Equívocos
Religiosos
Texto
Básico: Mt 23.1-12.
Texto
devocional: Atos
23.1-10.
Versículo-chave:
Mt 5.20. Porque
vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos
escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.
Introdução:
O ministério terreno de Jesus foi cercado por movimentos de grupos
filosóficos,
políticos
e religiosos
que exerciam forte influência na vida do povo. Quando examinamos as
páginas das Escrituras, mais especialmente os evangelhos,
deparamo-nos com vários grupos religiosos.
Alguns
são bem conhecidos, como escribas, fariseus, sacerdotes e saduceus.
Além desses, houve outros que apesar de não terem o mesmo destaque,
participaram de alguma forma da vida e ministério de Jesus, como
herodianos,
samaritanos,
publicanos
e zelotes.
Vamos
estudá-los separadamente, observando seus ensinamentos, sua
influência e os perigos que representaram para o verdadeiro
evangelho de Jesus Gl
1.6-9. Admira-me
que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça
de Cristo para outro evangelho,
7
o
qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem
perverter o evangelho de Cristo.
8
Mas,
ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho
que vá além do que vos temos pregado, seja anátema.
9
Assim,
como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que
vá além daquele que recebestes, seja anátema.
-
ESCRIBAS.
Os
escribas ficaram conhecidos nas páginas do Novo Testamento como
doutores da Lei (Mt
13.52
E ele disse-lhes: Por isso, todo escriba instruído acerca do Reino
dos céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro
coisas novas e velhas.),
por serem profundos conhecedores das Escrituras (Ed
7.12 Artaxerxes,
rei dos reis, ao sacerdote Esdras, escriba da Lei do Deus do céu,
paz perfeita!).
Eles não podem ser estritamente definidos como uma seita, mas sim,
membros de uma espécie de “academia”
dos tempos bíblicos; por isso, se sentiam no direito de interpretar
a Lei para o povo judeu (Mt
23.1-7 Então,
falou Jesus à multidão e aos seus discípulos,
2 dizendo:
Na cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus.
3 Observai,
pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em
conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam.
4 Pois
atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem sobre os
ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los.
5 E
fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens, pois trazem
largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes,
6 e
amam os primeiros lugares nas ceias, e as primeiras cadeiras nas
sinagogas, 7 e
as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens: –
Rabi, Rabi).
A
TRADIÇÃO DOS LÍDERES RELIGIOSOS:
Depois
do cativeiro Babilônico, os rabinos judeus começaram a definir
regras e regulamentos pormenorizados para governar a vida diária do
povo. Tratava-se de interpretações e aplicações da Lei de Moisés,
transmitidas de geração em geração. Nos dias de Jesus, essa
“tradição dos anciãos” existia na forma oral. Só em 200 d.C.
foi registrada por escrito na Mishna.
Por
que a influência dos escribas pode ser considerada prejudicial ao
evangelho?
-
Monopolizavam a interpretação da palavra de Deus: Mc 12.28-34. Aproximou-se dele um dos escribas que os tinha ouvido disputar e, sabendo que lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos? 29 E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. 30 Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. 31 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes. 32 E o escriba lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus e que não há outro além dele; 33 e que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças e amar o próximo como a si mesmo é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios. 34 E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do Reino de Deus. E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada.
Eram
tão audaciosos que chegaram afirmar que os seus mandamentos excediam
em dignidade os mandamentos de Deus. Diziam eles: “As
palavras dos escribas são mais amáveis que as da Lei; entre as
palavras da Lei, existem as importantes e as banais; as dos escribas,
todas são importantes”
(Luis Claudio Fillion,
Enciclopédia da Vida de Jesus, p.99).
-
Determinava as regras para a liturgia do culto. Mt 23.13. Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando.
Por
ocuparem uma posição de destaque, os escribas decidiam quem deveria
participar das reuniões.
-
Negligenciavam o mandamento de Deus e guardavam suas próprias tradições. Mt 23.2-3. dizendo: Na cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus. 3 Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam.
-
Os escribas não defendiam a higiene, mas a purificação ritual Mt 15.2-20. Em contra partida Jesus é o fim dos rituais e o começo de uma relação criatura criador por meio da comunhão Hb 8.7-8 (Jr 31.31); Lc 22.20, Jesus é o mediador da nova aliança, as tradições dos escribas são obras mortas Hb 9,14-15; Jesus com o seu sangue, o sangue da nova aliança nos habilitou a servi ao Pai 2 Co 3.5-6.
“Não tinham escrúpulos em
equipara seus ensinamentos e preceitos humanos Mc
7.7 Em
vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de
homens. Aos
mandamentos do próprio Deus”
Os escribas difamavam Jesus
publicamente e jogavam o povo contra Ele, acusando-O de expulsar
demônios pelo maioral dos demônios. Mc
3.20-22. E
foram para uma casa. E afluiu outra vez a multidão, de tal maneira
que nem sequer podiam comer pão.
21
E,
quando os seus parentes ouviram isso, saíram para o prender, porque
diziam: Está fora de si.
22
E
os escribas, que tinham descido de Jerusalém, diziam: Tem Belzebu e
pelo príncipe dos demônios expulsa os demônios.
-
FARISEUS.
Texto:
Jo 12.37-43.
E,
ainda que tivesse feito tantos sinais diante deles, não criam nele,
38
para
que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem
creu na nossa pregação?
E
a quem foi revelado o braço do Senhor?
39
Por
isso, não podiam crer, pelo que Isaías disse outra vez:
40
Cegou-lhes
os olhos e endureceu-lhes o coração, a fim de que não vejam com os
olhos, e compreendam no coração, e se convertam, e eu os cure.
41
Isaías
disse isso quando viu a sua glória e falou dele.
42
Apesar
de tudo, até muitos dos principais creram nele; mas não o
confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da
sinagoga. 43
Porque
amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.
“Fariseu” deriva de um vocábulo hebraico que significa
“separado”. Denomina um grupo de judeus extremamente apegados à
Tora, o livro sagrado dos judeus. Eram conhecidos como doutor da Lei
Jo 3.1; Mt 22.34-40.
Formavam, entre o povo judeu, uma espécie de comunidade à parte (Mt
22.15). Era a elite
do povo.
Não
se misturavam: Escribas e fariseus eram simpatizantes entre escribas.
Há fortes indícios de que alguns escribas eram também fariseus.
Lucas
nos dá uma ideia exata de como era o procedimento dos fariseus:
-
A autoridade da lei. Lc 16. 14-15. E os fariseus, que eram avarentos, ouviam todas essas coisas e zombavam dele. 15 E disse-lhes: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração, porque o que entre os homens é elevado perante Deus é abominação.
-
A parábola do fariseu e do publicano. Lc 18.9-14. E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: 10 Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. 11 O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. 12 Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo. 13 O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! 14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
-
E registrou que Jesus os considerava condutores cegos e falsos guias Lc 11. 37-44. Jesus os reprovou por várias razões, convidado por um fariseu, Jesus não foi conivente com os erros do anfitrião.
-
Jesus não deixou se levar pelo convite gastronômico e novamente repreendeu os doutores da lei. Lc 11.46-53. E ele lhe disse: Ai de vós também, doutores da lei, que carregais os homens com cargas difíceis de transportar, e vós mesmos nem ainda com um dos vossos dedos tocais essas cargas! 47 Ai de vós que edificais os sepulcros dos profetas, e vossos pais os mataram! 48 Bem testificais, pois, que consentis nas obras de vossos pais; porque eles os mataram, e vós edificais os seus sepulcros. 49 Por isso, diz também a sabedoria de Deus: Profetas e apóstolos lhes mandarei; e eles matarão uns e perseguirão outros; 50 para que desta geração seja requerido o sangue de todos os profetas que, desde a fundação do mundo, foi derramado; 51 desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o templo; assim, vos digo, será requerido desta geração. 52 Ai de vós, doutores da lei, que tirastes a chave da ciência! Vós mesmos não entrastes e impedistes os que entravam. 53 E, dizendo-lhes ele isso, começaram os escribas e os fariseus a apertá-lo fortemente e a fazê-lo falar acerca de muitas coisas,
-
Insultavam Jesus repetidas vezes, pois não toleravam vê-lo realizando milagres no sábado. Lc 6.7; Mt 12.1-8; Jo 9.13-16.
-
Afastavam pessoas que a princípio haviam criado em Jesus. Com evidente ódio e calúnia, instigavam o povo contra Jesus. Mt 27.20. Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram à multidão que pedisse Barrabás e matasse Jesus.
-
Agiram com hipocrisia e ostentação. A piedade de muitos deles não passava de orgulho e fingimento. Mt 23.1-12. Então, falou Jesus à multidão e aos seus discípulos, 2 dizendo: Na cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus. 3 Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam. 4 Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem sobre os ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los. 5 E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens, pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes, 6 e amam os primeiros lugares nas ceias, e as primeiras cadeiras nas sinagogas, 7 e as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens: – Rabi, Rabi. 8 Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. 9 E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. 10 Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. 11 Porém o maior dentre vós será vosso servo. 12 E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.
Os
escribas e fariseus vivem ainda hoje e estão presentes em algumas de
nossas reuniões. São os que aceitam a lei como uma carga e os agem
por interesse e por ostentação. Somos advertidos por Jesus a
acautelar-se do fermento dos fariseus Mt
16.6. E
Jesus disse-lhes: Adverti e acautelai-vos do fermento dos fariseus e
saduceus.
Os
tais servem aos seus preceitos dizendo servir ao Senhor, eles
enganavam ao povo, mas não enganava a Jesus. Is
28.10. Porque
é mandamento sobre mandamento, mandamento e mais mandamento, regra
sobre regra, regra e mais regra: um pouco aqui, um pouco ali.
-
SACERDOTES E LEVITAS.
A
palavra “sacerdote”, em português, vem do latim sacer
e significa
“sagrado”, “separado”. Os sacerdotes eram ministros
religiosos, habilitados para participar e conduzir as cerimônias
religiosos do culto. Estavam divididos em três categoria: os sumos
sacerdotes, os
sacerdotes e os
levitas.
Vejamos
a distribuição e função dessa classe religiosa. “Os sacerdotes
haviam sido distribuídos por Davi em vinte e quatro classes (1
Cro 24.1-19). Em
Lucas 1.5,
lemos que esta organização
subsistia ainda na época de Jesus” Lc 1.5. Existiu,
no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote, chamado Zacarias,
da ordem de Abias, e cuja mulher era das filhas de Arão; o nome dela
era Isabel.
Os
evangelhos só mencionam dois sumos sacerdotes: Anás
e Caifás
(Mt 26.57 e Jo
18.13-14). Em geral,
o sumo sacerdote era uma figura importante, religiosa, social e
política (Mt
21.23-27).
“Esperava-se do sacerdote que servisse de mediador entre algum
poder divino e os homens, e também que fosse capaz de pronunciar-se
sobre questões éticas e legais, além de prever o futuro”.
-
Os sacerdotes e as suas responsabilidade.
-
O Senhor orientou Moisés Arão e os seus filhos deveriam proferi a benção sobre o seu povo: Nm 6.22-27.
-
Os sacerdotes que perderam o temor a Deus. Ml 2.1-3.
-
Os sacerdotes e o seu legado de uma vida comprometido com a verdade do Senhor: Ml 2.4-6.
-
O zelo do Senhor deveria ser reproduzido pelos sacerdotes: Ml 2.7-9.
-
Os levitas e as suas responsabilidades.
-
Eles auxiliaram na construção do tabernáculo sob a supervisão do filho de Arão chamado de Itamar. Ex 38.21.
-
Os Levitas não fizeram parte do senso que Moisés orientado por Deus realizou. Nm 1.47-50. Só depois que eles foram contados pela ordem do Senhor no deserto do Sinai. Nm 3.14-16.
-
Os Levitas tinham a incumbência de administrar o tabernáculo na montagem e despontarem como também a guarda do tabernáculo. Nm 1.51-54.
-
Deus constituiu os Levitas para auxiliares dos sacerdotes. Nm 3.5-6.
-
Outros serviços em adição, realizavam um importante serviço pelas outras tribos, substituindo os primogênitos de cada família, a respeito de quem Deus tinha direitos, em vista do fato de haver poupado os primogênitos de Israel por ocasião da primeira Páscoa, no Egito.
Na
qualidade de representantes dos primogênitos das tribos, os levitas
faziam parte do “princípio de representação, de amplas
consequências”, mediante o qual o conceito de um povo totalmente
dependente de Deus e totalmente dedicado a ele, foi apresentado.
-
Os pormenores dessa representação são estabelecidos em Nm 3.40-51.
Cada
uma das três famílias de Levi tinha deveres especiais.
-
Os filhos de Coate (Com o total de 2.750 homens no grupo de idade de trinta a cinquenta anos, de conformidade com Nm 4.36), estavam incumbidos de transportar os móveis depois que os mesmos fossem cuidadosamente cobertos pelos sacerdotes, os únicos que podiam neles tocar (Nm 3.29-32; 4.1s). Os coatitas eram supervisionados por Eleazar, filho de Arão.
-
Os filhos de Gérson (2.630; Nm 4.40) cuidavam das cobertas, cortinas e véus sob a supervisão do filho de Arão, Itamar (Nm 3.21-26; 4.21s). Os filhos de Gérson receberam dois vagões e quatro bois, e os filhos de Merari receberam quatro vagões e oito bois, enquanto os coatitas eram obrigados a carregar os móveis, quer eram por demais sagrados e preciosos para serem transportados por carros de boi (Nm 7.1s).
-
Os filhos de Merari (3.200; Nm 4.44) tinham a tarefa de transportar e erguer a armação do tabernáculo e seu átrio (Nm 3.35-37; 4.29s).
Os
sacerdotes por serem membros do Sinédrio (Mc
14.53-56) e por
serem influentes, não perdiam uma oportunidade para questionar a
autoridade de Jesus.
-
SADUCEUS
Texto
Básico: Mateus
16.1-12.
INTRODUÇÃO:
Paulo faz menção das palavras de Jesus em Mateus e lembrando aos
irmãos de corinto 1
Coríntios 1.22-23.
Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria;
23 mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus,
loucura para os gentios.
Os
gregos procuram sabedoria.
Aplicável aos gregos em geral, mas especificamente aos filósofos
gregos. Cristo
crucificado.
v.22 escândalo pra os judeus. Esperavam um Messias triunfante,
político (At 1.6),
não um Messias crucificado. Loucura
para os gentios.
Os gregos e romanos tinham certeza de que nenhuma pessoa de boa
reputação seria crucificado, de modo que era inconcebível que um
criminoso crucificado pudesse ser o Salvador (1
Co 1.18-19).
Pois
a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para
nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus. (Rm
1:16)
19
Pois
está escrito: "Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei
a inteligência dos inteligentes". (Jó
5:12; Is 29:14)
“Os
saduceus compunham uma das mais importantes e influentes seitas
judaicas, muitas vezes em oposição tanto política quanto teológica
com os fariseus. Esta seita era amplamente constituída pelos
elementos mais ricos da população. (...) Entre seus componentes se
encontravam os sacerdotes mais poderosos, mercadores prósperos e a
classe aristocrática da sociedade”
A
teologia dos Saduceus: Os saduceus baseavam os seus ensinamentos
principalmente no Pentateuco. Negavam a ressurreição,
o juízo final
e a existência de anjos
e espíritos Mt
22.23. Os Saduceus
não se davam com os Fariseus
(At 23.6-8),
mas se uniram com eles para combater Jesus e os seus seguidores Mt
16.1-4.
A
ressurreição é uma doutrina Bíblica:
-
Jesus pregou a vontade Deus sobre os mortos: Jo 6.39,40,44,54.
-
Marta confessa a Jesus que cria na ressurreição do último dia: Jo 11.24,25-26.
-
Paulo em Atenas. O seu discurso no Areópago: Atos 17.31.
-
Paulo fala para a Igreja de corinto: 1 Co 15.20-24;51-58.
O
juízo final é uma doutrina Bíblica:
-
Ato de Deus baseado em sua JUSTIÇA, pelo qual ele condena ou absolve as pessoas (Sl 97.2).
-
Sentença dada por Deus (Jr 48.47).
-
A palavra de Deus, suas leis e suas promessas (Sl 119.39).
-
Na expressão “juízo final” ou outras semelhantes, o tempo em que Deus, ou o MESSIAS, julgará todas as pessoas, condenando os maus e salvando os JUSTOS (Sl 1.5; Mt 10.15; At 24.25; Atos 17. 31).
-
Julgamento feito de acordo com a vontade de Deus, no dia-a-dia e nos tribunais (Sl 72.1; Pv 21.3).
-
O próprio tribunal (Sl 112.5).
-
Boa saúde mental (Mc 5.15; 2Co 5.13).
Anjos
é uma doutrina Bíblica.
-
Mensageiro de Deus (1Rs 19.5-7).
-
Os anjos são espíritos que servem a Deus e ajudam os salvos (Hb 1.13-14).
-
Foram criados santos, mas alguns se revoltaram contra Deus (Jd 6; 2 Pe 2.4)
-
Em algumas passagens bíblicas Deus e o Anjo do SENHOR (de Javé) são a mesma pessoa (Gn 16.7-13; 22.11-18; Êx 3.2-22; Jz 6.11-24). v. Uma Teofania.
-
Os saduceus rejeitavam as interpretações dos escribas e fariseus sobre a lei mosaica e apegavam-se à sua interpretação literal. Mt 22.23-33.
-
João Batista, percebendo os perigos que os saduceus representavam para a religião judaica, os tratava com certa rigidez Mt 3.7-10.
-
Os saduceus, no início, temeram Jesus, mas depois passaram a odiá-Lo. Chegaram a fazer aliança com os inimigos antigos para eliminá-Lo Mt 16.1; Jo 11.46.
-
Jesus responde lançado juízo: Mt 16.2-4.
-
Qual era o sinal de Jonas: A volta de Jonas do ventre do peixe representaria um milagrosa de resgate da morte e destruição (Jo 1.17; Mt 12.40) A palavra de arrependimento (Jn 3.4-5), A compaixão de Deus (Jn 4.10-11; Jo 3.16).
Os
saduceus perseguiram com violência a igreja nos seus primeiros anos
de vida conforme Lucas registra. At
4.1-4; 5.27.
-
HERODIANOS.
Os
herodianos formavam mais um partido político do que um grupo
religioso. Eram assim chamados por serem partidários assalariados da
dinastia de Herodes. Herodes, o Grande, tentou romanizar a Palestina
em sua época.
-
O grupo formado pelos herodianos acreditava que era possível uma aliança política com os romanos.
-
Os herodianos acreditavam que os melhores interesses do judaísmo estavam na cooperação com os romanos.
-
Devido às suas tendências grego-romanas e adesão a Herodes, os herodianos logo se somaram aos adversários do Salvador. Mt 22.16; Mc 3.6.
Mesmo
sendo caracterizados com uma associação ou grupo político e tendo
a antipatia do povo, os herodianos mantinham contato direto com os
saduceus numa manobra política para eliminar Jesus Mc
12.13-17.
Deus
quer que todos os líderes sejam servos, agindo com humildade e
justiça para com os outros e reconhecendo o Senhor como aquele que
governa sobre todos. At
2.36.
-
SAMARITANOS
Os
judeus excomungavam os samaritanos, considerando-os escória da raça
humana. As fortes objeções dos judeus eram: a insistência dos
samaritanos em considerar o monte Gerizim o principal local de culto
e a rejeição destes a Jerusalém como cidade sagrada. Jo
4.20.
Samaria
– Nome da capital do reino israelita no norte, e o território que
a cercava. Segundo as Escrituras samaritanas, o monte Gerizim (e não
Ebal) foi o lugar em que Moisés ordenara a construção de um altar
(Dt 27.4-6).
Os Samaritanos tinham edificado um templo nesse monte por volta de
400 a.C. O qual os judeus destruíram perto de 128 a.C. Esses dois
atos, naturalmente , aumentaram a hostilidade entre os dois grupos.
No
passado, Samaria por longo tempo considerada pelos profetas como um
centro de idolatria. (Is
8.4; 9.9; Jr 23.13; Ez 23.4; Os 7.1; Mq 1.6)
Havia,
entretanto, pontos em comum na doutrina seguida por ambos, judeus e
samaritanos: o Pentateuco, como a principal linha de doutrinas e
práticas; a exigência absoluta da circuncisão; a manutenção do
sábado sagrado; a esperança messiânica e o julgamento futuro dos
homens bons e maus.
Os
samaritanos, diz Champlin, exaltava Moisés a tal ponto que eram
comparados aos cristãos em seu louvor a Jesus, o Cristo. Ainda hoje
há um pequeno grupo de samaritanos vivendo em Nablo eJafa, subúrbios
de Tel Aviv. Embora poucos, eles ainda representam uma significativa
seita religiosa.
Apesar
da forte rivalidade entre samaritanos e judeus Jo
4.9, Jesus não
enfrentou acentuada resistência dos samaritanos; pelo contrário,
teve boa aceitação de Sua mensagem redentora pelos samaritanos (Jo
4.39-42; At 8.14-25).
-
ZELOTES
Zelotes
é uma palavra grega que significa “zeloso”. Os zelotes tinham um
intenso zelo por Deus (At
21.20). Era um grupo
religioso com marcados caráter militarista e revolucionário que se
organizou opondo-se à ocupação romana de Israel. Também eram
designados sicários (sangunários), devido ao punhal que levavam
escondidos e com o qual atacavam os inimigos. Não hesitavam em usar
a força, a violência e as intrigas para alcançar seu objetivo, que
era libertar a nação de Israel do jugo estrangeiro.
Temos
o registro bíblico de que antes de ter-se convertido e ter sido
chamado ao discipulado cristão, um dos doze apóstolos de Jesus,
Simão, o Zelote, havia pertencido a esses partido revolucionário,
que se caracterizava pelo fanatismo religioso (Lc
6.15; At 1.13).
O
fato de Jesus ter convidado um membro desse grupo não significa que
tinha intenção de promover uma revolução contra o império, mas
sim de mostra ao povo da época, bem como das gerações posteriores,
que Sua mensagem era dirigida a todas as classes, fossem elas
políticas, econômicas ou éticas 1
Tm 2.4. que
quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da
verdade
(Lc 5.29-32;
6.17-19).
-
PUBLICANOS
Costumava-se
dizer: “Só os publicanos são ladrões”. Podemos afirmar sem
medo de errar que na época de Jesus a profissão de publicano era a
pior. Eles eram comparados aos pecadores da pior espécie. Quando um
judeu exercia esse triste ofício, e, sobretudo, quando cobrava de
seus irmãos o imposto destinados a Roma, era tratado com enorme
desprezo.
Há
várias passagens dos evangelhos nas quais os publicanos são
equiparados aos pecadores.
-
Jesus comia com os publicanos e pecadores, por isso os discípulos forma questionados pelos fariseus. Mt 9.13.
-
Jesus foi acusado de ser um glutão e bebedor de vinho, além de amigo de publicanos e pecadores. Mt 11.19.
-
Jesus deixava os escribas e fariseus irritados ao vele-Lo na companhia dos pecadores e publicanos Mc 2.16.
-
Os escribas e fariseus inconformados murmuravam contra os discípulos de Jesus, perguntando por que eles comiam e bebiam na companhia dos publicanos e pecadores (Lc 5.30; 15.1-2).
-
Entre os doze discípulos, havia um ex-publicano. Mt 9.9.
A
resposta para tais questionamentos pode estar na parábola do fariseu
e do publicano (Lc
18.9-14). E ainda
nas próprias palavras de Jesus “E
Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que
estão sãos, mas sim os que estão enfermos.
32 Eu
não vim chamar os justos, mas sim os pecadores, ao arrependimento”
Lc 5.31-32.
Conclusão:
Aprendemos nesta lição que vários movimentos, seitas e partidos
políticos estavam presentes na época e no ministério de Jesus, e
que muitos influenciaram para revelar a postura e a atitude do
Mestre. Concluímos com alguma lições práticas, a partir da via e
experiência de Jesus.
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Em nem um momento, Jesus mudou o foco do cumprimento de Sua missão. Ele cumpriu o propósito do Pai até o fim.
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Jesus não Se deixou intimidar apesar da pressão externa que sofreu durante todo Seu ministério terreno.
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Somos advertidos a não nos deixamos envolver por movimentos e grupos que se levantar contra a igreja, na tentativa de apresentar outro evangelho. Gl 1.6-9.
Deus vos abençoe:
Vosso
servo no Senhor. Manuel Segundo Neto
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