A
maldição de Semei e a Síndrome de Abisai.
Cuidado
com as acusações e os bajuladores.
Um
histórico do capitulo 16 de 2 Samuel. 16.5-14.
Resumo:
Nessas
horas tem sempre um bajulador para paparicar a autoridade e, neste
caso, a figura foi Abisai, filho de Zeruia, que se chegou ao rei e
disse: “Por que amaldiçoaria este cão morto ao rei meu senhor?
Deixa-me passar, e lhe tirarei a cabeça.” (2 Samuel 16:9). A
ideia de Abisai era bem radical, ao invés de calar a boca
praguejador, seria melhor cortar logo a cabeça dele, porque a língua
vinha junto.
Davi
era um homem segundo o coração de Deus e usava sua inteligência,
coisa que muita gente boa não faz, e repreendeu Abisai dizendo: “Que
tenho eu convosco, filhos de Zeruia? Ora deixai-o amaldiçoar; pois o
SENHOR lhe disse: Amaldiçoa a Davi; quem pois diria: Por que assim
fizeste?” (2 Samuel 16:10). Davi não só impediu que Abisai
matasse Simei, como ainda disse que se Simei o estava amaldiçoando,
é porque Deus o mandou fazê-lo.
O
coração ferido do rei Davi foi seriamente atingido com as palavras
de Simei, o problema com Absalão aconteceu, porque Davi como pai,
tinha falhado com seu filho. Não há dor maior para um pai do que
ter seu filho amado contra si e o rei estava com o coração
sangrando, porém não se deixou usar pela emoção e não descontou
nos outros os seus problemas que, além de pessoais, eram também
de ordem política.
Davi
tinha intimidade suficiente com Deus para saber que não cabia a ele
(Davi) se vingar de Simei e ele, inteligentemente, entregou o homem e
sua maldição ao Senhor, veja:“Eis que meu filho, que saiu das
minhas entranhas, procura a minha morte; quanto mais ainda este
benjamita? Deixai-o, que amaldiçoe; porque o SENHOR lho disse.
Porventura o SENHOR olhará para a minha miséria; e o
SENHOR me pagará com bem a sua maldição deste dia.”
(2 Samuel 16:11-12). Dito e feito.
O
rei continuou em seu caminho, seguido por seu exército e pelo povo
que amava Davi e Simei também foi junto, amaldiçoando, atirando
pedras e levantando poeira, o homem não desistia de seu intento de
atingir o rei e atingiu mesmo, só no coração, suas palavras
traziam à tona um grave problema de Davi, cujo coração pertencia
ao Senhor dos Exércitos.
Como
se sabe, quando não tomamos vingança Deus age por nós e retribui a
cada coração segundo o bem, ou o mal praticados. O problema com
Absalão se agravou, pois ele tomou maus conselhos com um cidadão e
possuiu as concubinas de Davi na frente de todo Israel, no terraço
do palácio do rei.
Absalão
cometeu vários pecados diante de Deus e não ficou impune, ele
morreu pendurado pelos seus belos cabelos numa árvore, mas Davi não
comemorou sua morte, ao contrário, chorou a morte do filho e todo
Israel respeitou o luto do rei.
Tal
como disse Davi, Deus recompensou com o bem o mal proferido contra
ele por Simei e quando Davi voltou vitorioso, advinha quem foi o
primeiro a se apressar para saudar o rei? Ele mesmo, o amaldiçoador
Simei. A situação estava negra de bolinhas escuras para Simei, ele
se rebelou contra o rei que agora era o grande vencedor.
Simei
seguiu com os homens de Judá para encontrar Davi que havia unificado
o reino e não foi sozinho, levou consigo seus quinze filhos e seus
vinte servos e assim que ele avistou Davi se prostrou aos seus pés e
disse: “Não me impute meu senhor a minha culpa, e não te
lembres do que tão perversamente fez teu servo, no dia em que o rei
meu senhor saiu de Jerusalém; não conserve o rei isso no coração.
Porque teu servo deveras confessa que pecou; porém eis que eu sou o
primeiro que de toda a casa de José desci a encontrar-me com o rei
meu senhor.” (2 Samuel 19:19-20). Viu só a humildade do homem?
Nem parecia o mesmo que jogou pedras no rei dias antes.
Mais
uma vez Abisai aconselhou Davi a matar Simei e mais uma vez Davi o
repreendeu dizendo: “Que tenho eu convosco, filhos de Zeruia,
para que hoje me sejais adversários? Morreria alguém hoje em
Israel? Pois porventura não sei que hoje fui feito rei sobre
Israel?” (2 Samuel 19:22). Davi estava feliz e quem é feliz
não quer o mal de ninguém. Pode reparar, pessoas infelizes estão
sempre querendo ver os outros infelizes também, e o inverso é
igualmente verdadeiro.
Davi
perdoa o ofensor.
Davi
respondeu a Simei: “Não morrerás. E o rei lho jurou.” (2
Samuel 19:23). Era a sentença do rei: o perdão. Davi foi apenas um
rei, mas teve capacidade de perdoar um desafeto, imagine Deus? Ele é
rico em misericórdia e perdão e não rejeita um coração sincero.
Não perca mais tempo, reconheça Jesus como Salvador e siga sua vida
sabendo você está nas mãos certas.
Exposição
do Texto 2 Samuel 16.5-14.
Introdução:
No
final do capítulo anterior; vemos Davi fugindo de Jerusalém, e
Absalão entrou nela. Neste capítulo, vemos o seguinte: I. A fuga
melancólica de Davi. Nós o encontramos: 1. Enganado por Ziba
(v.1-4) 2. Amaldiçoado por Simei que Davi suporta com uma paciência
incrível (v. 5-11). II. A entrada triunfal de Absalão. 1. Ele é
enganado por Husai (v.15.19). 2. É aconselhado por Aitofel para se
aproveitar das concubinas de seu pai (v.20-23).
COMO
SURGIU A BAJULAÇÃO DE ABISAI.
v.5.
Chegando
o rei Davi a Baurim, um homem do clã da família de Saul chamado
Simei, filho de Gera, saiu da cidade proferindo maldições contra
ele.
1.
Porque
Simei aproveitou essa oportunidade para dar vazão à sua maldade:
(1) Poque agora ele achava que podia fazê-lo de maneira segura; no
entanto, se Davi tivesse se ressentido das provocações dele, isto
teria custado a vida. (2) Porque agora seria mais doloroso para Davi,
acrescentaria aflição ao seu sofrimento, e derramaria vinagre em
suas
feridas. Ele
descreve como os mais bárbaros os que conversam
sobre a dor daqueles a quem Deus feriu (Sl
69.26 Pois
perseguem a quem afligiste, e aumentam a dor daqueles a quem
feriste).
Esse
foi o caso de Simei, sobrecarregando-o com maldições, a quem nenhum
olho generoso poderia olhar sem compaixão. (3) Porque agora ele
achava que a Providência justificava suas censuras, e que aflição
atual de Davi provava ser ele um homem tão ímpio quando procurava
retratá-lo.
Os
amigos de Jó o condenaram com base nesse princípio falso. Esses que
estão debaixo de reprovação de um Deus gracioso não devem
estranhar se forem reprovados por ímpios. Se
em determinado momento foi dito: dizendo:
Deus
o desamparou; persegui-o e prendei-o,
(Sl 71.11). Mas é a natureza de um espírito vil pisotear em alguém
que está abatido e insultá-lo. Mt
12.20.
Não
esmagará a cana quebrada, e não apagará o pavio que fumega, até
que faça triunfar o juízo;
v.6.
Também
atirava pedras contra Davi e todos os seus servos, ainda que todo o
povo e todos os valorosos iam à direita e à esquerda do rei.
2.
Como
a sua maldade foi expressa, Veja: (1) O que esse ordinário fez:
apedrejava
com pedras a Davi
(v. 6), como se seu rei fosse um cachorro, ou o pior dos criminosos,
a quem total Israel deveria apedrejar com pedras até que morresse.
Talvez se mantivesse a tal distância que as pedras que arremessava
não pudessem alcançar a Davi, nem os seus auxiliares, no entanto
mostrou o que teria feito caso tivesse o poder de fazê-lo. Ele
levantava
poeira (v.13),
o que, provavelmente, entraria em seus olhos, semelhantemente às
maldições que lançava, as quais, sendo infundadas, retornariam
sobre a sua cabeça.
v.7-8.
E,
amaldiçoando-o Simei, assim dizia: Sai, sai, homem sanguinário,
homem de Belial! 8
O Senhor te deu agora a paga de todo o sangue da casa de Saul, em
cujo lugar tens reinado; já entregou o Senhor o reino na mão de
Absalão, teu filho; e eis-te agora na desgraça, pois és um homem
sanguinário.
E,
caso fosse um homem de sangue, sem dúvida um homem de Belial, isto
é, um filho do diabo, que é chamado de Bellial (2 Co 6.15), e que
foi um assassino desde o princípio. Homens sanguinários são o pior
de homens. Ele é acusado ser a pessoa responsável pela sua
dificuldade atual: O
Senhor te deu agora a paga de todo o sangue da casa de Saul, em cujo
lugar tens reinado; já entregou o Senhor o reino na mão de Absalão,
teu filho; e eis-te agora na desgraça, pois és um homem sanguinário
16.8.
Veja
quão petulantes pessoas maldosas são em forçar o julgamento de
Deus a serviço de sua própria ira e vingança. Se todo aquele que
os tem prejudicado (eles acham) deveria passar por dificuldade, o
insulto causado a eles deve ser entendido como o motivo desses
dificuldades.
Como
a ira do homem não opera a justiça de Deus, assim a justiça de
Deus não serve a ira do homem (Tg 1.20). Ele é acusado de que o
sangue da casa de Saul se tornará a sua completa ruína. Semei
buscava de todas as formas fazer com que Davi se desespere e jamais
pense em recuperar seu trono novamente. Agora eles disseram: Não
há salvação para ele em Deus
(Sl 3.2), já
deu o SENHOR o reino na mão de Absalão, teu filho (não,
Mefibosete – a casa de Saul nunca sonhou em troná-lo rei, como
Ziba sugeriu), e
eis-te agora na tua desgraça,
isto é “a desgraça que será a tua destruição, e tudo porque és
um homem de sangue”. Essa era a maldição de Semei.
O
zelo de Abisai, filho de Zeruia.
v.
9. Então
Abisai, filho de Zeruia, disse ao rei: Por que esse cão morto
amaldiçoaria ao rei meu senhor? Deixa-me passar e tirar-lhe a
cabeça.
Observe
quão paciente e submisso Davi estava diante desse abusado. Os filhos
de Zeruia, Absai em particular, eram zelosos em manter a honra de
Davi com
suas espadas; eles ressentiam a afronta agudamente, por isso
perguntam: Por
que amaldiçoaria este cão morto ao rei?
(v. 9). Caso Davi lhe permitisse, silenciariam esses lábios
mentirosos e amaldiçoadores e tirariam a sua cabeça, visto que
arremessar pedra no rei era um ato público, que abundantemente prova
que desejava a sua morte.
TIPOLOGIA
NO CAPÍTULO 16.
Mas
o rei de forma alguma, permitiria que isso acontecesse: Que
tenho eu convosco, filho de Zeruia?
Deixai-o
amaldiçoar.
Assim Cristo repreendeu os seus discípulos, que, em zelo pela sua
honra, teriam ordenado fogo do céu sobre a cidade que o afrontava
(Lc 9.55).
Observemos
com quais considerações Davi se tranquilizava.
1.
A coisa principal que o silenciou foi que ele merecia essa aflição.
Isso não é mencionado diretamente; porque um homem pode se
arrepender de verdade, e mesmo
assim não ter a necessidade, em todas as ocasiões, de proclamar
suas ponderações penitentes. Simei o censurava de maneira injusta
pelo sangue de Saul: disso
sua
consciência o absolvia, mas, ao mesmo tempo, era o acusava do sangue
de Urias. “A repreensão é totalmente justa”
(pensa
Davi), “embora falsa da forma como Simei a apresenta”. Observe:
Um espírito humano e gentil transformará
censuras em exortações, e assim extrair o bem delas, em vez de ser
afronta por elas.
v.10-11.
Disse,
porém, o rei: Que tenho eu convosco, filhos de Zeruia? Por ele
amaldiçoar e por lhe ter dito o Senhor: Amaldiçoa a Davi; quem
dirá: Por que assim fizeste? 11
Disse
mais Davi a Abisai, e a todos os seus servos: Eis que meu filho, que
saiu das minhas entranhas, procura tirar-me a vida; quanto mais ainda
esse benjamita? Deixai-o; deixai que amaldiçoe,
porque o Senhor lho ordenou.
2.
Ele reconhece a mão de Deus nisso: o
SENHOR lhe disse: Amaldiçoa a Davi
(v. 10), e novamente: que
amaldiçoes, porque o SENHOR lho disse
(v. 11). Como era o pecado de Simei, ele não vinha de Deus, mas do
diabo e do seu coração perverso; nem o fato de Deus, ter a sua mão
nisso desculpava au atenuava a
sua culpa, muito menos a justificava, como também não foi
justificado o pecado dos que mataram a Cristo (At 2.23; 4.28).
Mas,
como era a aflição de Davi, era do Senhor, uma das maldades que
levantou contra ele. Davi olhava acima do agente de sua dificuldade,
para o supervisor supremo, como ocorreu com Jó, quando os
saqueadores o tinham desejado, e reconhece:o
SENHOR o tomou (Jó
1.21).
Nada
mais apropriada para uma alma quieta e graciosa debaixo da aflição
do que ver mão do Senhor nisso. Não abro a minha boca, porquanto tu
o fizeste Sl 39.9. O castigo da língua é avara de Deus. Sl
94.13
para lhe dares descanso dos dias da adversidade, até que se abra uma
cova para o ímpio.
3.
Ele se aquieta debaixo da aflição menor em comparação com a maior
(v. 11): Eis
que meu filho procura a minha morte, quando mais ainda este filho de
Benjamim?
Observe: A tribulação opera a paciência naqueles que são
santificados. Quando mais suportamos mais capazes deveríamos ser em
suportar ainda mais; o
que prova a nossa paciência deveria aperfeiçoá-la.
Quanto
mais estamos acostumados com a dificuldade, tanto menos deveríamos
nos surpreender com ela. Não se surpreender pelo fato de se tornam
insensíveis; nem quando os amigos se tornam insensíveis se até os
filhos se tornam desobedientes.
4.
Ele se consola com esperança de que Deus, de uma ou outra forma,
transformaria em benção a sua aflição, equilibraria a dificuldade
e retribuiria a sua paciência diante dela: “O
SENHOR me pagará com bem a sua maldição deste dia.
Se Deus ordenou Simei a me afligir, é para que Ele possa me consolar
de forma mais sensata; certamente Ele tem misericórdia reservada
para mim, que ele está preparando para mim por dessa provação”.
Podemos
depender de Deus como nosso “pagador”, não somente pelos nossos
serviços, mas pelos nossos sofrimento.
Amaldiçoem
eles, mas abençoa tu (Sl
109.28). Davi finalmente se abriga em Baurim (v.
14), onde encontra refresco e está protegido dessa contenda das
línguas.
A AUSÊNCIA DE DEUS.
Texto Básico: 2 Crônicas 15.1-19.
Texto
Devocional: Salmos 33.12. Como é feliz a nação que tem o
Senhor como Deus, o povo que ele escolheu para lhe pertencer!
Introdução: A maior infelicidade do homem,
nesta vida e na vindoura, é a de sentir a ausência de Deus.
ISTO,
PORQUE, SEM A PRESENÇA DO PAI, HAVERÁ.
Haverá uma
Sociedade Corrompidas
1. Noé – Sua época
fala- nos da Sociedade Corrompida. Mt 24.37-38.
Haverá uma Religião
Corrompida.
2. Daniel – Sua época
fala-nos da Religião Corrompida. 1 Tm 4.1.
Haverá uma
Família Corrompida.
3. Jó – Sua época
fala- nos da Família Corrompida – 2 Tm 3.1-9.
O QUE
ACONTECE QUANDO O SENHOR ESTAR AUSENTE?
1. Insegurança, se
perguntarmos qual é o segredo das vitórias de Israel a resposta é: A presença
de Deus. v1-2 O Espírito de Deus veio sobre Azarias, filho de Odede. 2 Ele saiu para encontrar-se com Asa e lhe disse:
"Escutem-me, Asa e todo o povo de Judá e de Benjamim. O Senhor está com vocês quando vocês estão com ele. Se o
buscarem, ele deixará que o encontrem, mas, se o abandonarem, ele os abandonar.
A presença de Deus pode ser bem definida no Salmos 46.1,11. Ele inicia narrando que “v1 Deus
é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem
presente nas tribulações.” E
finaliza afirmando: “v11 O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.”
Sabiamente, o rei Asa deu ouvidos às pessoas que tinha uma relação íntima com
Deus, e escutou suas mensagens. Azarias
pronunciou uma advertência importante aos exércitos e os encorajou a permanecer perto de Deus. Mantenha o
contato com gente que esteja cheia do Espírito de Deus, e conhecerá o conselho
de Deus. Com regularidade, passe tempo comentando e orando com aqueles que podem lhe ajudar a explicar e
aplicar a mensagem de Deus.
2. Desespero, O que se espera de uma nação sem orientação, certamente é um barco sem
bússola, sem leme, sem velas, sem direção na negridão à deriva. v3-6 Durante muito tempo Israel esteve sem o verdadeiro Deus, sem
sacerdote para ensiná-lo e sem a Lei. 4 Mas em sua angústia eles se
voltaram para o Senhor, o Deus de Israel; buscaram-no, e ele deixou que o encontrassem. 5 Naqueles dias não era seguro viajar, pois muitos distúrbios
afligiam a todos os habitantes do território. 6 Nações e
cidades se destruíam umas às outras, pois Deus as estava afligindo com toda
espécie de desgraças.
Azarias disse, que Israel, o reino do norte,
esteve "sem o verdadeiro Deus".
Oito reis reinaram em Israel, durante os quarenta e um, anos que governou Asa em
Judá, e oito deles foram perversos. Jeroboão, o primeiro rei de Israel, começou
seu caminho malvado ao estabelecer ídolos e ao expulsar os sacerdotes de Deus (11.14-15
Os levitas chegaram até a
abandonar as suas pastagens e os seus bens, e foram para Judá e para Jerusalém,
porque Jeroboão e seus filhos os haviam rejeitado como sacerdotes do Senhor 15 nomeando seus próprios sacerdotes para os altares
idólatras e para os ídolos que haviam feito em forma de bodes e de bezerros). Azarias utilizou os problemas
de Israel como um exemplo do mal que viria a Judá se separa se de Deus como o
tinham feito seus irmãos do norte.
O
profeta Oséias registra em seus escritos que povo, cansado de sofrer voltou
para o seu Deus. Os 3:4-5 Pois os israelitas
viverão muitos dias sem rei e sem líder, sem sacrifício e sem colunas sagradas,
sem colete sacerdotal e sem ídolos da família. 5 Depois disso os
israelitas voltarão e buscarão o Senhor, o seu Deus, e Davi, seu rei. Virão
tremendo atrás do Senhor e das suas bênçãos, nos últimos dias. É
perigoso viver uma vida sem a presença do Senhor, ao invés de andar para frente
andam para traz. O reino do norte se rebelou contra a casa de Davi sob o
governo do Jeroboão (2 Rs 12; 13). Sua rebelião foi tanto
política como religiosa. Nesse tempo, voltaram a adorar ídolos. No tempo do
governo do Messias, toda pessoa se prostrará diante do Senhor com humildade e
submissão. Os que não aceitem suas benções agora se enfrentarão a seu poder e
castigo mais tarde. É muito melhor amar e segui-lo agora que enfrentar sua ira
mais tarde. Dt 4:29; E lá procurarão o Senhor, o seu Deus, e o
acharão, se o procurarem de todo o seu coração e de toda a sua alma.
Sem ensino
não há evolução, o Apostolo Paulo diz que a vida do cristão é de glória em
glória.2 Co 3.18 Mas todos nós, com cara
descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos
transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do
Senhor. O salmista colabora com o apostolo Paulo Salmos 11.13. Quando os fundamentos estão sendo destruídos, que pode
fazer o justo?
Quando Deus é a razão do nosso culto, não
temos tempo em pensar em voltar a trás, pois o nosso caminhar é para frente.
O RESULTADO
DA PRESENÇA DE DEUS.
No Salmos
46 temos o histórico dos cuidados do Senhor, para a sua igreja, vejamos.
Discipulado: v1-3 Deus é o
nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade.
2 Por isso
não temeremos, embora a terra trema e os montes afundem no coração do mar,
3 embora estrondem as suas águas turbulentas e os montes sejam
sacudidos pela sua fúria.
Salvação: v4 Há
um rio cujos canais alegram a cidade de Deus, o Santo Lugar onde habita o
Altíssimo.
Deus: 5 Deus
nela está! Não será abalada! Deus vem em seu auxílio desde o romper da manhã6
Nações se agitam, reinos se abalam; ele ergue a voz, e a terra se derrete.
7 O Senhor
dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é a nossa torre segura. 8 Venham!
Vejam as obras do Senhor, seus feitos estarrecedores na terra. [9 Ele dá fim às guerras até os confins da terra; quebra o arco
e despedaça a lança, destrói os escudos com fogo. 10
"Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus! Serei
exaltado entre as nações, serei exaltado na terra. " 11 O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é a nossa
torre segura.
Deus é zeloso para com a sua palavra, não
seria diferente até por que Ele já falou através do profeta Jeremias que “Que velaria em cumprir”. Assim entendemos o que o médico
amado Lucas em Atos 17.28. porque nele vivemos, e nos
movemos, e existimos, como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos
também sua geração.
Concluímos: que não há o que temer, pois Deus é
o nosso refúgio e fortaleza. Temos um exemplo composto pelo reformador Martinho
Lutero. “Castelo Forte”
Castelo
Forte hino da harpa 525
Castelo forte é nosso Deus
Espada e bom escudo
Com seu poder defende os seus
Em todo transe agudo
Com fúria pertinaz
Persegue Satanás
Com artimanhas tais
E astúcias tão cruéis
Que iguais não há na Terra
A nossa força nada faz
Estamos, sim, perdidos
Mas nosso Deus socorro traz
E somos protegidos
Defende-nos Jesus
O que venceu na cruz
Senhor dos altos céus
E sendo o próprio Deus
Triunfa na batalha
Sim, que a palavra ficará
Sabemos com certeza
E nada nos assustará
Com Cristo por defesa
Se temos de perder
Os filhos, bens, mulher
E, embora a vida vá
Por nós Jesus está
E dar-nos-á seu reino
A IGREJA E SUAS CRISES
Texto Base:
1 Coríntios 5: 1-2; Geralmente, se
ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os
gentios, isto é, haver quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio pai. 2 E, contudo,
andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do
vosso meio quem tamanho ultraje praticou?
Gálatas
3:1-3 Ó gálatas
insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo
exposto como crucificado? 2 Quero apenas saber isto de vós: recebestes o
Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? 3 Sois assim
insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando
na carne?
INTRODUÇÃO
As cartas do
Novo Testamento mostram que desde o primeiro século existiram
conflitos nas comunidades cristãs. Razões teológicas e
administrativas levaram algumas igrejas a experimentar crises, como as vividas
na Galácia e em Corinto.
A Epístola
aos Gálatas revela uma crise de natureza teológica.
a.
Os cristãos da Galácia estavam
abandonando os ensinos da salvação pela fé e apegando-se às obras da lei.
Paulo os chama de insensatos, G1.3.1. Ó gálatas insensatos!
Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como
crucificado?
b.
Em Corinto, havia outros tipos
de problemas. A igreja estava dividida, 1 Co 1: 10-13; 3: 1-3; 12: 12-26. Além
disso, o mundanismo invadira a Igreja, 1 Co; 5: 1-13; 6: 12-20. Ali, os
cristãos foram chamados de carnais e de crianças, 1 Co 3: 1.
A Igreja de
nossos dias também enfrenta problemas e crises. Todos precisamos de sabedoria e de discernimento para enfrentá-los e
buscar soluções.
A vida de
uma igreja local reflete a realidade que está sendo vivida pelos seus membros. Uma igreja que mostra sintomas de enfermidades na verdade está
revelando que os lares e, de forma específica, os membros daquela comunidade
vivem problemas pessoais.
Esta lição
estuda dificuldades vividas por muitas igrejas. Precisamos aprender a enxergar
as verdadeiras causas desses males. Talvez os lares precisem ser
reestruturados, para que tenhamos igrejas mais fortalecidas.
I – A CRISE DE UNIDADE
A unidade da
Igreja tem por base e modelo a unidade do próprio Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Jesus orou: “a
fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam
eles em nós", Jo 17: 21.
Também os
textos de Efésios 4:1-16 e 1 Coríntios 12:12-31 são fundamentais
para se entender a extensão e a sublimidade da unidade da Igreja. Esse mesmo
tema foi abordado por Jesus em sua oração sacerdotal, João 17.
1. A origem
das divisões. O “espírito de divisão” não vem do Senhor. As
inimizades, contendas, ciúmes, iras, dissensões e facções são obras da carne,
Gl 5: 19-20. Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição,
impureza, lascívia, 20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias,
dissensões, facções.
Tg 3:13-18. Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria,
mediante condigno proceder, as suas obras. 14 Se, pelo
contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem
vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. 15 Esta não é a sabedoria que desce lá do
alto; antes, é terrena, animal e demoníaca. 16 Pois, onde há inveja e sentimento
faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins. 17 A sabedoria,
porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente,
tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento.
18 Ora, é em
paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz.
2. Resultados
das divisões:
a) Criação
de grupos na comunidade. As dissensões
são uma terrível doença no Corpo de Cristo. Em 1 Coríntios 1: 10-13, Paulo faz
uma séria advertência quanto à necessidade de unidade na Igreja, criticando os
“grupinhos”.
b) Ineficácia
do testemunho e da pregação. Sem
unidade não há pregação eficiente. Em sua oração sacerdotal, Jesus intercedeu
pela unidade dos discípulos “para que o
mundo creia”, João 17: 21.
É preciso
preservar a unidade, pois quem divide a Igreja e incentiva o partidarismo no
Corpo de Cristo comete pecado. Cristo não está dividido, 1 Co 1: 13; Ef 4: 5.
Assim, as
igrejas locais não podem ser focos de disputas Internas, como ocorreu em Corinto. Lá havia os que se agrupavam em torno de
Cefas (Pedro), de Apolo, e de Paulo. Os que se achavam mais espirituais diziam
que não pertenciam a nenhum grupo, mas a Cristo. Todos estavam errados.
II – A CRISE DE SANTIDADE
Santificar
significa “tornar sagrado, separado do uso profano para uso exclusivo de Deus”. Quantos crentes ainda não abandonaram a mentira, a maledicência, a
fofoca, a murmuração, a crítica destrutiva. Seus lábios são fontes amargas, sua
língua está contaminada com o fogo do inferno pronta para despejar palavras
torpes e imorais, piadas irreverentes e chacotas com o nome de Deus. O salmista
orientou: "Guarda a tua língua do mal, e os teus
lábios de falarem enganosamente", SI 34: 13.
A falta de
santidade na Igreja tem sido motivo de escândalos, tornando-se empecilho ao
crescimento do Reino de Deus. Quando não há santificação, a Igreja torna-se
desacreditada. Quem vive no pecado não tem autoridade espiritual, At 19: 13-17.
a) O
poder sedutor do pecado. Muitas
Igrejas estão copiando o mundo, imitando seu falar, seu cantar, seu vestir, seu
negociar, seu agir e até seu reagir.
Abriram-se
tanto que deixaram de mostrar os perigos de o membro envolver-se com jogos,
bebedeiras, farras, danças, namoro escandaloso, infidelidade, fornicação,
pornografia, homossexualismo e outros pecados.
Assim, por
não serem alertados, é possível que pessoas estejam participando de conjuntos,
grupos de louvor e até da celebração da ceia, mas sem qualquer mudança de
vida. Muitos apenas ostentam o nome de cristão, mas são mundanos.
b.
Recomendações Bíblicas para a santificação. Não é
coerente carregar o nome de cristão e viver comprometido com o pecado:
- Sem
santificação ninguém verá o Senhor, Hb 12: 14;
- Deus
ordena que seu povo se santifique, 1 Pe 1: 15-16;
- O corpo
do cristão é templo do Espírito Santo e, por isso, não deve ser entregue
ao pecado, Rm 6: 19; 1 Co 6: 19,20;
- Fomos
chamados por Deus para uma vida de santidade, Ef 1: 4; 1 Pe 2: 5.
Há diversos
textos no Novo Testamento que fazem apelos diretos aos leitores para que tenham
comportamento adequado à nova vida que desfrutam em Cristo: Ef. 4: 17 a 5: 11;
Cl 3: 1-17; 1 Pe. 4: 1-5. Em Efésios 4: 1-3, Paulo recomenda aos seus leitores
que andem “de modo digno da vocação” a que foram chamados.
Nenhum
veneno é tão mortal quanto uma pessoa dizer-se crente e viver uma vida mundana
e compactuada com o pecado. Como a Igreja de hoje
precisa de santidade! Sem santidade não há evidência de justificação. Sem
santidade não há salvação. A santidade é o caminho da comunhão com o Deus
Santo.
III – A CRISE DO COMPROMISSO
Presenciamos
um tempo de barateamento da mensagem de Jesus. Pregadores anunciam um evangelho
cheio de promessas, mas não falam de compromisso com Deus e com a Palavra.
Jesus nunca pregou um “evangelho barato” e nem proclamou uma graça sem
compromisso. Para vencer este mal que afeta muitas Igrejas, algumas atitudes
são necessárias:
1. A Igreja
deve resgatar o compromisso de ensinar a Palavra de Deus. A Escritura é poderoso instrumento para ensinar, repreender, corrigir e
instruir em justiça, 2 Tm 3:16,17. A EBD e as reuniões de estudo bíblico nos
lares e no templo são importantes para o crescimento cristão.
2. A Igreja
precisa levar as famílias a resgatar seus valores. A intensa crise vivida nas famílias tem gerado infidelidade conjugal,
filhos rebeldes, insubordinados, insubmissos e irreverentes. Onde a aliança
conjugal é quebrada, feridas são abertas, vidas são pisadas, os filhos são machucados. Enfim, a família é ultrajada, a Palavra de Deus é desobedecida e
a Igreja fica debilitada, Ml 2:10-16.
3. A Igreja
precisa levar os cristãos a resgatarem a fidelidade na entrega dos dízimos e
das contribuições. Todos os homens e mulheres que
prosperaram na história bíblica eram dizimistas e ofertantes fiéis a Deus.
Foram abençoados não só do ponto de vista espiritual, mas também material.
Abraão e Isaque são exemplos, Gn
cap. 13,14, 18 a 20. Não se deve reter o que é do
Senhor. Quando deixamos de entregar os dízimos, estamos roubando a Deus e
trazemos sobre nós a maldição divina, Ml
3: 8, 9.
CONCLUSÃO: Alguém já disse que se um dia encontrarmos uma
igreja perfeita não entremos nela, pois a contaminaremos com nossos pecados.
É claro que
não há esta igreja perfeita aqui na face da terra, que se encontra marcada pelo
pecado. Mas, mesmo em um mundo que tem como tendência natural se afastar dos princípios
de Deus, devemos como cristãos lutar para que o corpo de Cristo vença as suas
crises, firmado nas promessas do Senhor.
Autor:
Pastor Josias.
Sermão
concedido pelo irmão Pedro, membro da Igreja Batista de Lajes - RN
Oseias
O amor supera a dor.
Texto
Básico:
O livro de Oséias.
Texto
Devocional:
Lc 17.3-4.
Versículo-chave: Os 6.6. Pois misericórdia
quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.
Introdução: Oseías
vivenciou na experiência conjugal a mensagem que proclamou. Sua história pessoal
ilustrou com profundidade o amor leal que Deus nutre por Seu povo, a despeito
da tristeza que a infidelidade produz no coração divino.
A história dessa traição começou 200 anos
antes de Oséias, quando o reino de Israel se dividiu e as tribos do norte,
rebelando-se contra a aliança com o Senhor, proclamaram sua independência.
Fizeram para si um rei – Jeroboão – que não era da linhagem de Davi. E esse
novo rei, para evitar as peregrinações ao templo em Jerusalém, instituiu o
culto a dois bezerros de ouro, um em Betel e outro em Dã (1 Rs 12.25-30).
O conselho que o rei acatou levou a
ruina total: Is 30.1. Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que tomaram conselho,
mas não de mim! E que se cobriram com uma cobertura, mas não do meu Espírito,
para acrescentarem pecado a pecado!
Como bola de neve, que vem crescendo à
medida que desce a encosta da montanha, assim o pecado da rebeldia foi atraindo
outros pecados, de tal forma que nos dias de Oseías a situação tronara-se insustentável. Isto é o oposto em que a palavra do Senhor: Sl 65.4 Como são
felizes aqueles que escolhes e trazes a ti, para viverem nos teus átrios!
Transbordamos de bênçãos da tua casa, do teu santo templo! Certamente
Israel não estava vivendo estas benções.
I – Os caminhos da ruína espiritual.
Nos dias de Oseías os israelitas haviam
se tornado prósperos. No trono estava Jeroboão
II, filho de uma geração de reis alheios à vontade de Deus: Os 8.4. Eles fizeram reis, mas não por mim;
constituíram príncipes, mas eu não o soube; da sua prata e do seu ouro fizeram
ídolos para si, para serem destruídos.
O luxo e a suntuosidade dominaram a mente
e o coração do povo. A religião havia se tronado rica na liturgia, mas pobres na teologia. O sincretismo religioso
era tolerado e o zelo pela Palavra de Deus era negligenciada.
Os israelitas agiam como “crentes de fim de
semana”; gente de vida dupla que reservava o sábado para uma devoção
ardorosa e os demais dias da semana para a ganância, os prazeres e até mesmo a
idolatria.
Vivemos também hoje em meio a uma
sociedade que busca por uma religião acomodada, que alimente as emoções sem
restringir os desejos da carne. Mas assim como nos tempos bíblicos, também hoje
a religiosidade desacompanhada da integridade é tida aos olhos de Deus como
“prostituição espiritual” Os 5.4. Não
querem ordenar as suas ações, a fim de voltarem para o seu Deus; porque o
espírito da prostituição está no meio deles, e não conhecem o Senhor.
Esta mentalidade está no seio da Igreja
do Senhor, muitos confundem visão de Reino com aquilo que Deus pode dar e
realizar na vida de alguém. Diferente do que o evangelho nos ensina. 2 Co 4.11-12. E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste
também em nossa carne mortal. 12 De maneira que em nós
opera a morte, mas em vós, a vida.
A dupla personalidade dos israelitas corrompeu-lhes
os conceitos de moralidade e espiritualidade. Passaram a viver longe da
verdade, do conhecimento de Deus e do amor leal (Os 5.4).
Perderam a capacidade de discernir entre
o santo e o profano, entre a virtude e a vergonha, entre a liberdade a
libertinagem Os 4.1-2. Ouvi a palavra do
Senhor, vós, filhos de Israel, porque o Senhor tem uma contenda com os
habitantes da terra, porque não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento
de Deus na terra. 2 Só prevalecem o perjurar, e
o mentir, e o matar, e o furtar, e o adulterar, e há homicídios sobre
homicídios.
Deus abomina as declarações de fé que
saem de lábios impuros; tão pouco aceita o culto daqueles que consciente e
deliberadamente se entregam à imoralidade e carnalidade.
Oseías, não se contendo ao presenciar tantos
cultos imponentes e cheios de rituais oferecidos por um povo que descaradamente
desprezava os mandamentos do Senhor e a integridade moral, pronunciou uma
mensagem de desabafo: “Porque eu quero misericórdia e não sacrifício; e o
conhecimento de Deus, mais do que holocaustos” Os 6.6.
II – Os caminhos da ruína moral.
Os efeitos das atitudes daquela
sociedade corrompida se fizeram sentir na alma do profeta, e também no seu lar.
Oseías experimentou no peito uma amostra da dor que o Senhor sentia por causa
da infidelidade de Seu povo.
Há duas interpretações mais aceitáveis
para os primeiros versículos de Oseías: “Vai, toma uma mulher de prostituição” (Os 1.2)
1. Interpretação - Oseías casou-se, por orientação
divina, com uma mulher de passado maculado, dando-lhe a oportunidade de um novo
recomeço, uma nova vida. Deus talvez estivesse mostrado que o amor pode
cancelar o passado, restaurar o presente e modificar o futuro.
2. Interpretação – Oseías estaria, na verdade, fazendo
uma reflexão madura, alguns anos mais tarde, entendendo que Deus o conduziu a
esse relacionamento, mesmo sabendo que Gômer (esposa) viria a se torna. Nesse
caso, estaria desejando que o profeta compreendesse plenamente o teor de Sua
mensagem e do Seu sentimento.
Qualquer que seja a interpretação, o
fato é que Oseías passou a vivenciar a mensagem que proclamava. Na infidelidade
de sua esposa pôde ilustrar o adultério espiritual dos israelitas com Baal Os 2.8. Ela, pois, não
reconhece que eu lhe dei o grão, e o mosto, e o óleo e lhe multipliquei a prata
e o ouro, que eles usaram para Baal. O Senhor tratava Israel qual
esposa amada.
Os
2.19-20.
E desposar-te-ei
comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em
benignidade, e em misericórdias. 20 E desposar-te-ei
comigo em fidelidade, e conhecerás o Senhor. Mas Israel preferiu buscar os favores e os prazeres de um outro “senhor”
(Baal significa senhor, possuidor, marido).
Sim, Oseías sentiu na pele o que se
passava no coração de Deus. Percebeu que, assim como Gómer deixou-se seduzir
pelas atrações mundanas e pelos benefícios materiais que poderia obter com a
leviandade Os 2.5. Pois sua mãe se
prostituiu; aquela que os concebeu houve-se torpemente, porque diz: Irei atrás
de meus amantes, que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho,
o meu óleo e as minhas bebidas.
Israel trocou o compromisso com Deus e a
pureza da vida espiritual (união com Deus) pelos benefícios materiais
oferecidos pelos “amantes satânicos”, os deuses pagãos dos povos ao redor (Os
2.5-9).
Quem não mantiver o compromisso com o
Senhor, terá dificuldade em manterem-se íntegros aos demais compromissos
assumidos. O caminho da ruína moral passa pela infidelidade espiritual.
III – Os caminhos da restauração.
Apesar de toda rebeldia, idolatria e
imoralidade, Deus não desistiu de amar Seu povo. Israel havia chegado ao “fundo do poço”,
se, não fosse o imutável amor divino, já nenhuma esperança restaria para eles Os 13.14. Eu os remirei do poder
do inferno e os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde
está, ó inferno, a tua destruição? Meus olhos não vêem em mim arrependimento
algum.
Gômer também chegou ao “fundo do poço”, vendendo-se por favores
sexuais, a fim de pagar suas dívidas de boemia.
O profeta, tendo aprendido a amar
segundo o amor de Deus, se dispôs a procurá-la e a saldar suas dívidas;
resgatou-lhe a liberdade e a trouxe de volta para casa. Gômer perdeu
temporariamente os privilégios, mas foi perdoada – “Comprei-a, pois, para mim por quinze peças de
prata e um Gômer e meio de cevada; 3 e lhe disse: tu esperarás por mim muitos
dias; não te prostituirás, nem serás de outro homem; assim também eu esperarei
por ti” (Os 3.2-3).
Deus restaura o caído, movido por Seu
intenso amor, mas não negligencia o pecado. Para ocorrer restauração é
necessário que haja correção “Deus corrige a quem ama” (Hb 12.6).
A correção de Deus, segundo as palavras
do profeta, viria pelos braços da Assíria. As tribos do norte perderiam por
muitos tempo a identidade nacional, a pátria e a intimidade com Deus a quem
tantas vezes desprezaram. Este seria o preço da infidelidade.
Oseias conclamou o povo ao
arrependimento e confiança na promessa que Deus, por Seu imenso amor, haveria
de perdoar todo coração sinceramente arrependido Os 14.2. Tende convosco palavras de arrependimento
e convertei-vos ao Senhor; dizei-lhe: Perdoa toda iniquidade, aceita o que é
bom e, em vez de novilhos, os sacrifícios dos nossos lábios. Ele ilustrou a realidade do perdão
divino por meio do perdão exercido em favor de sua esposa. O amor humano
triunfou e o amor divino triunfará ainda mais.
O caminho da restauração moral e do reaviva
mento espiritual deve passar invariavelmente pelo arrependimento Os 14.4. Curarei a sua
infidelidade, eu de mim mesmo os amarei, porque a minha ira se apartou deles. Como
o cedro do Líbano.
Conclusão: A vida de
Oseías tornou-se a mensagem. Sua tragédia
espelhou a tragédia de um povo. Por
intermédio dele, Deus chama de volta os desviados, oferecendo-lhe misericórdia,
perdão e uma nova oportunidade. Oseías trouxe uma oportunidade. Oseías trouxe
uma mensagem ousada para seus dias (e ainda é), ofertando graça em lugar de
vingança; estendendo a oportunidade de salvação até a mais desprezível
criatura.
O ministério de Oseías assemelha-se aos
evangelistas de nossos dias, persuadindo os pecadores rebeldes a tornarem-se “filhos pródigos”, voltando ao Pai que,
com amor, os aguarda de braços abertos.
Joel.
O dia do Senhor vem.
Texto Básico: O livro de Joel
Texto Devocional: Joel 2.18-27.
Versículo-chave: Jl 2.12-13. Ainda assim, agora
mesmo, diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com
jejuns, com choro e com pranto. 13
Rasgai o vosso
coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque
ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em
benignidade, e se arrepende do mal.
Introdução: Do profeta, cujo nome significa
“o Senhor é Deus” pouco se sabe
(1.1), contudo o seu estilo literário, as vivacidades de suas narrativas e as
relevâncias do assunto abordado fizeram dele um dos mais fascinantes escritores
do Antigo Testamento. A época em que profetizou ainda é incerta, porém boa parte
dos estudos acredita ter sido entre a invasão de Israel pelos assírios (722
a.C.) e a conquista de Jerusalém pelos babilônios (587 a.C.).
Suas
profecias tiveram como pano de fundo uma catástrofe sem precedentes que, em
dias recentes, havia assolados as imediações de Jerusalém – Uma “praga de gafanhotos”. Tais
acontecimentos serviram como advertência de uma nova e maior calamidade que
afetaria a todos: O dia do Senhor.
I – OUÇA O ALARME
“Tocai a Trombeta;
...dai voz de rebate... o Dia do Senhor vem!” Jl 2.1-17.
1. Um
ataque real.
Não
se trata de uma explicação alegórica, nem de uma visão apocalíptica (embora
exista também essa conotação); as evidências apontam para um ataque real e
avassalador do mais temível batalhão da antiguidade – o “exército de gafanhotos” (Jl 2.7-10).
Os
enxames de gafanhotos surgiram inexplicavelmente aos bilhões, escurecendo os
céus com uma medonha e ensurdecedora nuvem alada, voando a mais de 50 metros de
altura. Quando pousavam a terra ficava arrasada; devoravam as lavouras, as
pastagens, os pomares, as hortaliças, os jardins e, de sobremesa, comiam as
roupas nos varais, artesanatos domésticos e tudo mais que encontrassem pela
frente (1.4-7).
Se
apenas um enxame causava tamanho estrago e pavor, o que se dirá de uma “praga
de gafanhoto”? Na amedrontada descrição de Joel podemos catalogar quarto
diferentes variedades de enxames, revezando-se um dia após o outro (1.4): “O que deixou o gafanhoto cortador,
comeu-o o gafanhoto migrador; o que
deixou o migrador, comeu-o o gafanhoto devorador;
o que deixou o devorador, comeu-o o gafanhoto destruidor” (1.4).
2.
As possíveis causas
Aquilo
que antes fora juízo divino aos egípcios (Êx 10.7), tornou-se então o pesadelo
do povo escolhido. Isso despertou no profeta a necedade de refletir sobre as
possíveis causas de tamanha tragédia. Conclamou os sacerdotes e o povo a
unir-se a ele em jejum e oração (Jl 1.13-14), buscando discernimentos e direção
divina. Dessa forma, começou a compreender as razões daquele sinistro episódio,
recebendo uma mensagem a ser dirigida tanto a Judá de seus dias como ao futuro
e a toda humanidade.
Feliz
a Igreja que não precisa esperar por uma calamidade ou tragédia para ser
convencida da necessidade de praticar o jejum e a oração!
3. Um
importante alerta.
Neste
contexto o profeta faz uma importante alerta: “Tocai a trombeta em Sião, e daí voz rebate no
meu santo monte; perturbem-se todos os moradores da terra, porque o Dia do
Senhor vem; já está próximo” (Jl 2.1).
Os
atalaias, em suas torres de vigia, tocavam as trombetas a fim de alerta o povo
de uma localidade quando à aproximação de algum exército inimigo. O “atalaia”
Joel anunciou com voz de trombeta: “Vem aí algo pior que os gafanhotos... vem
aí o dia do Senhor” Imaginem, irmãos, o impacto que tal advertência deve ter
causado na mente e no coração de seus contemporâneos!
A
iminência do juízo de Deus nos leva a presenciar atônitos a dois extremos da
tolice: de um lodo estão os de coração petrificado, alheios às constantes
advertências do SENHOR; de outro lado estão os promotores da histeria religiosa
em busca de caminhos mais fáceis para escapar ao juízo. Os piores tolos são os
crentes sem ética e inescrupulosos, pois atraem para si mesmo um juízo ainda
mais severo.
E
o alerta prossegue: “perturbem-se todos os moradores da terra, porque do dia do
Senhor vem; já está próximo” (Jl 2.1). E Joel diz ainda: “Sim, grande é o dia
do Senhor e meu terrível! Quem o poderá suportar?” (Jl
2.11).
Quando
uma atalaia soava o alarme, a prudência mandava que os homens pregassem suas
armas para se defender, mas... em se tratando da “ira justa de Deus”. Que
arsenal lhe garante proteção? Em sua hipocrisia religiosa, pensavam em
conquistar a misericórdia divina rasgando suas vestes e lançando cinzas sobre a
cabeça, mas Joel enxerga uma outra saída; provavelmente a única “arma” capaz de
protegê-lo nesta difícil situação: o “arrependimento” e a “confissão”. “Converti-vos a mim
de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. Rasgai o
vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus,
porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em
benignidade, e se arrepende do mal” (Jl 2.12-13).
Tornou-se
popular cantar com triunfo e júbilo sobre “o dia do SENHOR”, mas devemos nos
lembrar que nesse dia teremos que prestar contas a Deus por nossos atos. O “dia
do SENHOR” é dia de juízo (2 Co 5.10).
As
profecias de Joel fizeram dele um tipo de evangelista do Antigo Testamento,
apontando para o único caminho que conduz à salvação. Aquilo que nos lábios
veio (Jl 2.18-19). Como um alerta (Jl 2.32), tornou-se realidade séculos mais
tarde nos ensinos de Paulo (Rm 10.13) e continua sendo verdade em nossos dias:
“eis que vem a destruição e o juízo e, a única esperança de salvação está em
Cristo Jesus nosso Senhor”.
II – Renove sua esperança.
Jerusalém
orgulhava-se por sediar a religião judaica, mas com o tempo essa fé tornou-se
inócua e o que era sagrada tronou-se profano.
Deus
já não se agradava dos holocaustos e das ofertas rotineiras desprovidas de
sinceridade e pureza. “1 Sm 15.22. Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em
holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o
obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de
carneiros”.
O
coração dos ofertantes tornara-se reprovável aos olhos do Senhor, e a
repreensão veio pelos gafanhotos, retirando-lhe a possibilidade de ofertar e
exercitar a religiosidade.
Evaporaram-se
as últimas esperanças sob o sol abrasador Jl 1.20 Também todos os animais do campo bramam
suspirantes por ti; porque os rios se secaram, e o fogo devorou os pastos do
deserto. E tudo isso era apenas um
sinal de que algo pior estava por vir (Jl 2.20). E é justamente nesse contexto
desesperador que o profeta vê renascer a esperança: “18 Então,
o Senhor se mostrou zeloso da sua terra, compadeceu-se do seu povo 19 e, respondendo, lhe disse: Eis que vos envio o cereal, e o
vinho, e o óleo, e deles sereis fartos, e vos não entregarei mais ao opróbrio
entre as nações Jl 2.18-19”.
O que teria feito o
Senhor mudar de ideia?
Por certo foi o Seu imenso amor, por força do qual preferiu oferta à redenção
em lugar da destruição. Seu prazer não está em punir o malfeitor, mas em
restaurá-lo, ainda que para isso, tenha que passar pelo caminho da disciplina.
Confiante nesse amor, o profeta procurou animar o povo: “renovem suas esperanças... arrependam-se... e
haverá restauração na proporção das bênçãos que tínhamos outrora”
(Jl 2.18-27).
A
esperança vaticinada por Joel ultrapassou, em muito, os dias daquela geração,
prenunciando um glorioso tempo em que choveriam torrencialmente as bênçãos do
Senhor (Pentecostes), encharcando os corações dos fiéis com o poder e a
plenitude do Espírito (Jl 2.28-32).
O
apelo de Joel ainda eco hoje como a única esperança neste mundo em caos: “Convertei-vos a mim” (2.12-17), pois Deus renova a
esperança de todo àquele que O invocar com um coração arrependido, prometendo:
“restituir-vos-ei” (Jl 2.18-27).
III – Prepare-se para o futuro.
No
passado Deus estabeleceu alianças com Israel a fim de torná-lo o Reino Messiânico
em Testemunho perante as nações, mas Israel rejeitou o governo divino
escolhendo outros reis sobre si. Quando enfim cumpriu-se a profecia, os
israelitas mataram o Messias, o qual, da cruz, rogou por eles: “Pai, perdoa-lhe,
porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). Uma vez mais foi-lhe
renovada a oportunidade de abraçarem o Reino Messiânico, com a descida do
Espírito e com provas irrefutáveis da ressurreição do Cordeiro de Deus. Ainda
assim rejeitaram.
A
visão de Joel contempla o surgimento de um novo povo (Igreja), chamado para
apregoar e preparar o estabelecimento definitivo do Reino de Deus, cuja membresia,
havia de ser composta de “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”
(Jl 2.32).
As
revelações de Joel apontam para os seus dias, fazendo da praga de gafanhoto um
alerta da chegada iminente de um poderoso exército inimigo vindo norte, que
tanto poderia ser um novo enxame de gafanhoto, como um reino militar (talvez
uma alusão à Babilônia). Mas suas predições vislumbravam também acontecimento
longínquos de muitos séculos à frente, como o dia do Pentecostes à, frente,
ainda, o Armagedom.
Para
seus contemporâneos, assim como para nós, a mensagem de Joel aplica-se da mesma
forma: olhe para os avisos do passado... acerte sua vida com Deus no
presente... prepare-se para o encontro com Ele no futuro.
Você
está preparado para o “Dia do Senhor”? Está preparado para suportar a oposição
e a perseguição previstas para os últimos dias? Está preparado para
encontrar-se com Ele perante o Seu tribunal.
Conclusão: “Finalmente, a mensagem de Joel renova a confiança de todo aquele que
espera pelo estabelecimento do reino, onde Sua vontade soberana e absoluta será
executada na terra, como é feita no céu”
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