãs de outros cristãos.

Os cristãos não só são filhos de Deus através do nascimento espiritual; eles são também adotados (Ef 1.5). Essa figura implica na dramática transformação de status de escravos para filhos (Gl 4.1-5).

Não somos mais escravos de um senhor, mas nos tornamos filhos livres, possuindo todos os direitos e privilégios da filiação. Um desses benefícios é o direito de chamar Deus de Aba, um termo afetivo que significa “pai” (Rm 8.15).

Esse maravilhoso relacionamento traz responsabilidades, assim como privilégios. Todos que têm a esperança de ter filiação aperfeiçoada um dia estão purificando sua própria vida no presente. Já que possuem o relacionamento familiar com Deus, devem também revelar o caráter familiar (At 1.8).

Capacitado por Deus.

Atos 1.8. Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

Uma das desculpas mais comuns para as pessoas não se tornarem cristãs é o medo de não conseguir viver uma vida Cristã. Além de ignorar o fato de que os homens não podem ser salvos através de suas boas obras (Tt 3.5); (Ef 2.8,9), esta objeção rejeita a verdade de que Deus nos dá poder para vivermos uma vida cristã.

Antes de Cristo ser crucificado, ele prometeu que o Espírito Santo viria para ajudar os crentes (Jo 16.13-14). Os eventos subsequentes do Livro de Atos fornecem amplas evidências do cumprimento desta profecia (At 4.7,33; 6.8).

O poder do Espírito Santo não foi unicamente designado à Igreja do primeiro século.

Todos os cristãos são templos do Espírito não deve ser encarado como simplesmente permitir que o Espírito assuma o controle, enquanto o crente não faz nada. O crente, ainda assim, precisa viver uma vida cristã, embora ele o faça através do poder do Espírito. Rm 8.13 diz “Se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis.

O cristão que luta com suas próprias forças para viver uma vida cristã certamente fracassará. Pela fé, ele deve se apropriar diariamente do poder do Espírito Santo (Rm 8.4-5).

De uma forma prática, isto significa que o crente confia que o Espírito vai lhe dar poder em situações específicas, como compartilhar sua fé outros, resistir à tentação, ser fiel etc.

Não há uma fórmula secreta que faça com que o poder do Espírito esteja disponível. É simplesmente uma questão de crer que o Espírito ajudará.

  1. Vivendo a nova vida:
    Promessa de Deus.

Tt 1.2. Na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos.

Frequentemente, as pessoas duvidam de sua salvação simplesmente porque não se sentem salvos, por não compreenderem que a base para a salvação é a promessa de Deus e não sentimentos emocionais. Na realidade, toda a Trindade está envolvida nisso.

  1. A promessa e oba do Pai na nossa salvação. Ele nos prometeu aceitar graciosamente em Cristo todos os pecadores arrependidos (Ef 1.6; Cl 3.3). Isso significa que um crente tem o direito de ir para o céu algum dia porque está em Cristo. Deus nos garante que fará todas as coisas cooperarem para o nosso bem (Rm .2.8).

  2. A promessa e a obra do Filho no céu, mas também nosso serviço cristão atual aqui na terra. Na verdade, ele está orando por nós e ministrando a nós exatamente neste momento, à mão direita de seu Pai (Hb 8.1; 9.24).

  3. A promessa e obra do Espírito Santo. O Espírito Santo habita no crente (Jo 14.16). Além disso, ele coloca todos os pecadores crentes no corpo de Cristo, nos assegurando a união com o próprio Deus (1 Co 12.13) 1 Jo 3.24.

Testemunho do Espírito.

1 Jo 3.24. E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu.

Mesmo sendo verdade que um indivíduo não precisa sempre se sentir espiritual para ter a nova vida em Cristo, os sentimentos e as emoções, de fato, têm um papel vital na nossa salvação. Tanto Paulo (Rm 8.16) quando João (1 Jo 3.24) nos informam que podemos experimentar aquele testemunho interior do Espírito Santo com o nosso espírito.

O que isso significa? Significa que podemos desfrutar da tranquila confiança dada pelo Espírito de que, de fato, passamos da morte para a vida. Significa que, agora, podemos nos achegar ao poderoso Criador deste vasto universo e chamá-lo de Aba, Pai (Rm 8.15).

Aba é um termo pessoal e íntimo em referência aos pais. Antes do Pentecostes, somente Cristo tinha usado esse título para Deus (Mc 14.36). Ele é quase semelhante ao nosso termo “papai”. Isso não só significa que podemos nos achegar ao trono da graça com uma ousadia santa (Hb 4.16), mas também podemos experimentar a bênção de conhecer aquele Pai que ouvirá e responder nossas orações (1 Jo 3.22).

O apóstolo Paulo experimenta esse testemunho durante uma crise em sua vida, enquanto pregava em Corinto. Veja Atos 18.9-10.

Vida transformada.

1 Co 6.11. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas foste justificados em o nom do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.

A primeira estrofe de uma famosa música cristã começa: “Que mudança maravilhosa em minha vida aconteceu quando Jesus entrou no meu coração”.

Sem dúvida a maior prova do novo nascimento é uma vida mudada. O filho de Deus agora, de repente, ama o seguinte:

  1. Ele ama Jesus. Antes da conversão um pecador poderia ter Cristo em alta estima, mas após sua conversão ele ama o salvador.

  2. Ele ama a Bíblia. Devemos amar a Palavra de Deus como o salmista fez no Sl 119. Ele expressa seu grande amor pela Palavra de Deus nada menos do que 17 vezes! Veja os versículos 24, 40, 47, 48, 72, 97, 103, 111, 113, 127,129, 140, 143, 159, 162, 15, 168.

  3. Ele ama outros cristãos. “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos...”(Jo 3.14).

  4. Ele ama os inimigos. Veja Mt 5.43-45.

  5. Ele ama a alma de todas as pessoas. Como Paulo, ele também pode clamar pela conversão dos seus amados. “Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos”. (Rm 10.1). Veja também 2 Co 5.14.

  6. Ele ama a vida pura. João diz que, se alguém ama o mundo, o amor do Pai não esta nele (1 Jo 2.15-17). Veja também 1 Jo 5.4.

  7. Ele ama falar com Deus. “Falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais” (Ef 5.19).

Crescendo na Nova Vida.

Sinopse

Saber como crescer na nova vida é algo essencial. O velho adágio é sempre válido: “O pecado vai afastá-lo da Palavra de Deus, e a Palavra de Deus vai afastá-lo do pecado”.

Nada é mais importante no crescimento cristão do que a oração. Ela pode ser definida como o ato de falar com Deus e ouvi-lo. Falamos com ele com nossos lábios e nosso coração e ele fala conosco por meio de sua vontade. É como se estivéssemos numa estrada de duas mãos. E impossível atingir a maturidade espiritual sem um programa sistemático de oração.

A adoração também é essencial ao crescimento cristão. Adorar a Deus envolve prestar honra e respeito a Deus, a cerimônia particular e pública de respeito a Deus, a cerimônia particular honra e respeito a Deus, a cerimônia particular e pública de adoração e a cerimônia particular e pública de adoração e o serviço cristão prestado com alegria ao SENHOR. Os cristãos que se submetem ao senhorio de Cristo em reverência de serviço crescerão na vida espiritual.

A Bíblia descreve a vida cristã como “[andar] no Espírito” (Gl 5.16). O ato andar representa muito bem o caráter de passo a passo da vida espiritual.

Viver pelo poder do Espírito é entregar-se a cada momento à vontade e à vontade e à direção do Espírito. A evidência de que estamos andando no Espírito é a demonstração do fruto do Espírito.

(Gl 5.22-23). Andar no Espírito envolve confissão de pecados, entrega a Deus e sermos cheios e dirigidos pelo Espírito.

Estudo Bíblico

Lendo a Palavra de DEUS.

Ne 8.3. E leu o livro, diante da praça, que está fronteira à Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens e mulheres e os que podiam entender; e todo o povo tinha os ouvidos ao Livro da Lei.

Uma das grandes provas da inspiração divina da Bíblia é a sua capacidade única de convencer homens e mulheres dos seus pecados. Vamos considerar apenas alguns exemplos tanto do Antigo quando do Novo Testamento que demonstram o poder salvador das Escrituras.

Exemplos do Antigo Testamento.

  1. Josias, o jovem e piedoso rei Judeu que governou o povo de Deus quase sete séculos antes de Cristo, foi o sucessor de um rei ímpio que odiava a justiça. No início do reinado de Josias, uma cópia da Palavra de Deus foi encontrada no tempo. Ao ser lida para o rei, tanto ele quanto o povo se convencem de seu pecado em não cumprir a lei de Deus. Acontece um grande reavivamento (2 Cr 34.18-21).

  2. Neemias volta para ajudar o remanescente judeu a reconstruir os portões de Jerusalém. Este grande construtor de muros tem tamanha consideração pela Palavra de Deus, que reúne o povo e promove a leitura das Escrituras por três horas diárias. Isto logo faz com que eles confessem seus pecados (Ne 9.3).

Exemplos do Novo Testamento.

Antes de subir ao céu, Jesus prometeu que o Espírito Santo viria sobre os apóstolos. “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8). Há diversos exemplos no NT em que o Espírito Santo usa a Palavra de Deus para convencer as pessoas de seus pecados. No Pentecostes, Pedro usa as Escrituras para repreender Israel por ter crucificado o Messias. Este sermão resulta na conversão de três mil almas (At 2.37,41).

Memorizando a Palavra de Deus.

Jó 22.22. Aceita, peço-te, a instrução que profere e põe as suas palavras no teu coração.

Nem sempre é possível estudar a Bíblia apenas lendo. Se você memorizar porções da Palavra de Deus será capaz de meditar sobre o seu significado mesmo nos momentos em que não tiver uma Bíblia á disposição. A Bíblia reconhece a importância de memorização. Podemos citar os seguintes benefícios dessa atitude:

  1. Ajuda o filho de Deus a não pecar (Sl 119.11).

  2. Traz conforto em tempos de dificuldade (Sl 119.52,92).

  3. Leva nossas mentes a Deus (Sl 43.3).

  4. Dá sustento diário á nossa vida espiritual (Dt 8.3).

  5. Dá orientação contínua e precisa para todas as situações da vida (Pv 6.20-23).

  6. Dá as bases para a instrução formal e informal de seus filhos (Dt 6.6-7).
Meditando na Palavra de Deus.

Js 1.8. Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, mediante nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quando nele está escritor; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido.
Josué acabara de assumir o posto de substituto de Moisés como líder da nação de Israel. Moisés liderou a nação por 40 anos e tinha todos os benefícios que toda sabedoria e cultura do Egito e a vida na casa real poderiam prover.

Moisés era um homem maduro e cheio de talentos que andava com Deus. Josué, ao contrário, era relativamente inexperiente. Estava assumindo uma enorme responsabilidade ao lidar em grupo de dois milhões e meio de pessoas. Se havia alguém que precisava de uma fórmula para o sucesso, essa pessoa era Josué.

É bem provável que existissem inúmeras pessoas bem-intencionadas com todo tipo de conselho e fórmulas para ajudas Josué naquela tarefa aparentemente impossível. Que conforto e segurança Josué deve ter sentido quando o SENHOR (Yahweh) falou diretamente com ele, assegurando-lhe sua presença do mesmo modo como fora com Moisés (Js 1.5) e dando-lhe a chave do sucesso: meditação na Palavra de Deus.

Josué deveria meditar na Palavra de Deus dia e noite (ou seja, o tempo todo) e, como promessa, ele seria próspero e bem-sucedido na tarefa dada por Deus a ele. Ler e memorizar as Sagradas Escrituras são a base da meditação na Palavra de Deus. Meditar na Palavra de Deus é repetir os seus pensamentos continuamente com o objeto de entender suas implicações para as situações da vida. Meditar na Palavra de Deus garante prosperidade e sucesso para a nova vida.

Obedecendo à Palavra de Deus.

Dt 31.12. Ajuntai o povo, os homens, as mulheres, os meninos e o estrangeiro que está dentro da vossa cidade, para que ouçam, e aprendam, e temam o SENHOR, vosso Deus, e cuidem de cumprir todas as palavras desta Lei.

Ler, memorizar e meditar na Palavra de Deus não tem sem a correspondente obediência a ele. Obedecer à Palavra de Deus é fazer o que ele diz que deve ser feito em cada situação. Obedecer à sua Palavra é a única maneira de um filho de Deus agradá-lo em sua nova vida.

Essa obediência resulta em: valorização por parte de Deus (Êx 19.5); bem-aventurado (felicidade) na vida (Sl 119.2); não ser envergonhado (Sl 119.4-6); entendimento (Sl 119.100); desvio do mal (Sl 119.101); orientação para a vida (Sl 119.105); segurança e tranquilidade (Pv 1.33); vida (Pv 19.16; Ez 18.19; J 8.51); bênção de Deus (Is 1.19); grandeza no reino dos céus (Mt 5.19); geração de frutos para Deus (Mt 13.23); manifestação do amor de Deus (Jo 14.23; 1 Jo 2.5); promessa da presença de Deus (Jo 14.23; 2 Jo 9); permanência no amor de Deus (Jo 15.10); evidência da doutrina que foi ensinada (Rm 6.17); segurança de salvação (1 Jo 2.3); vida eterna (1 Jo 2.17); permanência com Deus (1 Jo 3.24); amor pelos filhos de Deus (1 Jo 5.2); e entrada no céu (Ap 22.7).


Oração.

Louvor.

Sl 150.1 Aleleui! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder.

Louvar a Deus é reconhecer as glórias de sua excelsa pessoa. É um pouco diferente da ação de graças, em que descrevemos o que Deus tem feito. Eis alguns fatos sobre o louvor:

  1. Somente Deus é digno de louvor (Sl 18.3; 113.3).

  2. A vontade de Deus é eu o louvemos (Sl 50.23; Is 43.21).

  3. Este louvor deve ser contínuo (Sl 34.1; 71.6) e também público (Sl 22.25).

  4. Devemos louvar a Deus por sua santidade (2 Cr 20.21), graça (Ef 1.6), bondade (Sl 135.3) e misericórdia (Sl 138.2).

  5. Toda a natureza louva a Deus (Sl 48.7-10).

  6. O sol, a lua e as estrelas o louvam (Sl 19.1; 148.3).

  7. Os anjos o louvam (Sl 148.2).

Na verdade, aprendemos que, em determinadas ocasiões, Deus usa até mesmo a ira dos homens para louvá-lo (Sl 76.10).

Podemos ver um exemplo disso quando José foi vendido como escravo por seus irmãos (Gn 37.28). Mais tarde, Deus usa este ato de crueldade para promover José ao segundo posto na hierarquia do Egito. O próprio José destacou: “Vós, na verdade, intentaste o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida” (Gn 50.20).

Confissão.

1 Jo 1.9. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.

Um dos capítulos mais memoráveis do Antigo Testamento é o Salmos 51. Esse Salmo contém as palavras reais de confissão do rei Davi após seus grandes pecados de adultério e homicídio (2 Sm 11).

Essa oração pode servi como um padrão para o cristão, quando for culpado de um pecado em sua vida.

  1. Davi começa sua oração admitindo livremente seu pecado (Sl 51.3-4). Essa honestidade é vital em nossa confissão. Deus, graciosamente, nos perdoará de todos os nossos pecados, mas não causa de nossas desculpas.
     
  2. Ele, então, demonstra sua real tristeza por causa de seu pecado (Sl 51.17). Paulo escreve (2 Co 7.10) que a principal característica da confissão verdadeira é uma tristeza piedosa.

  3. Peça a Deus perdão (Sl 51.1,7-9).

  4. Ele crê que Deus o ouviu e irá restaurá-lo (Sl 5112-15).

No Novo Testamento, o versículo mais importante sobre confissão é 1 João 1.9. Essencialmente, João nos diz que o meio para sermos perdoados e purificados é o sangue de Cristo, enquanto o método para esse perdão e purificação é a confissão do Cristo.

Assim como Davi, devemos admitir nosso pecado, arrepender-nos das ações de nossos pecados, clamarmos pelo sangue de Cristo e cremos que Deus já fez o que prometeu, a saber, nos purificar e nos restaurar à comunhão e ao serviço.


Petição
1 Sm 1.17. Então, lhe respondeu Eli: Vai-te em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste.

Uma das grandes diferenças entre o cristianismo e as outras religiões é que o crente tem um Deus que ouve e responde às suas orações. No AT, durante uma disputa com Elias, os profetas de Baal fizeram esforços desesperados para ouvir a voz de seu deus, tentando fazer isso através de gritos e até de autoimolação, mas tudo foi em vão. “Porém não havia uma voz que respondesse” (1 Rs 18.26). Como estas palavras são diferentes daquelas usadas pelo salmista: “Entretanto, Deus me tem ouvido e me tem atendido a voz da oração” (Sl 66.19).

  1. A natureza da petição. Antes de mais nada, vemos que Deus nos manda orar (Mt 7.7-8; 1Tm 2.8). Ao oramos, nossas petições devem ser feitas pela fé (Tg 1.6) em nome de Jesus (Jo 14.13). Se estas regras básicas forem seguidas, podemos descansar na certeza de que nossas orações estão sendo ouvidas (1 Jo 3.2; 5.14-15).

  2. O objeto da petição. Por quem ou como devemos orar? Em primeiro lugar, precisamos orar por nós mesmos, pois, a não ser que estejamos dentro da vontade de Deus, ele não poderá ouvir nossas petições relacionadas a outras coisas. Portanto, devemos começa orando por purificação (1 Jo 1.9) e sabedoria (Tg1.5). 
     
  3. Outras áreas de nossa petição envolvem os lideres espirituais (Cl 4.3), crentes que estejam doentes (Tg 5.14-15), governantes (1 Tm 2.1-3) e até mesmo os nossos inimigos (Mt 5.44).

Ações de graças.

Fp 4.6. Não andeis ansiosos de coisa alguma: em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.

A importância e benefícios espirituais de dar graças em nossa vida de oração precisam ser enfatizados. A Bíblia nos diz que Deus resiste ao orgulhoso, mas dá graça aos humildes? Quando damos graças! Uma boa regra e não ser ansioso por coisa alguma (Fp 4.6), estar em oração por todas as coisas (1 Ts 5.18), e ser agradecido por tudo.

Foi o pecado da falta de gratidão que fez com que o mundo se jogasse nas terríveis profundezas do depravamento sexual (Rm 1.21). No Antigo Testamento, um grupo de sacerdote foi apontado para não fazer coisa alguma a não ser louvar e dar graças ao Senhor (2 Cr 31.2).

Há duas coisas principais pelas quais damos graças a Deus:
  1. Devemos da graça a ele por sua obra da criação. Davi nos lembra esta área de gratidão no Sl 100. Mais tarde, o apóstolo João nos fala que daremos graças a Deus pela sua obra da criação por toda a eternidade.

    Perceba as palavras deste cântico de louvor: “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas” (Ap 4.11).

  2. Devemos ser gratos a ele por sua obra da redenção. João também nos informa que nosso segundo cântico no céu será de ação de graça pela obra de redenção de Deus:
É entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque fostes mortos e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação” (Ap 5.9).

Entrega.

Pv 16.3. Confia ao SENHOR as tuas obras, e os teus desígnios serão estabelecidos.

Dedicação é o fundamento da entrega. Sim ela, o crente não é capaz de oferecer nada mais a Deus. Paulo explica o processo de dedicação em Rm 12.1-2. Ele enfatiza três coisas. Primeiro, é o nosso corpo que precisa ser dedicação como sacrifício vivo a Deus. Segundo, não devemos nos conformar com o mundo, mas, sim renovar a nossa mente pela Palavra. Por último, ao fazemos isso podemos descobrir a perfeita vontade de Deus para nossa vida.

Depois da dedicação de nossos corpos, o que mais devemos entregar? Devemos confiar a nossa salvação a Deus (2 Tm 1.12).

Segundo, devemos confiar-lhe as nossas obras (Pv 16.3). Então, os nossos objetivos de vida devem ser entregues a ele (Jó 5.8; Sl 37.5). É difícil, ainda que fundamental, entrega as nossas experiências dolorosas a Deus ( 1Pe 4.19).

Nosso Senhor Jesus fez exatamente isso quando esteve na terra (1 Pe 2.22). Por fim, na hora da morte, podemos entregar com total confiança as nossas próprias almas a Deus (Sl 31.5). O apóstolo Paulo nos assegura que qualquer uma dessas entregas era aceita e honrada por nosso Senhor. Ver 1 Co 12.1-10.

Mordomia Cristã.

Usando os dons espirituais.

1 Co 12.1-10. A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. 2. Sabeis que, outrora, quando éreis gentios, deixáveis conduzir-vos aos ídolos mudos, segundo éreis guiados. 3. Por isso, vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo. 4. Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. 5. E também há diversidade nos serviço, mas o Senhor é o mesmo. 6. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos. 7. A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso. 8. Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; 9. a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; 10. a outro, operação de milagre; a outro, profecia; a outro, discernimento de espírito; a um, variedade de língua; e a outro, capacidade para interpretá-las.

Os dons espirituais são discutidos detalhadamente em quatro passagens do Novo Testamento: Rm 12.3-8; 1 Co 12.1-10, 28-31; Ef 4.11-12; e 1 Pe 4.10-11. Estas listas devem ser consideradas como representantes dos dons espirituais. Os dons espirituais são aqueles dons pelo Espírito de Deus para o cumprimento do propósito de Deus no mundo e para a edificação da igreja, o corpo de Cristo. Duas coisas são importantes para serem lembradas em relação aos dons espirituais:

(1) todos os crentes receberam dons espirituais (Rm 12.5-6; 1 Co 12.7; 1 Pe 4.10); e (2) todos os dons pertencem a Deus e são dados para que os crentes os usem para a glória de Deus (1 Pe 4.11).

Servindo.

Gl 5.13. Porque vós, irmãos, foste chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.

Deus espera que a vida cristã seja dinâmica, não estático. Devemos nos colocar debaixo do ensinamento da Palavra de Deus, compreender e aplicar seu significado e implicações, e servir a Deus e aos nossos irmãos crentes. O Espírito de Deus nos deu espirituais, mas tais dons não têm valor a menos que eles sejam colocados em prática no serviço a Deus e à sua igreja. Paulo geralmente usa a figura humana para mostrar a dependência dos membros do corpo uns dos outros e a importância de cada membro servir ao outro (Rm 12.4-5; 1 Co 12.12-31).

Mesmo que alguns membros do corpo tenham lugares mais proeminentes no serviço do que outros, todos são igualmente importantes. A pior coisa que pode acontecer com o corpo humano é uma das partes não funcionar. Paralisia, doença, deterioração e algumas vezes morte ocorrem quando um membro para de servir aos outros membros do corpo de alguma forma em especial que Deus definiu. Para manter a força, saúde e vitalidade, cada membro do corpo deve funcionar e servir a todos os membros do corpo. Isto também verdadeiramente se aplica à vida espiritual ou nova vida. Crescemos na nova vida, fortalecemo-nos e mantemos uma boa saúde espiritual conforme usamos nossos talentos e habilidade que Deus nos deu para suprir as necessidades dos outros membros do corpo.

Oferta.

2 Co 9.6-8. E isto afirmo: aquele que semeia pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. 7. Cada um contribua segundo tiver propósito no coração, não com tristeza ou por necessidade; por que Deus ama a quem dá com alegria. 8. Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra.

Não há nenhum indicativo melhor de crescimento na nova vida do que na área da oferta. Este texto da atitude que devemos ter com a oferta – devemos ser uma atitude de alegria. Quando a oferta e alegre, ela será generosa.

A regra mais importante não é quanto da, mas quanto sobra depois da oferta. Deus não está muito preocupado com a quantidade que foi ofertada, mas com a motivação que está por trás da oferta. Todo dinheiro do mundo pertence a Deus.

Minha oferta a ele não o faz mais rico; faz a mim mais rico espiritualmente porque percebo que tudo é dele e que estou dando porque eu o amo e quero dar.

A fórmula para a oferta está em 1 Co 16.2, onde vemos três princípios: (1) a oferta deve ser regular, “no primeiro dia da semana”; (2) a oferta deve ser sistemática, “cada um de nós ponha de parte”; e (3) a oferta deve ser proporcional, “conforme a sua prosperidade”.

Não dar o dinheiro que Deus no deu é uma questão séria. A pessoa que não honra a Deus com seu dinheiro está, na realidade, roubando a Deus (Ml 3.8), não porque isto faz com que Deus fique mais pobre, mas porque nega o meio ordenado por Deus para o sustento de sua obra e ministério.

Para o filho de Deus que honra a Deus com seu dinheiro, Deus promete bênçãos abundantes (Ml 3.10; Lc 6.38) e provisão para todas as suas necessidades (Fp 4.19). Desta forma, ofertar é a chave para o crescimento na nova vida.

Adoração.

1 Cr 16.29. Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome; trazei ofertas e entrai nos seus átrios; adorai o SENHOR na beleza da sua santidade.

Adoração está relacionada à suprema honra ou veneração dada tanto em pensamentos quanto em atos a uma pessoa ou coisa. A Bíblia ensina que somente Deus é digno de adoração (Sl 29.2), mas também registra tristes episódios de pessoas que tinham outros objetos de adoração. Entre esses objetos, destacamos pessoas (Dn 2.46), falsos deuses (2 Rs 10.19), imagens e ídolos (Is 2.8; Dn 3.5), corpos celestes (2 Rs 21.3), Satanás (Ap 13.4) e demônios (Ap 9.20). É realmente trágico perceber que muitos adoravam a deuses que podiam carregar, e não deuses que os carregassem.

Somente o Deus Todo Poderoso é digno de adoração (Ap 4.11).
A verdadeira adoração envolve pelo menos três elementos importantes:

a) A adoração requer reverência. Isto inclui à hora e o respeito direcionados ao Senhor em pensamentos e sentimento. Uma coisa é obedecer a um superior sem ter disposição para tal; outra, completamente diferente, é entregar os pensamentos e emoções em obediência. Jesus disse que aqueles que adoram a Deus precisam fazê-lo “em espírito e em verdade” (Jo 4.24).

O termo espírito fala da natureza pessoal da adoração: é de minha pessoa para a pessoa de Deus e envolve intelecto, emoção e vontade. A palavra verdade fala do conteúdo da adoração: Deus se agrada da nossa adoração quando compreendemos o seu verdadeiro caráter.

b) A adoração inclui expressão pública. Isto era especialmente dominante no AT por causa do sistema sacrificial. Quando um crente recebia, por exemplo, uma bênção em particular pela qual queria agradecer a Deus, dizê-lo apenas em particular não era suficiente. Ele expressava sua gratidão publicamente através de uma oferta de ação de graça (Lv 7.12).

c) A adoração significa serviço. Estes dois estão intimamente ligados nas Escrituras (Dt 8.19). Além disso, as palavras usadas para adoração tanto no Antigo quanto no Novo Testamento se referem, originalmente, ao trabalho dos escravos ao seu mestre. A adoração inclui o alegre serviço que os cristãos rendem a Cristo, seu Mestre. O conceito de adoração não deve ficar restrito à presença na igreja, mas deve abranger uma vida inteira de obediência a Deus.

As expressões da adoração.

Hb 13.15. Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome.

Visto que a adoração engloba pensamentos, sentimento e feito, ela pode ser expressa de várias formas. A adoração inclui principalmente o louvor e a gratidão, que podem ser expressos em particular ou em público, tanto por declarações de gratidão (Hb 13.15) quando por cânticos de alegria (Sl 100.2; Ef 5.19; Cl 3.16). Porções de hinos de adoração dos primeiros cristãos podem, de fato, ter sido preservado no Novo Testamento (1 Tm 3.16; 2 Tm 2.11-13).

Uma expressão de adoração muito importante para a igreja e a lembrança da morte de Cristo através da Ceia do Senhor (1Co 11.26). A ceia do Senhor foi instituída pelo próprio Cristo (Mt 26.26-28) e julgada por Paulo como algo não deve ser tomado levianamente (1 Co 11.28-32).

Visto que a adoração significa dar algo a Deus, dar dinheiro à obra de Deus com alegria é certamente um ato de adoração (2 Co 9.7). Quando alguém dá de seu tempo à obra de Deus, pode também ser considerado adoração. O uso dos dons espirituais no ministério do Corpo de Cristo constitui um exemplo de adoração como serviço (1 Co 12), assim como a fiel ocupação de um cargo na igreja (Ef 4.11; 1Tm 3.1-13; Tt 1.5-9). O ministério da edificação dos santos e a evangelização dos pecadores são considerados também cultos de adoração.

O mais importante ato de adoração para um cristão é a sua apresentação desqualificada a Deus como um servo obediente. Essa dedicação envolve o corpo e a mente (Rm 12.1-2): o corpo, porque ele contém as ferramentas pelas qual a vontade de Deus será cumprida; a mente, porque ela coordena as ações executadas pelo corpo. Quando essas coisas são devotadas com alegria a Deus, eles se tornam instrumentos pelos quais ele efetua sua vontade na terra. Tal culto fiel e alegre faz de toda a vida da pessoa um desempenho de adoração.

As razões da adoração.

2 Cr 7.3. Todos os filhos de Israel, vendo descer o fogo e a glória do SENHOR sobre a casa, se encurvaram com o rosto em terra sobre o pavimento, e adoraram, e louvaram o SENHOR, porque é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre.

A primeira razão para adoração a Deus e que ele nos ordena isso (1 Cr 16.29; Mt 4.10). Nos Dez Mandamentos vemos que os quanto primeiros, que, inclusive, são os mais longos, claramente incumbem o homem de adora o Único e verdadeiro Deus e somente ele (Êx 20.3-10). Permitir que qualquer coisa ou pessoa assuma a posição de Senhor sobre nossas vidas se constitui numa terrível desobediência à vontade de Deus, a qual traz a ira de Deus (Êx 20.5; Dt 27.15). Todas as pessoas são destinadas a prestar reverência a Deus, mesmo que a contragosto (Fp 2.10).

Uma razão igualmente importante para adorarmos a Deus é que ele merece nossa adoração. Somente ele possui os atributos que o fazem digno de nossa adoração e culto. Entre esses atributos, encontramos bondade (Sl 100.4-5), misericórdia (Êx 4.31), santidade (Sl 99.5-9) e o poder criador (Ap 4.11). Quando os homens dos tempos bíblicos viam claramente a glória de Deus revelada, a única coisa que podiam fazer era prostrar-se em adoração. Exemplos dessas reações podem ser vistas nas ações de Moisés (Êx 34.5-8), Paulo (At 9.3-6) e João (Ap 1.9-17).

Uma última razão para adoração é que o homem precisa dela. As pessoas não conseguem encontrar pessoal longe da alegria submissão de si mesmo em adoração a Deus. Ele é o criador, e elas são criaturas (Ap 4.11). As pessoas que adotam como mestre qualquer outra coisa que não seja Deus estão construindo suas vidas sobre a areia. Elas nunca serão mais fortes do que objeto que adorem (Sl 115.4-8). Aquele que adora a Deus, porém, não somente habitará o céu (Ap 7.9-12), mas também encontrará alegre satisfação para o presente (Rm 12.2; Cl 3.24).

Participação na Igreja local.

Rm 16.4. os quais pela minha vida arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhe agradeço, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios.

A igreja local é geograficamente localiza, temporalmente limitada a uma manifestação evidente da igreja universal, do corpo de Cristo. Na primeira fase do Novo Testamento, a igreja local se reunia em sinagogas judaicas e tinha uma organização simples (Tg 2.2). Mais tarde, a igreja se reunia nas casas dos crentes (Rm 16.5) e era bastante comum encontrar um número de igreja em uma área (Gl 1.2). A idéia de se reunir em um prédio construído com esse propósito exclusivo é uma idéia posterior ao Novo Testamento.

A razão para participação na igreja local.

Hb 10.25. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quando vedes que o Dia se aproxima.

A maior razão para participarmos de uma igreja local é porque isso é especificamente ordenado por Deus. Mesmo na época do Novo Testamento havia aqueles que se rendiam a tentação de se ausentarem dos cultos de adoração da igreja. O autor de Hebreus enfatiza que os membros de uma igreja local têm uma obrigação uns com os outros. Eles devem encorajar uns aos outros a fazer boas obras e exortar uns aos outros a viverem vidas consistentes dignas de Deus. Isso pode ser feito da melhor forma dentro do contexto de uma igreja local; assim, os crentes são ordenados a não deixarem de se congregar.

Benefícios da participação na igreja local.

Atos 2.42-47. E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. 43. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. 44. Todos os que creram juntos e tinham tudo em comum. 45. Vendiam as suas propriedade e bens, distribuindo o produtos entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. 46. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, 47. louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhe o Senhor, dia a dia , os que iam sendo salvos.

Os benefícios de se participação de uma igreja local são imediatamente aparentes. Esta passagem relata as primeiras reuniões numa igreja local.

Podemos tirar sete benefícios aparente da participação em uma igreja local: instrução – “perseveraram na doutrina dos apóstolos”; comunhão – “e comunhão”; observância das ordenanças – “partindo o pão”; oração conjunta – “oração”; evangelização eficaz – “em cada alma havia temor”; causa comum – “tinham tudo em comum”; e assistência mútua – “distribuindo o produto entre todos à medida que temor”; causa comum – “tinham tudo em comum”; e assistência mútua – “distribuindo o produto entre, à medida que alguém tinha necessidade”.

Além disso, quanto outros benefícios são claros: adoração (At 20.7); disciplina (Mt 18.15-17; 2 Co 13.1-10); cuidado pastoral (1 Pe 5.1-3); e obediência aos mandamentos de Deus (Hb 10.25); A participação na igreja local não é opcional para o filho de Deus. É imperativo e rende benefícios eternos.

Compartilhando nossa fé.

Mt 28.19. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

Há pelos menos seis razões que nos compelem a compartilhar nossa fé em Cristo com aqueles que nunca experimentarem uma nova vida em Cristo.

  1. Porque Deus nos mandou que o fizéssemos. As palavras finais de Jesus enquanto estava na terra (At 1.8) e também a Bíblia (Ap 22.17) falam sobre isto.

  2. Porque é uma forma de demonstrar nosso amor por Deus. Cristo disse que, se verdadeiro o amamos, nós guardaríamos seus mandamentos (Jo 14.15).

  3. Todos pecaram (Rm 3.10.23).

  4. Porque o nosso compartilhar é o método escolhido por Deus para que pessoas saibam sobre ele. Ele poderia ter usado os anjos, mas não o fez. Somente pecadores redimidos podem contar aos perdidos a respeito de Cristo: Veja Rm 10.14-17; At 8.3.

  5. Porque Deus deseja que todos sejam salvos (At 4.12; 2 Pe 3.9; 1 Tm 2.4).

  6. Porque, um dia, alguém compartilhou sua fé conosco. Pode ter sido um professor de escola bíblica fiel ou um pastor de Deus, ou um pai ou mãe de oração. Em outras palavras, eles têm o direito de esperar que façamos o mesmo em relação aos outros.

Compartilha nossa fé:

Por quê?

1 Co 15.3-4. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4. e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.

Antes de debater o que é para ser compartilhando a respeito da nossa fé mencionemos algumas coisas que não devemos fazer. Não fomos mandados a forçar os padrões o mundo incrédulo (1 Co .12). Não devemos confundir as pessoas permitindo que eles creiam que ser membro da igreja, dar o dízimo ou qualquer boa obra estão de algum modo ligados com o se tornar (Ef 2.8-10).

Na verdade, temos somente uma coisa para compartilhar com um não-salvo, e isto é o evangelho de Cristo. Segundo Paulo, isso envolve a morte e ressurreição de Cristo (1 Co 15.-). Um plano para compartilhar sua fé pode ser o seguinte:

  1. A palavra de Deus diz que todos são pecadores, condenados ao inferno (Is 55.6; Rm 3.10-11,23; 5.8,12; Ap 20.).
     
  2. Não há nada que um perdido possa fazer por conta própria para se salvar (Is 64. 6.; Ef 2.9).

  3. Cristo nasceu, foi crucificado e ressuscitou para salvar os perdidos de seus pecados (Jo 316; 1 Tm1.15).

  4. Para ser salvo, um pecador crer na Palavra de Deus e convidar Cristo para entrar em seu coração pela fé (Jo 5.24; At 16.31).

Compartilhar nossa fé: Como?

1 Ts 1.5. porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós.

Para compartilhar nossa fé de forma eficaz ter as seguintes regras em mente.

  1. Primeiro, devemos ser utensílios purificados. Deus lembra ao profeta Isaías: “Purificai-vos, vós que levais os utensílios do SENHOR” (Is 52.11). Davi, o pecador, ora por perdão e purificação. Quando recebe isso, ele afirma: “Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti” (Sl 5.13). Mesmo que Deus não exija utensílios de ouro e prata, exige utensílios limpos.

  2. Devemos ser capazes de proclamar claramente os simples fatos do evangelho, sem nos sentimos desanimados por causa de conceitos teológicos profundos. Filipe, o evangelista, demonstrou como fazer isso, quando teve de tratar com um pecador no deserto. “Então, Filipe explicou; e começando or esta passagem da Escrituras, anunciou-lhe a Jesus” (At 8.35).

  3. Devemos evitar discussões e nos atermos às questões básicas do pecado do ser humano e do sangue de Cristo. Geralmente, os incrédulos tentarão fugir do evangelho fazendo perguntas como esta: “Onde Caim conseguiu arranjar uma esposa?”.

  4. Devemos usar a Palavra de Deus. O tremendo sucesso de Paulo como evangelista pode ser diretamente ligado com o seu constante uso da Palavra de Deus. Veja At 17.2; 18.28; 2 Tm 2.15; 3.14-17.

  5. Devemos depender do Espírito de Deus. Veja Jo 3.15; At 6.10; 1 Co 2.4.

Compartilhando nossa fé: quando?


2 Tm 4.2. Prega a palavra, insta, que seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.

Um famoso evangelista terminou o culto de avivamento em Chicago advertindo aos incrédulos que estavam presentes que naquela noite deveriam ir para casa e considerar seriamente o apelo do evangelho e que voltassem naquela mesma noite preparadas para tomarem uma decisão por Cristo.

Mas, naquela noite, 8 de outubro de 1871, o trágico incêndio de Chicago começou. Antes que todo o fogo fosse extinto, quase 6 mil metros de construção foram consumidos pelo incêndio, juntamente com 250 vidas humanas. O evangelista, então fez um voto de que nunca terminaria um culto sem fazer um convite para aceitar a Cristo imediatamente.

A pergunta em relação a quando devemos compartilhar nossa fé está diretamente ligado a quando o pecador deve aceitar a Cristo. A Bíblia é clara que a hora de aceitar a Cristo é já. Veja Hb 3.15; 4.7; 2 Co 6.2; Is 55.6. A razão para isso é muito simples a um pecador não tem garantia de que irá viver para ver o amanhã. Veja Pv 27.1; Lc 12.19; Tg 4.13-15.

Assim, devemos testemunhar a todo tempo, em qualquer lugar, em todos, em os lugares. O apóstolo Paulo nos mostra como isso deve ser feito. Ele testemunha em todos os lugares, na prisão à meia-noite (At 16.25-31) e até mesmo no navio afundando num dia escuro e chuvoso (At 27.20-25).

Andando no Espírito:

Confessar.


Sl 73.1. Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo.

Um importante pré-requisito para andar no Espírito é a confissão de pecados. O pecado deve ser confessado para que seja restaurada a comunhão com Deus e para que continuemos a receber o seu poder (1 Jo 1.5-10). Confessar significa concordar com Deus quando ao nosso pecado. Isso envolve muito mais do que um simples reconhecimento da existência do pecado. A confissão requer uma atitude de tristeza pelo pecado e um desejo de afastar dele. Não quer dizer que nós nunca mais iremos cometer o mesmo pecado outra vez, mas que dizer que exista a atitude do arrependimento.

A confissão deve ser feita no momento em que o crente toma consciência do pecado. Além dessa regra, as Escrituras mencionam dois momentos específicos para a confissão: antes do fim do dia (Ef 4.26) e antes da realização da Ceia do Senhor (1 Co 11.27-32). A falha em observar essa última recomendação é causa especial de disciplina por parte do Senhor.

Normalmente, a confissão de pecados envolve apenas aqueles que têm conhecimento do pecado. Isto quer dizer que pecados particulares devem ser confessados de modo particular (1 Jo 1.9); pecados cometidos pessoas devem ser confessados entre as pessoas envolvidas (Mt 5.23-24), e pecados públicos devem ser confessados publicamente (Mt 18.17). A confissão pública normalmente é feito para a edificação da Igreja (1 Co 14.26).

Andando no Espírito:

Entregar-se.

Rm 12.1-2. Rogo-vos, pois irmãos, pela misericórdia de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 2. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

A confissão do pecado em si é suficiente para capacitar o crente a andar automaticamente no Espírito. Ele deve se tornar um instrumento à disposição para o serviço de Deus. O que deve ser rendido é a própria pessoa (Rm 6.13; Tg 4.7).

Isso envolve tanto o corpo (Rm 12.1; 1 Co 6.20) quanto a mente (Rm 12.2), já que é com o corpo que as ações concebidas na mente são consumadas e com a mente que elas são formuladas. Posto de outra maneira, aquilo que é concebido na mente é consumado no coro; assim, todo nosso ser deve ser apresentado por uma ação decisiva da vontade de Deus para o seu serviço.

A rendição não deve ser considerada simplesmente uma vontade de fazer algo específico. Ela consiste em dedicação de pessoa a tudo o que Deus mandar.

A rendição não leva somente à dedicação, mas também pode resultar em separação: “Não vos conformeis com este século” (Rm 12.2). Este mundo é decididamente oposto a Deus e não podemos nos envolver com a luxúria e ao mesmo tempo fazer a vontade de Deus (1 Jo 2.15-1). A palavra traduzida por “conformar” é a mesma de “amoldar” em 1 Pe 1.14. Desta forma, o conceito de separação envolve “não se amoldar” em espírito, pensamentos, valores e ações segundo os padrões do mundo.

Finalmente, a rendição inclui a transformação da mente. Este processo durará uma vida de “renovação da mente”. A mente humana foi obscurecida pelo pecado (Rm 8.7; Cl 1.21), e deve chegar ao ponto onde ela pensa o mesmo que Deus pensa (Ef 4.23).

Diz-se que a renovação vem especialmente através da oração a Deus em todas as coisas (Fp 4.6-7), e através de constante meditação na Palavra de Deus (Sl 119.1). Esta transformação é um processo que dura toda a vida e que não será completada até que estejamos com Cristo (Fp 1.6; 1 Jo 3.2). Entretanto, no percurso da vida, ele trará uma paz e prazer que só pode acontecer quando abraçamos a mente de Cristo.

Andando no Espírito:

Encher-se.

Ef 5.18. E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito.

Ficar cheio do Espírito Santo é ser controlado pelo Espírito, o que é crucial para uma vida cristã de sucesso. Ao contrário do habitar do Espírito, encher-se do Espírito é uma experiência que deve ser repetida. Isso é expresso pelo uso do presente (“ser cheio”) assim como pelos exemplos de Cristãos que foram cheios mais de uma vez (At 2.4; 4.31). É muito importante também observar que encher é uma ordem a ser obedecida, não uma opção.

Há uma pergunta que é muito importante: Como alguém pode ser cheio do Espírito? Os pré-requisitos são confessar os pecados e render-se a Deus. A confissão significa concordar com Deus sobre o pecado da pessoa; a rendição significa a dedicação de si próprio a Deus. Quando um crente escolhe obedecer nestas áreas, ele fica cheio do Espírito e capacitado para manifestar o caráter de Cristo. Essa obediência pode ser acompanhada de oração, mas não necessariamente.

Comentários