TEOLOGIA



A MORTE DE CRISTO.

 

Texto Áureo: 1 Co 15.3. Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras.

Texto Devocional: Ap 1.18. e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.

 

Introdução: A morte de Cristo é tão abrangente que acho que só saberemos tudo sobre ela na eternidade. Vejamos o que as Escrituras nos dizem sobre ela.

 

a.     Foi voluntária – Por escolha e não por compulsão, (compulsão: Obrigar alguém a comparecer em juízo). Jesus se entregou de forma espontânea e vontade própria. Jo 10.17-18; Jo 2.19-22.

 

Jesus não foi um mártir, sua morte não foi uma fatalidade, foi por sua escolha. Ninguém podia matá-lo, Ele si deu a Deus por amor a nós. Assim Jesus vez um único sacrifício, para evitar a repetição

 

Hb 7.27. que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.

 

Hb 10.11-12. Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados; 12 Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus.

 

b.     Foi vicária – Uma substituição. Vicária é um apalavra que vem de vigário e significa um substituto, alguém que toma o lugar de outrem e age como se fosse ele. No Antigo Testamento vemos isto como sombra cuja realidade se encontra na morte de Cristo.

 

1.     No Antigo Testamento. (A Sombra)

 

a.     Deus fez vestes para cobrir a nudez de Adão e Eva. Gn 3.21. Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu. As vestes eram de pele de animal, concluímos que Deus imolou o animal inocente e com a pele vestiu os pecadores. Cristo morreu e com sua justiça cobriu nossa injustiça.

 

b.     O Cordeiro pascoal. Êx 12.21-23. O cordeiro foi imolado para salvar os primogênitos de Israel. Paulo diz que Cristo nossa páscoa já foi sacrificado por nós. 1 Co 5.7. Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.

 

c.     O Cordeiro de Moriá. Gn 22.1-14. Deus pediu a Abraão que oferecesse seu filho a Deus em holocausto. Abraão preparou tudo para o sacrifício e na última hora Deus providenciou um cordeiro para substituir o filho de Abraão. Assim Deus mandou Jesus para nos substituir na cruz. Isaías 53.5. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

 

2.     No Novo Testamento. (A Realidade).

 

a.   Diz que Jesus morreu por nossos pecados. 1 Co 15.3.

b.   Foi feito fiador por nós. Hb 7.22.

c.    Levou em seu corpo os nossos pecados. 1 Pe 2.24.

d.   Morreu por nós. Rm 5.8.

e.   O justo morreu pelos injustos. 1 Pe 3.18.

f.     Como o bom pastor deu sua vida pelas ovelhas. Jo 10.11.

g.   Jesus é o nosso substituto por excelência. Ef 2.9.

 

3.     Expiação (Expiar é anular a culpa por meio de uma interposição meritória). O significado de interposição: intercessão, interferência, intermédio.

 

Expiação é uma palavra usada de modo geral e também particular. De modo geral refere-se à totalidade da salvação por Jesus. De modo particular refere-se à anulação da nossa culpa por meio de uma interposição meritória de Jesus Cristo.

 

No Antigo Testamento a expiação era tanto individual, como coletiva.

 

a.    Individual. Lv 6.2-7.

b.   Coletiva Lv 4.13-20. Isto indica que a expiação é suficiente para todos (coletiva), mas é eficiente somente para os que creem (individual).

 

O dia da expiação. Lv 23.26-32. Em hebraico é YOM KIPPUR, era o dia em que o sacerdote entrava no Santo dos Santos para fazer expiação pelos pecados do povo. Isso era feito uma vez por ano. Durante o ritual o sacerdote tomava dois bodes e lançava sorte sobre eles, um era imolado como oferta pelo pecado e o outro o sacerdote colocava as mãos sobre ele e confessava os pecados do povo e depois este bode, conhecido como bode emissário (enviado) era levado para longe do povo. Isto era um culto, mas, também uma simbologia da expiação que seria efetuada por Cristo.

 

Os dois bodes representam os dois lados ou aspectos da expiação efetuada por Cristo. O bode que era imolado representa Cristo morrendo por nossos pecados. 1 Pe 2.24. carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados. O bode emissário representa que Cristo não apenas morreu por nossos pecados como também removeu-os para longe de nós.

 

Sl 103.12. Assim como está longe o oriente do ocidente, assim ele removeu de nós as nossas transgressões.

Mq 7.19. Tornará a apiedar-se de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades. Tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar.

Is 43.25. Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.

 

4.     Foi propiciatória (Propiciar significa literalmente cobrir ou coberta)

 

a.     Propiciar vem do nome de uma peça do Tabernáculo, cobertura da arca da aliança era sobre esta peça que o sacerdote aspergia o sangue do animal imolado. A peça chamava-se Propiciatório. Êx 37.6-9; Êx 39.35. Lv 16.14. Tomará do sangue do novilho e, com o dedo, o aspergirá sobre a frente do propiciatório; e, diante do propiciatório, aspergirá sete vezes do sangue, com o dedo.

 

b.     A morte de Jesus é propiciatória porque é uma satisfação a Deus por sua lei que o homem transgrediu. Quando no dia da expiação o sacerdote sacrificava o animal, tomava o sangue numa bacia e aspergia sobre o propiciatório que estava sobre a arca que continha a lei de Deus dando assim uma satisfação a Deus e a sua lei.

 

c.     Por ser propiciatória a morte de Jesus torna Deus favorável ao homem que a Ele se chega pela fé em Cristo. Em Lc 18.10-14. Jesus conta a parábola do fariseu e do publicano. O fariseu confiava nas suas obras e não foi aceito por Deus. O publicano, porém disse: “Ó Deus sê propício a mim, pecador”. O publicano confiou no cordeiro que naquela hora estava sendo imolado dentro do templo. Pediu que Deus fosse favorável a ele, não por suas obras, mas por causa do cordeiro que estava sendo imolado pelo pecado do povo, e foi ouvido. A morte propiciatória de Jesus torna Deus favorável a toda humanidade. 1 Jo 2.2. e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro. Por causa da propiciação efetuada por Cristo temos acesso a Deus. Hb 10.19-22 (Rm 5.1, Paz com Deus).

 

Obs: O fariseu não foi ao templo para orar a Deus, a não ser para anunciar a todo aquele que podia lhe ouvir quão bom era. O publicano reconheceu seu pecado e pediu misericórdia. Acreditar-se justo por mérito próprio é perigoso, pois conduz ao orgulho, motiva desprezo a outros e impede de aprender mais de Deus. Devemos fazer nossa a oração do publicano porque necessitamos da misericórdia de Deus todos os dias. Não permita que o orgulho lhe impeça de reconhecer sua necessidade de Deus.

Foi um resgate (Redenção – em grego Lytron era o preço pago no mercado para libertar um escravo).

 

A palavra expiação vem do mundo religioso em quanto a palavra redenção vem do mundo comercial. Quando falamos em pagar um resgate, sugere logo duas perguntas: A quem foi pago o resgate e do que fomos libertos?

 

Ø  Cristo não pagou com sua morte um resgate a satanás como ensinam alguns. O ensino das Escrituras é diferente.

 

a.    Por sua morte Jesus aniquilou a Satanás. Hb 2.14.

b.   Feriu a cabeça de Satanás: Gn 3.15.

c.    Triunfou sobre ele e seus anjos. Cl 2.14-15.

 

O diabo não tem nenhum direito sobre os que de antemão aceitaram a Jesus como Senhor e Salvador, ele poderá se aproveitar dos homens que rejeitam a Cristo. Ef 2.1-6; 1 Jo 3.9-10; 1 Jo 5.18; Tg 1.27.

 

Ø  Cristo pagou o resgate a Deus. Este é que foi ofendido com o pecado, sua lei é que foi quebrada. Sua justiça requeria uma satisfação. A morte de Cristo é tudo isso. Em Jo 19.30. Temos a expressão “Está consumado” no original grego é “tetélestai”.

 

No dicionário de William Carey Taylor em seu dicionário do grego do Novo Testamento diz que nos papiros é a forma técnica de recibos e significa: Está paga, liquidada a dívida.

 

Hoje em dia, o termo tetélestai soa estranho a nós, mas, naquele tempo, era empregado com frequência no cotidiano. Um servo usava essa expressão para relatar a seu senhor “[consumei] a obra que me confiaste para fazer” Jo 17:4. Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer.

 

Também era usado pelo sacerdote depois de examinar um animal para o sacrifício e de não encontrar nele qualquer defeito. Jesus certamente é o Cordeiro perfeito de Deus, sem qualquer mácula ou defeito. Quando um artista completava uma pintura ou um escritor terminava um manuscrito, podia dizer: “Está consumado!” A morte de Jesus na cruz “completa o quadro” que Deus estava pintando, a história que vinha escrevendo havia séculos.

A cruz nos permite compreender as cerimônias e profecias do Antigo Testamento. Talvez o uso mais significativo de tetélestai seja comercial, quando mercadores diziam: “A dívida está paga!” Ao se entregar na cruz, Jesus cumpriu inteiramente os requisitos justos de uma lei santa; pagou toda a dívida. Nenhum dos sacrifícios do Antigo Testamento poderia remover os pecados; seu sangue apenas cobria o pecado. Mas o Cordeiro de Deus derramou seu sangue, que pode tirar os pecados do mundo (Jo 1:29; Hb 9:24-28).

 

Já estudamos que no Antigo Testamento o animal era oferecido a Deus como oferta pelo pecado e o sangue era aspergido sobre o propiciatório que era a cobertura da arca onde estavam as tábuas da lei. O sangue aspergido era uma satisfação a Lei de Deus que havia sido quebrada. Como já sabemos a quem foi pago o resgate, passaremos a responder a pergunta. De que fomos libertos?

 

a.     Fomos libertos da escravidão do pecado: Rm 6.18. e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça (1 Co 7.22).

 

b.     Fomos libertos da maldição da Lei: Gl 3.13. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro),

 

c.     Do corpo mortal: Rm 8.23. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. (Este evento ainda é futura, mas o preço já foi pago). Paulo diz que aguardamos a redenção do nosso corpo. Cristo transformará o nosso corpo de humilhação para ser conforme o seu corpo glorioso. Fl 3.20-21. Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, 21 o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.

 

5.     Foi uma reconciliação. Era necessária por causa da inimizada entre Deus e o homem por causa do pecado. Tg 4.4. Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.

 

a.    Reconciliação é obra de Deus: 2 Co 5.18-20. (O homem é o ofensor, mas Deus deseja e promove a reconciliação).

 

b.   Fomos reconciliados com Deus mediante a morte de seu filho: Rm 5.1-10. (Somente o grande amor de Deus é capaz de tamanha façanha).

 

c.    O sangue de Jesus é o preço da reconciliação. Cl 1.20-22. (A barreira existente entre o homem e Deus é o pecado. Is 59.2. Pelo sangue esta barreira foi removida e nós fomos reconciliados com Deus).

 

6.     Por quem Cristo morreu? Podemos responder assim:

 

a.    A morte de Cristo é suficiente para todos; porém só é eficiente para quem crê:1 Jo 2.2; Jo 3.16-21.

b.   Potencialmente é ilimitado; porém sua aplicação é limitada a quem crê: 1 Tm 4.10; 1 Co 4.2.

 

Conclusão: A morte de Cristo é sem igual, não tem paralelo na história. Ela traz alegria em vez de tristeza, começa uma nova história em vez de ser o fim, como as outras. A morte não foi o fim para nosso Senhor. Podemos dizer como Jó: “Eu sei que o meu Redentor vive!Jó 19.25







A ENCARNAÇÃO DE CRISTO



Texto Áureo: João 1.14. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
Texto Devocional: Filipenses 2.5-10.

Introdução: A palavra (logos) existia antes de se tornar homem. Viveu ou habitou está relacionada com a palavra que significa “tenda/tabernáculo”; o versículo teria levado os leitores judeus de João a lembrar-se da Tenda do Encontro, que ficou repleto da glória de Deus (Êx 40.34,35) Encarnação é o ato em que Cristo se fez homem Com a encarnação Deus começa a realizar seu plano de Salvação. Vejamos para que Cristo encarnou.

  1. Encarnou para revelar o Pai.

Jo 1.18. Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou. No Antigo Testamento registra-se que alguém viu a Deus (Êx 24. 9-11).

Contudo, também se lê ali que ninguém poderá ver a Deus e viver (Êx 33.20). Desse modo, já que nenhum ser humano pode ver a Deus como ele realmente é, os que o viram na verdade viram-no numa forma assumida temporariamente para a ocasião. Agora, porém Cristo o tornou conhecido.

Com a encarnação Deus se dá a conhecer ao homem por meio do Filho que é a sua imagem. 2 Co 4.4; Hb 1.3; Cl 1.15.

  1. Jesus diz que quem o vê, vê o Pai que o enviou. Jo 12.45. E quem me vê a mim vê aquele que me enviou.
  2. Jesus diz: Eu e o Pai somos um. Jo 10.30. Eu e o Pai somos um.

Em Jesus temos a maior revelação de Deus aos homens. Com a encarnação Ele veio habitar entre nós para que víssemos a sua glória Jo 1.14. Com a encarnação Deus nos deu início a obra da salvação. 1 Jo 3.8b. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.

  1. A encarnação deu início a GRAÇA e a VERDADE.
Jo 1.17. Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Verdade neste texto significa realidade. O Antigo Testamento era apenas uma sombra da realidade que é Cristo. Hb 10.1. Com a encarnação termina a dispensação da lei e começa a dispensação da graça.

  1. Encarnou para ser um fiel sumo sacerdote.

Hb 5.5. Assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei.

  1. Ele veio para se qualificar para agir como sumo sacerdote. Hb 5.6-9. Cristo participou em tudo da vida humana com exceção do pecado. 1 Jo 3.5; 1 Pe 2.22; Jo 8.46. Quem dentre vós me convence de pecado? E, se vos digo a verdade, por que não credes?

  1. A epístola aos hebreus mostra que o sacerdote é tirado dentre os homens. Hb 5.1-2. Porque todo sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados, 2 e possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados, pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza.

  1. Para poder representar os homens. Jesus viveu como homem e por isso pode compreendê-los. Hb 2.17-18. Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. 18 Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.

  1. Sua obediência em meio ao sofrimento o aperfeiçoou (Qualificou) como sumo sacerdote. Hb 5.8-9. Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. 9 E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem,

  1. O escritor aos hebreus mostra que Jesus é, ao mesmo tempo sacerdote e oferta. Hb 9.11-14.

  1. O Antigo Testamento revela os três ofícios: Profeta, Sacerdote e Rei. Em seu ministério terreno Jesus exerceu o ministério de profeta e em algumas vezes também o de sacerdote como em João 17. Atualmente Ele está à destra de Deus e intercede por nós. Hb 7.25. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. No futuro exercera o ministério de Rei.

  1. Encarnou para nos dá o exemplo de uma vida santa.

  1. Sua vida é uma luz para a humanidade: Jo 8.12. Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.

  1. Nele o Pai tem prazer: Mt 3.17. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.

  1. Até os demônios reconhecem sua santidade: Mc 1.24. Ah! Que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.

  1. Jesus nos deu o exemplo para que sigamos suas pisadas: Jo 13.15. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.

  1. Encarnou para morrer como oferta pelo pecado.

  1. Como Deus ele jamais poderia morrer, daí a necessidade da encarnação. Hb 2.14. Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo.

  1. Como homem agora, pode morrer pelo homem, a fim de salva-lo: 1 Pe 3.18. Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito.

  1. Jesus é o cordeiro de Deus: Jo 1.29. No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

  1. Cristo o perfeito sacrifício. Lv 4.3. Se o sacerdote ungido pecar para escândalo do povo, oferecerá pelo seu pecado um novilho sem defeito ao Senhor, como oferta pelo pecado.

  1. O sacrifício defeituoso (Jo 8.23; Rm 3.4), não serviria de substituto de um povo defeituoso, o sacrifício perfeito definitivo para os pecados do povo de Deus era o Cristo crucificado, que estava isento de defeito moral. 1 Pe 1.19. Mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo.

  1. Analisamos alguns candidatos para ser o cordeiro de Deus

  • João Batista: Jo 3.28. Vós mesmos sois testemunhas de que vos disse: eu não sou o Cristo, mas fui enviado como seu precursor.

  • Pedro: Lc 5.8. Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador.


  • Tomé: Jo 20.26-29. Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! 27 E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. 28 Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! 29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram.

  • Filipe: Jo 1.45. Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno, filho de José.

  • Mateus: Mt 9.9. Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.

  • Lucas: Atos 1.1-3 Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar 2 até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas. 3 A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.

  • Maria mãe do Salvador: Lc 1.46-47. Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, 47 e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador.

Creio que essas pessoas valorosas citadas tiveram a sua parcela de contribuição para o reino de Deus, mas nenhuma foi achada digna de ser o salvador do mundo.

  1. Cristo deveria passar pelos exames que autenticaria a sua perfeição como o cordeiro sem defeito e sem macula.

  • 1. Foi interrogado pelo sacerdote: Jo 18.19-23; Mt 26.63-65.
  • 2. Jesus perante Pilatos: Lc 23. 1-4.
  • 3. Jesus perante Herodes: Lc 23.8-10,14-21.
  • 4. Jesus recebe a sentença: Lc 23.23-25.
  • 5. O sacerdote deu o veredicto: Jo 19.6-7.

Cristo Jesus é o único que pode cumprir as exigências de Deus para ser o perfeito sacrifício pela humanidade.

  1. Jesus tem autoridade sobre o pecado: Lc 5.24. Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra poder de perdoar pecados (disse ao paralítico), eu te digo: Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa.

  1. Jesus comprova a sua perfeição ao interrogar os judeus: Jo 8.46. Quem dentre vós me convence de pecado? E, se vos digo a verdade, por que não credes?

  1. Jesus está isento de defeito: Hb 9.13-14. Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne, 14 quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?

  1. O Cordeiro Santo: 1 Pe 1.19. Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.

  1. Em tudo Cristo foi tentado, mas não pecou: Hb 4.15. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.

Jesus é o cordeiro ideal para o sacrifício, não a ninguém que possa substituir o que só Jesus pode fazer, agora que ele é o único mediador na nova aliança. Hb 12.24. E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.

O sangue de Abel clama por justiça e retribuição (Gn 4.10), ao passo que o sangue de Jesus derramado na cruz fala de perdão e reconciliação. Vejamos nas Escrituras:

  • Hb 9.12. Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.

  • Hb 10.19-20. Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, 20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne.

  • Cl 1.20. E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus.

  • 1 Jo 1.7. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

  1. Encarnou para cumprir as promessas do Pai.

No Velho Testamento:

Promessa no Éden: Gn 3.15. E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.


A descendência da mulher acabaria esmagando a cabeça da serpente, promessa cumprida na vitória de Cristo sobre Satanás – da qual todos os crentes participarão Rm 16.20. E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém!

  1. Na instituição da páscoa: Êx 12.1-14.

  1. Jesus descenderá da linhagem de Judá: Gn 49.10. O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos (2 Sm 7.12; Mt 1.1-16).

  1. Um profeta como Moisés se levantará. Dt 15.15,18-19; Jo 3.34; At 3.20-23.

  1. Deus erguerá um sacerdote fiel: 1 Sm 2.35-36; Hb 2.17. Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo.

  1. Ele será Deus e Senhor: Sl 110.1a. Disse o Senhor ao meu senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.

  1. Ele trará Luz para à Galileia: Is 9.1-2; Mt 4.12-17.

Temos muitos a dizer e a conhecer nas Santas Escrituras, outros textos que mostra de Gênesis a Apocalipse a pessoa bendita de Jesus como Senhor e Deus de todos nos.

No Novo Testamento:

  1. O Senhor Jesus fará toda a vontade do Pai: Is 42.1.Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios.

  1. Os discípulos insistindo que Jesus comesse, levou Jesus a falar que a satisfação primaria dele, era de consumar a obra do Pai.

  • Jo 4.32. Porém ele lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis.

  • Jo 4.34. Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.

  • Jo 5.30. Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo, e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou.

  • Fazendo assim a vontade de Deus como único intercessor, não por meios religiosos, políticos, filosóficos, mas, única e exclusivamente pela verdade:

1 Tm 2.3-6. Porque isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, 4 que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade. 5 Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem, 6 o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.


Outros textos no evangelho de João que trata Jesus como o Filho de Deus. Jo 6.38; 8.26; 9.4; 10.37,38; 12.49,50; 14.31; 15.10; 17.4.


Conclusão: A encarnação é o primeiro passo na execução do plano de salvação. Pela encarnação somos confortados em saber que Cristo sentiu os nossos problemas na pele e pode nos compreender. Nossa compreensão de Deus tornou-se mais clara em Cristo, sabemos que ele é nosso intercessor diante do Pai e que se Deus cumpriu suas promessas referentes a encarnação Ele cumprirá as outras que nos fez.

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